Educação bilíngue para surdos: práticas discursivas em tempos de inclusão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/187723 |
Resumo: | Estudar a educação bilíngue para surdos em diferentes contextos de escolarização implica em uma aproximação de um fenômeno da realidade educacional complexo e repleto de tensões, no qual concorrem forças de diferentes segmentos da sociedade, na tentativa de se definir a melhor configuração institucional, que a educação bilíngue pode assumir dentro dos sistemas formais de ensino. Considerando essa problemática, a presente pesquisa tem como foco analisar as contribuições das práticas discursivas na constituição de sujeitos bilíngues, em dois espaços educacionais: uma escola inclusiva com proposição bilíngue e uma escola bilíngue para surdos. O referencial teórico adotado constituiu-se a partir dos aportes da psicologia histórico-cultural e do princípio dialógico de Bakhtin, além das obras de referência na área da surdez. Para cumprir tais objetivos foram realizados levantamentos das práticas discursivas envolvendo diferentes sujeitos presentes em sala de aula, em duas escolas que adotavam a filosofia educacional bilíngue. Como procedimentos de investigação foram utilizados videogravações e observações das práticas discursivas realizadas em sala de aula. Os dados foram coletados no período de março de 2012 a março de 2013 e, após a coleta, o material obtido com as filmagens foi submetido à transcrição conforme proposto nos estudos Quadros e Karnopp (2004) e Lodi (2006). A seleção dos fragmentos referentes aos dados coletados por meio das videogravações e observações das práticas discursivas ocorreu pelo movimento de retorno aos pressupostos epistemológicos e teóricos do qual originou o desenvolvimento desta pesquisa. A busca pela seleção dos fragmentos das enunciações depreendeu a apreciação pormenorizada das enunciações compartilhadas entre professor, intérprete, alunos ouvintes e surda (escola inclusiva) e professor bilíngue e alunos surdos (escola bilíngue para surdos), durante o processo de produção de significados na sala de aula. O foco dessa análise concentrou-se na interpretação do lugar que cada sujeito ocupava nas distintas cenas de enunciação e, na posição assumida por estes, a partir do lugar que lhes foram concedidos. Os resultados evidenciaram a compreensão do funcionamento discursivo entre os sujeitos em cada um dos fragmentos analisados. Possibilitou também um entendimento mais crítico sobre a educação de surdos frente ao discurso ideológico da educação inclusiva e das tensões em torno da legitimidade que a Libras ocupa no processo de escolarização dos surdos. |
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