From de produtive body to the playing body, the game and its insertions in children development
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/3965 |
Resumo: | Na busca de compreender o jogo tradicional infantil enquanto possibilidade de desenvolvimento da criança, optamos, metodologicamente, por uma pesquisa descritiva com características etnográficas, de cunho exploratório qualitativa. A metodologia empregada, teve como preocupação fundamental conceber esta atividade da cultura lúdica infantil enquanto uma prática real de relações sociais entre as crianças do interior da Ilha de Santa Catarina. A partir da análise de conteúdo deste fenômeno do existir infantil e dos discursos de educadores, algumas categorias surgiram, transformando-se em pilares teóricos, que interconectados, possibilitaram-nos, compreendê-lo como essenciais no desenvolvimento da criança. No primeiro: O Corpo Produtivo, incitados pelos reclames infantis e centrados nos escritos de Foucault, o principal teórico da contracultura, exploramos outras facetas ocultas no processo de dominação do corpo da criança e a exclusão de suas atividades lúdicas pela escola, que ao subjugá-la à sociedade produtiva, nega-lhe um viver mais significativo e feliz. No segundo: O Corpo Complexo, a partir dos valores surgidos dos jogos analisados e das falas dos educadores descontentes com essa formação que prioriza apenas um aspecto da criança, refletimos sobre as suas possibilidades no desenvolvimento de outras dimensões humanas, recorrendo ao paradigma da complexidade de Morin. No terceiro: O Corpo Lúdico, na ânsia de compreender e de classificar os jogos tradicionais investigados, adentramos num estudo sobre as suas diversas teorias, destacando em especial as de Piaget, Vygotsky, Elkonin e Brougère. No quarto: O Corpo em Ação, procuramos relacioná-lo ao desenvolvimento das dimensões cognitivas, motoras e sócioafetivas da criança, identificando os seus valores implícitos, surgidos durante sua análise. No último: O Corpo Brincante, encerramos este estudo, apresentando os jogos tradicionais infantis investigados, ousando sugeri-los no processo educativo de crianças do ensino fundamental, principalmente porque no jogar a criança nos ensina que o seu desenvolvimento harmonioso, recheados de múltiplas dimensões, se inscreve no corpo. Que esta atividade séria, lhe permite irradiar sua complexidade ao conectar-se e interagir com mundo. Que é o seu recurso espontâneo de celebrar a vida com alegria e felicidade, tornando-se subversiva, guerreira, resistente, criativa, livre, cidadã e humana. Enfim, ela nos mostra que o seu corpo produtivo tão decantado pela escola é essencialmente brincante. Portanto, entendemos que cabe a escola considerar todas as suas perspectivas de vida e variedade de idéias, buscando um currículo que leve em consideração o seu repertório lúdico infantil existente, tornando assim o conteúdo mais significativo, plural, intersubjetivo e dinâmico. Quando sugerimos o lúdico no seu desenvolvimento, não pretendemos desvencilhar o papel da escola na difusão da cultura erudita em detrimento da cultura popular, mas a conciliação destes dois pólos essenciais à emancipação da criança, como um ser histórico que busca a partir de suas raízes, transformar o mundo e, ao mesmo tempo, preservar sua identidade. |
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From de produtive body to the playing body, the game and its insertions in children developmentDo corpo produtivo ao corpo brincante: o jogo e sua inserções no deenvolvimento da criançaNa busca de compreender o jogo tradicional infantil enquanto possibilidade de desenvolvimento da criança, optamos, metodologicamente, por uma pesquisa descritiva com características etnográficas, de cunho exploratório qualitativa. A metodologia empregada, teve como preocupação fundamental conceber esta atividade da cultura lúdica infantil enquanto uma prática real de relações sociais entre as crianças do interior da Ilha de Santa Catarina. A partir da análise de conteúdo deste fenômeno do existir infantil e dos discursos de educadores, algumas categorias surgiram, transformando-se em pilares teóricos, que interconectados, possibilitaram-nos, compreendê-lo como essenciais no desenvolvimento da criança. No primeiro: O Corpo Produtivo, incitados pelos reclames infantis e centrados nos escritos de Foucault, o principal teórico da contracultura, exploramos outras facetas ocultas no processo de dominação do corpo da criança e a exclusão de suas atividades lúdicas pela escola, que ao subjugá-la à sociedade produtiva, nega-lhe um viver mais significativo e feliz. No segundo: O Corpo Complexo, a partir dos valores surgidos dos jogos analisados e das falas dos educadores descontentes com essa formação que prioriza apenas um aspecto da criança, refletimos sobre as suas possibilidades no desenvolvimento de outras dimensões humanas, recorrendo ao paradigma da complexidade de Morin. No terceiro: O Corpo Lúdico, na ânsia de compreender e de classificar os jogos tradicionais investigados, adentramos num estudo sobre as suas diversas teorias, destacando em especial as de Piaget, Vygotsky, Elkonin e Brougère. No quarto: O Corpo em Ação, procuramos relacioná-lo ao desenvolvimento das dimensões cognitivas, motoras e sócioafetivas da criança, identificando os seus valores implícitos, surgidos durante sua análise. No último: O Corpo Brincante, encerramos este estudo, apresentando os jogos tradicionais infantis investigados, ousando sugeri-los no processo educativo de crianças do ensino fundamental, principalmente porque no jogar a criança nos ensina que o seu desenvolvimento harmonioso, recheados de múltiplas dimensões, se inscreve no corpo. Que esta atividade séria, lhe permite irradiar sua complexidade ao conectar-se e interagir com mundo. Que é o seu recurso espontâneo de celebrar a vida com alegria e felicidade, tornando-se subversiva, guerreira, resistente, criativa, livre, cidadã e humana. Enfim, ela nos mostra que o seu corpo produtivo tão decantado pela escola é essencialmente brincante. Portanto, entendemos que cabe a escola considerar todas as suas perspectivas de vida e variedade de idéias, buscando um currículo que leve em consideração o seu repertório lúdico infantil existente, tornando assim o conteúdo mais significativo, plural, intersubjetivo e dinâmico. Quando sugerimos o lúdico no seu desenvolvimento, não pretendemos desvencilhar o papel da escola na difusão da cultura erudita em detrimento da cultura popular, mas a conciliação destes dois pólos essenciais à emancipação da criança, como um ser histórico que busca a partir de suas raízes, transformar o mundo e, ao mesmo tempo, preservar sua identidade.Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC. Brasil2003-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion"Artigo Não Avaliado por Pares"Bibliográficaapplication/pdfapplication/pdfhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/396510.1590/%xBrazilian Journal of Kinanthropometry and Human Performance; Vol. 5 No. 2 (2003); 86Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano; v. 5 n. 2 (2003); 861980-00371415-8426reponame:Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano (Online)instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCporhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/3965/3365https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/3965/16843de Souza, Edison Robertoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-21T14:13:08Zoai:periodicos.ufsc.br:article/3965Revistahttps://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/PUBhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/oairbcdh@contato.ufsc.br || portaldeperiodicos.bu@contato.ufsc.br1980-00371415-8426opendoar:2022-11-21T14:13:08Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano (Online) - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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