Do cemitério ao museu: o corpo exposto de Cruz e Sousa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229207 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2021. |
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Do cemitério ao museu: o corpo exposto de Cruz e SousaAntropologia socialMuseusMorteMortosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2021.No dia 28 de novembro de 2007, o corpo de João da Cruz e Sousa, poeta simbolista, morto em 1898, entrava no Palácio que tem seu nome para iniciar um outro capítulo em sua história. Intelectual negro, mergulhado em uma sociedade historicamente fincada na exploração de mão-de-obra escrava, quando o racismo tomava espaço no cenário científico, político e intelectual na fronteira entre o sistema monárquico e o sistema republicano, tornou-se objeto de museu. É sobre essa dupla potência, de corpo/pessoa e corpo/objeto que o presente trabalho se propõe a discorrer. Para entender a presença simbólica e material de Cruz e Sousa no Museu Histórico de Santa Catarina ? MHSC, onde está exposto, é preciso investigar os percursos de sua transformação em símbolo nacional e os deslocamentos que sua materialidade provoca nas narrativas do museu. A urna funerária com restos mortais de Cruz e Sousa, à qual me referenciarei por vezes como corpo do poeta, é a expressão fim de disputa pelo controle da memória oficial. Com isso, a presente pesquisa tem como tema central refletir sobre o lugar ambíguo de Cruz e Sousa no patrimônio histórico nacional e catarinense a partir da sua presença material. Com isso procuro entender como essa ambiguidade foi construída a partir de disputas biográficas e políticas, mas também por meio de performances que acontecem fora e dentro do museu que permitem deslocamentos narrativos. Sem esquecer, contudo, que em se tratando de um morto, questões simbólicas sobre a construção social da morte configuram papel importante na compreensão sobre a fascinação e repulsa que corpos mortos provocam dentro de museus.Abstract: On the 27th of November of 2007, the body of João da Cruz e Sousa, a Symbolist poet who died back in 1898 entered the Palace named after him to begin another chapter in its history. The black man immersed in a society that was historically rooted in the exploitation of slave and intellectual labor, which was on the borderland between the monarchic and the republican system, a time when racism, as a theoretical proposition, based on the need for White Supremacy took place in the scientific, political and intellectual scene, now it became a part of the museum?s object. It is about this dual power of body / person and body / object that this dissertation aims to discuss. To understand Cruz e Sousa's symbolic and material presence at the Santa Catarina Historical Museum - MHSC, where he is on exhibit, it is necessary to investigate the paths of his transformation into a national symbol and the displacements that his materiality causes in the museum's narratives. The funerary urn with the remains of Cruz e Sousa, which will be referred to sometimes as the poet's body, is an expression of the final dispute for the control of it?s official memory. Thus, this research has as its central theme to reflect on the ambiguous place of Cruz e Sousa in the national and Santa Catarina?s historical heritage, based on his material presence. With this, I'll try to understand how this ambiguity was built from a biographical and political dispute, as well as through performances that take place outside and inside the museum that allow certain narrative escapes. Without forgetting, however, that when it comes to a dead person, symbolic questions about the social construction of death play an important role in understanding the fascination and repulsion that dead bodies provoke inside museums.Devos, Rafael VictorinoUniversidade Federal de Santa CatarinaSantana, Poliana Silva2021-10-14T19:30:24Z2021-10-14T19:30:24Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis145 p.| il.application/pdf373363https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229207porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-10-14T19:30:24Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/229207Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-10-14T19:30:24Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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