A escrita heraclítica de Ferreira Gullar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dinucci, Aldo Lopes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFS
Texto Completo: https://ri.ufs.br/handle/riufs/766
Resumo: Em Vanguarda e Subdesenvolvimento , Ferreira Gullar, partindo da dialética marxista e da noção de obra aberta de Umberto Eco, chega a uma concepção de poesia como “revelação da atualidade do atual”. Essa revelação não pode ser abstrata, mas deve se originar da situação histórica, social e política na qual vive o poeta. Isso nos faz lembrar um aforismo de Heráclito que nos diz que “Dando ouvidos não a mim, mas ao lógos, é avisado concordar que todas as coisas são uma”. Isto é, embora se reconheça que todas as coisas estão em relação umas com as outras, perfazendo uma unidade concreta absoluta, o ser humano é incapaz de experienciar tal unidade. Caber á ao poeta atingir a universalidade através da expressão de suas experiências concretas, e não tentar alcançar um universal “artificial”, produzindo um falso discurso. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: In Vanguarda e Subdesenvolvimento, Ferreira Gullar, starting from marxist dialectics and Umberto Eco’s notion of open work of art, arrives at a conception of poetry as “revelation of the presentness of the present”. This revelation cannot be abstract, but should begin at the historical, social and political situation in which the poet lives. In this sense, remembering an aphorism of Heraclitus which says that “Hearing not me but the logos, we must agree that everything is one”, we should say that, though recognizing that al l things are related one to another, making a concrete unity, human being is unable to experience such unity. Is up to the poet reach out this universality expressing his own concrete experiences, and not trying to attain an “artificial” universal, constru cting a false discourse.
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