A condição do espaço MST no movimento da sociedade burguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Marcelos João
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/106569
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Geografia, Florianópolis, 2005.
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spelling A condição do espaço MST no movimento da sociedade burguesaGeografiaMovimentos sociaisDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Geografia, Florianópolis, 2005.A hipótese deste trabalho origina-se da compreensão de que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, através de sua organicidade, é em si um espaço possível de surgimento de relações sociais que se diferenciam - na reprodução de sua existência das relações engendradas pela sociedade burguesa, criando condições para o surgimento, ainda que de forma germinal, dos fundamentos da sociedade socialista. Para compreender a abrangência desse processo, partimos de uma análise conceitual a respeito da formação do espaço sob a orientação do modo de produção e reprodução dos homens na sociedade brasileira atual, com as respectivas orientações teóricas e metodológicas da vertente do Materialismo Histórico, nas quais nos fundamentamos O pressuposto desta análise parte da compreensão de que o modo de produção capitalista gera inevitavelmente a expropriação e a exploração (Marx, 1986), condicionando os trabalhadores expropriados da possibilidade do desenvolvimento de sua condição humana pelo latifúndio das injustiças sociais, a viverem à margem desta sociedade (margem entendida como espaço fora do campo da possibilidade de usufruírem a condição humana socialmente produzida), e que, em razão dessa condição, buscam alternativas de se ressocializarem. Porém, muitas dessas alternativas se incluem na ordem trazida pelos próprios vetores que formam o espaço da sociedade capitalista, pois reforçam a degenerescência da condição humana, como o crime organizado e o narcotráfico. Outras, buscam ainda que de forma incipiente, criar um espaço diferenciado da lógica burguesa. É neste campo, o das experiências que buscam superar os marcos da sociedade do capital, que situamos o MST. A circunstância qualitativa de nossa observação, compreende esse Movimento como espaço social que em si engendra (no horizonte de sua intencionalidade) a proposição de novas relações sociais, as quais estariam pautadas pela solidariedade entre os homens, pela cooperação de uns com os outros como forma de união e na construção de uma sociedade onde não existam explorados e exploradores (MST, 1996). Sobre essas bases, o MST, nos espaços conquistados, se territorializa (Fernandes, 1999), impondo sua presença na mediação das relações sociais desenvolvidas em seu interior. A organicidade do Movimento busca construir uma identidade coletiva de reciprocidade entre a organização e homens, imprimindo uma característica unitária e classista a seus integrantes que os diferenciam na forma de se reproduzirem como classe trabalhadora camponesa.This work is based on the hypothesis that the Brazilian Landless Workers Movement (called MST), is, in itself, an organizational environment that allows for the growth of social relations that differ--in their reproduction--from the relations borne out of the bourgeois society. The Movement, in that sense, allows for the development of earlier-stages of fundamental socialistic relations. To understand the scope of this process, we begin with a conceptual analysis of how said environment is created, based on the modes of production and reproduction of the modern Brazilian society. Our analysis is based on the Historical Materialism theoretical and methodological approach. The analysis is based on the understanding that the capitalistic mode of production inevitably creates expropriation and exploration (Marx, 1986). It denies expropriated laborers the chance to improve their human condition by way of the latifundium of social injustice. It marginalizes workers, who, in response to this condition, seek alternative means of re-socialization. However, most of these alternative means are part of the status quo maintained by the capitalistic society itself; organized crime and drug trafficking, in this sense, only sponsor the deterioration of the human condition. But other alternatives, however, aim to provide a environment outside the logic of the bourgeois society. The Landless Workers Movement is one of the latter alternatives, that is, which tries to overcome the barriers of capitalism. Our qualitative observation understands the Movement as a social space that generates (based on its objectives) new social relations, based on the solidarity and cooperation between people as a means to unite, and build a society without exploration (MST, 1996). Based on these ideals, the Movement creates new territories (Fernandes, 1999) and imposes itself as one of the mediating powers of social relations within its territorial confines. The organization of the Movement aims at building a collective identity of reciprocity, between the organization and its people. It labels all its members as one unitary class of workers, a working class of peasants.Aued, Idaleto MalvezziUniversidade Federal de Santa CatarinaAlves, Marcelos João2013-12-05T21:32:22Z2013-12-05T21:32:22Z2013-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis147 f.| tabs.application/pdf270927https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/106569porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-01-19T02:17:00Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/106569Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-01-19T02:17Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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