Cuidamos(s) e cuidemo(s): a variação morfêmica na P4 em verbos regulares de 1ª conjugação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ivelã
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Working Papers em Lingüística (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapers/article/view/1984-8420.2014v15n2p49
Resumo: Este trabalho objetiva mapear se está havendo variação morfêmica na P4 (nesse caso, nós) no presente do Indicativo e pretérito perfeito do Indicativo em verbos regulares de 1ª conjugação, para estabelecer uma diferenciação entre esses dois contextos temporais. Trata-se de uma pesquisa quantitativo-qualitativa, com foco na morfologia verbal; por isso, baseamo-nos em Camara Junior (1970), Monteiro (2002 [1987]) e Zanotto (2001), mas nossa metodologia está de acordo com Labov (2008 [1972]) e WLH (2006 [1968]). Ademais, baseamos nosso estudo nas seguintes pesquisas brasileiras: Amaral (1976 [1920]); Costa (1990); Zilles, Maya e Silva (2000); Zilles e Batista (2006); e Rubio e Gonçalves (2012). O córpus é composto por entrevistas gravadas com informantes de alguns bairros de Florianópolis (Costa da Lagoa, Santo Antônio de Lisboa e Ratones), totalizando-se apenas 30 dados. A variável dependente é composta por duas variantes: os morfemas –a– e –e–. As variáveis independentes externas são: ‘sexo’, ‘escolaridade’, ‘idade’ e ‘bairro’, e as variáveis independentes internas:‘assertividade da sentença’ (sentença afirmativa ou negativa), ‘realização do sujeito’ (explícito ou nulo), ‘tempo verbal’ (pretérito perfeito ou presente), ‘apagamento do –s final da desinência –mos’ e ‘elemento temporal’ (presença ou não). Nossa principal hipótese é de que os falantes menos escolarizados utilizam o morfema –e– para marcar contextos de passado, em oposição ao presente, enquanto os falantes mais escolarizados permanecem utilizando o morfema –a­­– nos dois contextos de passado e presente. 
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