LITERATURA E PRÁTICAS DE LEITURA NOS DOMÍNIOS DA ORALIDADE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Interdisciplinar |
Texto Completo: | https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/1334 |
Resumo: | A questão referente à leitura e à circulação da literatura se revela ainda mais complexa quando consideramos, além da produção literária canônica e do leitor padrão, formado no contexto da instrução formal, o público leitor leigo e eclético que se constituiu com a popularização do impresso. Quanto a isso, há que se assinalar, por exemplo, o período entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX, quando uma relativa popularização dos modernos meios de impressão tipográfica tornou possível, em pontos estratégicos do Brasil, a circulação de uma produção cultural impressa diversificada, destinada ao vulgo. Não por acaso no Nordeste, nesse período, tal fenômeno tornou possível a formação da literatura de cordel como um sistema literário relativamente autônomo, constituído por uma linguagem própria e por autores, editores, um público leitor e um modo de divulgação próprios. Considerando-se esse dado, neste trabalho, procura-se destacar a importância do cordel à popularização da cultura impressa entre indivíduos com pouca ou nenhuma prática de leitura, muitos dos quais tiveram, no cordel, o portal de entrada no universo da cultura letrada. Procede-se assim ao questionamento da noção restritiva e, consequentemente, simplificadora do letramento como um fenômeno univocamente associado à prática da instrução formal. |
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LITERATURA E PRÁTICAS DE LEITURA NOS DOMÍNIOS DA ORALIDADE A questão referente à leitura e à circulação da literatura se revela ainda mais complexa quando consideramos, além da produção literária canônica e do leitor padrão, formado no contexto da instrução formal, o público leitor leigo e eclético que se constituiu com a popularização do impresso. Quanto a isso, há que se assinalar, por exemplo, o período entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX, quando uma relativa popularização dos modernos meios de impressão tipográfica tornou possível, em pontos estratégicos do Brasil, a circulação de uma produção cultural impressa diversificada, destinada ao vulgo. Não por acaso no Nordeste, nesse período, tal fenômeno tornou possível a formação da literatura de cordel como um sistema literário relativamente autônomo, constituído por uma linguagem própria e por autores, editores, um público leitor e um modo de divulgação próprios. Considerando-se esse dado, neste trabalho, procura-se destacar a importância do cordel à popularização da cultura impressa entre indivíduos com pouca ou nenhuma prática de leitura, muitos dos quais tiveram, no cordel, o portal de entrada no universo da cultura letrada. Procede-se assim ao questionamento da noção restritiva e, consequentemente, simplificadora do letramento como um fenômeno univocamente associado à prática da instrução formal. Carlos Magno Santos2013-08-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/1334Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura; v. 17: Ano VIII - jan-jun de 2013 | Edição Especial: ABRALIN SergipeInterdisciplinar - Journal of Studies in Language and Literature; Vol. 17: Ano VIII - jan-jun de 2013 | Edição Especial: ABRALIN SergipeInterdisciplinar - Revista de Estudios en Lengua y Literatura; Vol. 17: Ano VIII - jan-jun de 2013 | Edição Especial: ABRALIN Sergipe1980-8879reponame:Interdisciplinarinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFSporhttps://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/1334/1183Quintela, Vilma Motainfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-08-25T17:32:08Zoai:ojs.ufs.emnuvens.com.br:article/1334Revistahttp://www.seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/indexPUBhttps://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/oaicalmag@bol.com.br1980-88791980-8879opendoar:2013-08-25T17:32:08Interdisciplinar - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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