Epifenômeno do desencarceramento na pandemia de covid-19: lições desaprendidas?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Diké - Revista do Mestrado em Direito da UFS |
Texto Completo: | https://periodicos.ufs.br/dike/article/view/19349 |
Resumo: | It is not new that the Brazilian prison system reflects a complete Unconstitutional State of Affairs. It is also not new that the Covid-19 pandemic has aggravated asymmetries and accentuated violations of human rights in different contexts, as well as in the Brazilian prison system, which has not been immune to this scenario of precariousness and denial of rights. Overcrowding, unhealthy conditions and the minimum lack of hygiene and health became more visible with the onset of the pandemic, opening up space for normative recommendations for extrication and the search for alternatives to prison in the face of the risks of high rates of contagion among the population. prison and public officials. However, the pandemic scenario was not enough for extrication measures to consolidate as a judicial policy. With the end of the pandemic and high vaccination coverage, the criminal justice system seems to have returned to its normal functioning, leaving aside a set of guidelines issued by the Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as if they were left to the condition of unlearned lessons. In this study, we are dedicated to problematizing the scope of Resolution nº 62/CNJ as an instrument of criminal policy, particularly of extrication in a scenario marked by the spread of Covid-19 in the prison system and the naturalization of violations of the fundamental Human Rights of people deprived of freedom. For this purpose, data systematized by the Subprojeto Covid-19: Populações Vulneráveis do Estado de Sergipe, the Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) and the Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) were used, as well as specialized literature on the subject. |
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Epifenômeno do desencarceramento na pandemia de covid-19: lições desaprendidas?covid-19sistema prisionaldireitos humanospolítica criminalpessoas privadas de liberdadeIt is not new that the Brazilian prison system reflects a complete Unconstitutional State of Affairs. It is also not new that the Covid-19 pandemic has aggravated asymmetries and accentuated violations of human rights in different contexts, as well as in the Brazilian prison system, which has not been immune to this scenario of precariousness and denial of rights. Overcrowding, unhealthy conditions and the minimum lack of hygiene and health became more visible with the onset of the pandemic, opening up space for normative recommendations for extrication and the search for alternatives to prison in the face of the risks of high rates of contagion among the population. prison and public officials. However, the pandemic scenario was not enough for extrication measures to consolidate as a judicial policy. With the end of the pandemic and high vaccination coverage, the criminal justice system seems to have returned to its normal functioning, leaving aside a set of guidelines issued by the Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as if they were left to the condition of unlearned lessons. In this study, we are dedicated to problematizing the scope of Resolution nº 62/CNJ as an instrument of criminal policy, particularly of extrication in a scenario marked by the spread of Covid-19 in the prison system and the naturalization of violations of the fundamental Human Rights of people deprived of freedom. For this purpose, data systematized by the Subprojeto Covid-19: Populações Vulneráveis do Estado de Sergipe, the Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) and the Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) were used, as well as specialized literature on the subject.Não é de hoje que o sistema prisional brasileiro reflete um completo Estado de Coisas Inconstitucional. Também não é novidade que a pandemia de covid-19 agravou assimetrias e acentuou violações aos Direitos Humanos em diversos contextos, assim como no sistema prisional brasileiro, que não passou imune a esse cenário de precarização e negação de direitos. A superlotação, a insalubridade e a ausência de higiene e saúde mínimas tornaram-se mais visíveis com a instalação da pandemia, abrindo espaço para recomendações normativas de desencarceramento e busca de alternativas à prisão frente os riscos de alto índice de contágio entre a população carcerária e os agentes públicos. Contudo, o cenário pandêmico não foi suficiente para que medidas de desencarceramento se consolidassem como política judiciária. Com o fim da pandemia e a alta cobertura vacinal, o sistema de justiça criminal parece haver retornado ao seu funcionamento normal, deixando de lado um conjunto de diretrizes expedidas pelo Conselho Nacional de Justiça (cnj), como se restassem à condição de lições desaprendidas. Nesse estudo, nos dedicamos a problematizar o alcance da Resolução nº 62/cnj como instrumento de política criminal, particularmente de desencarceramento em um cenário marcado pela disseminação da covid-19 no sistema prisional e a naturalização de violações aos Direitos Humanos fundamentais das pessoas privadas de liberdade. Para tanto, foram utilizados os dados sistematizados pelo Subprojeto Covid-19: Populações Vulneráveis do Estado de Sergipe, do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (iddd) e do Departamento Penitenciário Nacional (depen), assim como literatura especializada acerca da temática.Editora UFS2023-06-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufs.br/dike/article/view/19349DIKÉ Revista do Mestrado em Direito da UFS; Vol. 9 No 1 (2020): Diké — Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFS; 41-53DIKÉ – Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Sergipe; v. 9 n. 1 (2020): Diké — Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFS; 41-53DIKÉ Revista do Mestrado em Direito da UFS; Vol. 9 No. 1 (2020): Diké — Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFS; 41-53DIKÉ Revista do Mestrado em Direito da UFS; Vol. 9 Núm. 1 (2020): Diké — Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFS; 41-532448-461X2237-2040reponame:Diké - Revista do Mestrado em Direito da UFSinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFSporhttps://periodicos.ufs.br/dike/article/view/19349/14037Karyna Batista SposatoVictória Cruz Moitinhoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-06-11T15:59:46Zoai:ojs.ufs.emnuvens.com.br:article/19349Revistahttps://www.seer.ufs.br/index.php/dikePUBhttps://www.seer.ufs.br/index.php/dike/oai||mestradodireitoufs@gmail.com2448-461X2237-2040opendoar:2023-06-11T15:59:46Diké - Revista do Mestrado em Direito da UFS - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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