If-conditional constructions insubordination stages in portuguese: historical evidences
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Working Papers em Lingüística (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapers/article/view/75334 |
Resumo: | O fenômeno da insubordinação é definido como o uso independente de orações originalmente subordinadas (EVANS, 2007). Trata-se de casos como “se soubesse como me faz sofrer!” (Corpus do Português). Para explicar a origem dessas construções, Evans (2007) propõe uma trajetória baseada na elipse da oração principal, constituída de quatro estágios, sendo o último o de convencionalização, em que a construção tem forma e função especializadas e uso totalmente independente. Trabalhos posteriores atestam construções insubordinadas em diferentes línguas, como português, espanhol, francês, inglês, alemão, holandês, sueco e dinamarquês (D’HERTEFELT; VERSTRAETE, 2014; GRAS, 2011; KALTENBÖCK, 2016; MITHUN, 2008; STASSI-SÉ, 2012; VAN LINDEN E VAN DE VELDE, 2014; HIRATA-VALE, 2015, 2017, 2020; SANSIÑENA, 2015; SCHWENTER, 2016; TRAUGOTT, 2017) e apontam outros fatores a respeito do grau de independência dessas construções, como relações estabelecidas pragmática e discursivamente. O presente trabalho tem por objetivo descrever e analisar o desenvolvimento de construções condicionais insubordinadas com a conjunção se no português, a partir de dados que alcançam do século XVI ao século XX, coletados nos corpora Corpus do Português (Gênero Histórico) e Corpus Histórico do Português Tycho Brahe. Os quatro diferentes estágios de insubordinação foram verificados no desenvolvimento dessas construções no português e, a partir de casos específicos de convencionalização, levanta-se a hipótese de que essas construções tendem a se especializar e operar no domínio pragmático, por exemplo, como um mecanismo de polidez. |
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If-conditional constructions insubordination stages in portuguese: historical evidencesOs estágios de insubordinação em construções condicionais com a conjunção se no português: evidências históricasO fenômeno da insubordinação é definido como o uso independente de orações originalmente subordinadas (EVANS, 2007). Trata-se de casos como “se soubesse como me faz sofrer!” (Corpus do Português). Para explicar a origem dessas construções, Evans (2007) propõe uma trajetória baseada na elipse da oração principal, constituída de quatro estágios, sendo o último o de convencionalização, em que a construção tem forma e função especializadas e uso totalmente independente. Trabalhos posteriores atestam construções insubordinadas em diferentes línguas, como português, espanhol, francês, inglês, alemão, holandês, sueco e dinamarquês (D’HERTEFELT; VERSTRAETE, 2014; GRAS, 2011; KALTENBÖCK, 2016; MITHUN, 2008; STASSI-SÉ, 2012; VAN LINDEN E VAN DE VELDE, 2014; HIRATA-VALE, 2015, 2017, 2020; SANSIÑENA, 2015; SCHWENTER, 2016; TRAUGOTT, 2017) e apontam outros fatores a respeito do grau de independência dessas construções, como relações estabelecidas pragmática e discursivamente. O presente trabalho tem por objetivo descrever e analisar o desenvolvimento de construções condicionais insubordinadas com a conjunção se no português, a partir de dados que alcançam do século XVI ao século XX, coletados nos corpora Corpus do Português (Gênero Histórico) e Corpus Histórico do Português Tycho Brahe. Os quatro diferentes estágios de insubordinação foram verificados no desenvolvimento dessas construções no português e, a partir de casos específicos de convencionalização, levanta-se a hipótese de que essas construções tendem a se especializar e operar no domínio pragmático, por exemplo, como um mecanismo de polidez.Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSC2022-04-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion"Avaliado por pares"Pesquisa qualitativa; Dados obtidos em corpus;application/pdfhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapers/article/view/7533410.5007/1984-8420.2021.e75334Working Papers em Linguística; v. 22 n. 2 (2021): Sintaxe Diacrônica; 318-3451984-8420reponame:Working Papers em Lingüística (Online)instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCporhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapers/article/view/75334/48646Copyright (c) 2021 Maria Carolina Coradini, Flavia Bezerra de Menezes Hirata-Valeinfo:eu-repo/semantics/openAccessCoradini, Maria CarolinaHirata-Vale, Flavia Bezerra de Menezes2022-04-14T11:59:51Zoai:periodicos.ufsc.br:article/75334Revistahttp://www.periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapersPUBhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapers/oaiizete.lehmkuhl.coelho@ufsc.br||portaldeperiodicos.bu@contato.ufsc.br||1984-84201415-1464opendoar:2022-04-14T11:59:51Working Papers em Lingüística (Online) - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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O fenômeno da insubordinação é definido como o uso independente de orações originalmente subordinadas (EVANS, 2007). Trata-se de casos como “se soubesse como me faz sofrer!” (Corpus do Português). Para explicar a origem dessas construções, Evans (2007) propõe uma trajetória baseada na elipse da oração principal, constituída de quatro estágios, sendo o último o de convencionalização, em que a construção tem forma e função especializadas e uso totalmente independente. Trabalhos posteriores atestam construções insubordinadas em diferentes línguas, como português, espanhol, francês, inglês, alemão, holandês, sueco e dinamarquês (D’HERTEFELT; VERSTRAETE, 2014; GRAS, 2011; KALTENBÖCK, 2016; MITHUN, 2008; STASSI-SÉ, 2012; VAN LINDEN E VAN DE VELDE, 2014; HIRATA-VALE, 2015, 2017, 2020; SANSIÑENA, 2015; SCHWENTER, 2016; TRAUGOTT, 2017) e apontam outros fatores a respeito do grau de independência dessas construções, como relações estabelecidas pragmática e discursivamente. O presente trabalho tem por objetivo descrever e analisar o desenvolvimento de construções condicionais insubordinadas com a conjunção se no português, a partir de dados que alcançam do século XVI ao século XX, coletados nos corpora Corpus do Português (Gênero Histórico) e Corpus Histórico do Português Tycho Brahe. Os quatro diferentes estágios de insubordinação foram verificados no desenvolvimento dessas construções no português e, a partir de casos específicos de convencionalização, levanta-se a hipótese de que essas construções tendem a se especializar e operar no domínio pragmático, por exemplo, como um mecanismo de polidez. |
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