Disfunções cardiovasculares em traumatismo raquimedular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Liani Patrícia Andrade
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Silva Junior, Eldon Bezerra da, Melo, Enaldo Vieira de, Pereira, Carlos Umberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFS
Texto Completo: https://ri.ufs.br/handle/riufs/1978
Resumo: Objetivo: Analisar frequência, tratamento e prognóstico das disfunções cardiovasculares em pacientes vítimas de traumatismo raquimedular (TRM). Métodos: Estudo longitudinal observacional, analítico e retrospectivo. Os dados foram coletados, retrospectivamente, de 49 pacientes da Unidade de Trauma, Hospital de Urgência de Sergipe, no período entre janeiro e dezembro de 2010. Resultados: A média de idade foi de 34,7 ± 17,2 anos, sendo 30 (61,2%) pacientes entre 20 e 60 anos. O gênero masculino foi o mais acometido, sendo 44 (89,8%). O tempo médio de internação foi de 22,5 dias ± 21. As principais causas de TRM foram: 18 quedas (37%), 15 ferimentos por arma de fogo (31%) e 12 acidentes automobilísticos (24%). O TRM foi classificado em nível alto em 31 (63,3%) casos e nível baixo em 18 (36,7%). Durante a internação, cinco (10,2%) evoluíram com bradicardia e 13 (26,5%) apresentaram hipotensão arterial. Todos os casos de bradicardia tiveram hipotensão arterial associada. A média das PA sistólicas durante internação foi 109,1 ± 19,6 mmHg. A sobrevida global da amostra foi de 77,3% ± 7,5% em 20 dias. Os pacientes que apresentaram hipotensão arterial tiveram sobrevida menor em relação aos que não apresentaram. Nos pacientes com TRM nível alto, a sobrevida em 20 dias foi de 69,6% ± 9,8% e nível baixo de 88,9% ± 10,5%. Conclusões: Bradicardia e hipotensão arterial são as disfunções cardiovasculares mais frequentes e estão associadas ao TRM nível alto, tendo pior prognóstico no tipo lesão completa._________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: Objective: Analyze frequency, treatment and prognosis of cardiovascular dysfunction in patients suffering from spinal cord trauma (TRM). Methods: Longitudinal observational, analytical and retrospective. Data were collected retrospectively from 49 patients of the Trauma Unit, Hospital Emergency Sergipe, in the period between January and December 2010. Results: Mean age was 34.7 ± 17.2, and 30 (61.2%) patients were between 20 and 60 years. The male was involved in 44 (89.8%). The mean hospital stay was 22.5 days ± 21. The main causes of TRM were 18 falls (37%), gunshot wounds 15 (31%) and motor vehicle accidents 12 (24%). The TRM was rated highest level in 31 (63.3%) cases and low 18 (36.7%). During hospitalization, five (10.2%) developed bradycardia and 13 (26.5%) had hypotension. All cases had bradycardia associated with hypotension. The average systolic BP during hospitalization was 109.1 ± 19.6 mmHg. The overall survival rate of the sample was 77.3% ± 7.5% in 20 days. Patients who developed hypotension had lower survival than those who did not. In patients with high-level TRM survival at 20 days was 69.6% ± 9.8% and low level of 88.9% ± 10.5%. Conclusions: Bradycardia and hypotension are the most common cardiovascular disorders and are associated with high TRM level, with poorer prognosis in complete lesion type.
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Resultados: A média de idade foi de 34,7 ± 17,2 anos, sendo 30 (61,2%) pacientes entre 20 e 60 anos. O gênero masculino foi o mais acometido, sendo 44 (89,8%). O tempo médio de internação foi de 22,5 dias ± 21. As principais causas de TRM foram: 18 quedas (37%), 15 ferimentos por arma de fogo (31%) e 12 acidentes automobilísticos (24%). O TRM foi classificado em nível alto em 31 (63,3%) casos e nível baixo em 18 (36,7%). Durante a internação, cinco (10,2%) evoluíram com bradicardia e 13 (26,5%) apresentaram hipotensão arterial. Todos os casos de bradicardia tiveram hipotensão arterial associada. A média das PA sistólicas durante internação foi 109,1 ± 19,6 mmHg. A sobrevida global da amostra foi de 77,3% ± 7,5% em 20 dias. Os pacientes que apresentaram hipotensão arterial tiveram sobrevida menor em relação aos que não apresentaram. Nos pacientes com TRM nível alto, a sobrevida em 20 dias foi de 69,6% ± 9,8% e nível baixo de 88,9% ± 10,5%. Conclusões: Bradicardia e hipotensão arterial são as disfunções cardiovasculares mais frequentes e estão associadas ao TRM nível alto, tendo pior prognóstico no tipo lesão completa._________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: Objective: Analyze frequency, treatment and prognosis of cardiovascular dysfunction in patients suffering from spinal cord trauma (TRM). Methods: Longitudinal observational, analytical and retrospective. Data were collected retrospectively from 49 patients of the Trauma Unit, Hospital Emergency Sergipe, in the period between January and December 2010. Results: Mean age was 34.7 ± 17.2, and 30 (61.2%) patients were between 20 and 60 years. The male was involved in 44 (89.8%). The mean hospital stay was 22.5 days ± 21. The main causes of TRM were 18 falls (37%), gunshot wounds 15 (31%) and motor vehicle accidents 12 (24%). The TRM was rated highest level in 31 (63.3%) cases and low 18 (36.7%). During hospitalization, five (10.2%) developed bradycardia and 13 (26.5%) had hypotension. All cases had bradycardia associated with hypotension. The average systolic BP during hospitalization was 109.1 ± 19.6 mmHg. The overall survival rate of the sample was 77.3% ± 7.5% in 20 days. Patients who developed hypotension had lower survival than those who did not. In patients with high-level TRM survival at 20 days was 69.6% ± 9.8% and low level of 88.9% ± 10.5%. Conclusions: Bradycardia and hypotension are the most common cardiovascular disorders and are associated with high TRM level, with poorer prognosis in complete lesion type.Sociedade Brasileira de Neurocirurgia / Sociedades de Neurocirurgia de Língua PortuguesaDoenças cardiovascularesTraumatismos da medula espinalSistema nervoso autônomoCardiovascular diseasesSpinal cord injuriesAutonomic nervous systemDisfunções cardiovasculares em traumatismo raquimedularCardiovascular dysfunction in spinal cord traumainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporreponame:Repositório Institucional da UFSinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFSinfo:eu-repo/semantics/openAccessTHUMBNAILDisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdf.jpgDisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1593https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/1978/4/DisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdf.jpgd299b8e5c2f6c846e52b37fe219c4ee7MD54ORIGINALDisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdfDisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdfapplication/pdf400220https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/1978/1/DisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdf8a6fd7dc53d969522f57cc050fdc877eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/1978/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTDisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdf.txtDisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdf.txtExtracted texttext/plain28456https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/1978/3/DisfuncoesCardiovascularesTraumatismoRaquimedular.pdf.txtc5740fb9004e25cd8747a44ca92057adMD53riufs/19782017-03-04 02:00:21.347oai:ufs.br:riufs/1978Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://ri.ufs.br/oai/requestrepositorio@academico.ufs.bropendoar:2017-03-04T05:00:21Repositório Institucional da UFS - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false
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