Dominação e modernidade regressiva, call centers e trabalho em Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Esboços (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2014v22n33p148 |
Resumo: | Este artigo aborda o setor dos call centers em Portugal, as suas formas de organização de trabalho no quadro da precariedade como fenómeno generalizado. A construção de consensos capazes de garantir processos de funcionamento em que trabalhadores e trabalhadoras, progressivamente adquirem estatuto de “colaboradores”, tornando mais frágil o seu vínculo formal com as entidades empregadoras, é potenciado pela hegemonia do discurso do mérito individual e da flexibilidade. Por outro lado, a globalização capitalista assegura uma rede de relações em que a origem do capital se encontra desfocada por uma realidade em que o trabalhador se encontra a trabalhar através de empresas intermediárias e onde quem tem o poder real dentro de um call center não é nunca o empregador. Clientes confundem-se com patrões numa confusão de papéis que protege o capital e torna o trabalho mais dependente, retirando-lhe capacidade de luta e transformando o conflito de classes num jogo de sombras. |
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Dominação e modernidade regressiva, call centers e trabalho em PortugalEste artigo aborda o setor dos call centers em Portugal, as suas formas de organização de trabalho no quadro da precariedade como fenómeno generalizado. A construção de consensos capazes de garantir processos de funcionamento em que trabalhadores e trabalhadoras, progressivamente adquirem estatuto de “colaboradores”, tornando mais frágil o seu vínculo formal com as entidades empregadoras, é potenciado pela hegemonia do discurso do mérito individual e da flexibilidade. Por outro lado, a globalização capitalista assegura uma rede de relações em que a origem do capital se encontra desfocada por uma realidade em que o trabalhador se encontra a trabalhar através de empresas intermediárias e onde quem tem o poder real dentro de um call center não é nunca o empregador. Clientes confundem-se com patrões numa confusão de papéis que protege o capital e torna o trabalho mais dependente, retirando-lhe capacidade de luta e transformando o conflito de classes num jogo de sombras.Universidade Federal de Santa Catarina2015-12-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2014v22n33p14810.5007/2175-7976.2014v22n33p148Esboços: histories in global contexts; Vol. 22 No. 33 (2015): Dossiê Trabajadores; 148-169Esboços: historias en contextos globales; Vol. 22 Núm. 33 (2015): Dossiê Trabajadores; 148-169Esboços: histórias em contextos globais; v. 22 n. 33 (2015): Dossiê Trabajadores; 148-1692175-79761414-722Xreponame:Esboços (Online)instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCporhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2014v22n33p148/30925Copyright (c) 2019 João Carlos Louçãinfo:eu-repo/semantics/openAccessLouçã, João Carlos2018-10-09T15:03:32Zoai:periodicos.ufsc.br:article/40666Revistahttps://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/indexPUBhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/oaiportaldeperiodicos.bu@contato.ufsc.br||esbocos@contato.ufsc.br||2175-79761414-722Xopendoar:2018-10-09T15:03:32Esboços (Online) - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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