“Nise, o coração da loucura”: representações femininas em um filme sobre a terapêutica ocupacional/“Nise, the heart of madness”: female representations in a film about occupational therapy
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional |
Texto Completo: | https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/2247 |
Resumo: | Introdução: Este artigo integra uma pesquisa mais abrangente sobre as representações das mulheres em filmes latino-americanos contemporâneos, exibidos no cinema, visando identificar possibilidades de empoderamento feminino. O filme analisado neste artigo é Nise – o coração da loucura, que focaliza o trabalho iniciado na década de 1940 pela médica Nise da Silveira em um hospital psiquiátrico do Rio de Janeiro. Objetivo: O objetivo deste texto é analisar de que maneira a protagonista da trama é representada. Nesse processo, são considerados os contextos socioculturais, os marcadores identitários e os conflitos que constituem a personagem Nise da Silveira; os vínculos que ela estabelece com os homens do filme e as possibilidades de empoderamento feminino. Método: A metodologia teve abordagem qualitativa e envolveu três estratégias: pesquisa bibliográfica, análise fílmica e entrevistas, as quais contribuíram para entender de que maneira o público assimila as personagens femininas. Resultados: Os resultados evidenciaram que Nise foi representada, no filme, como uma mulher e profissional empoderada que não aceitou o modo violento como as pessoas com sofrimento mental eram tratadas. Ela desenvolveu um trabalho inovador com sua pequena equipe, transformando um espaço terapêutico abandonado em um ateliê de arte para as pessoas internadas. Conclusão: Nise inaugura uma terapêutica ocupacional que se contrapõe à psiquiatria pragmática e desumana da época ao utilizar a linguagem da arte para descobrir o ser humano com suas narrativas expressivas e articuladas em redes. Resistiu a toda forma de opressão imposta pelos médicos e lutou pelo direito humano e libertário tanto das mulheres, quanto daqueles considerados loucos. |
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