Uma análise cognitiva da conjunção proposicional: revisando o paradigma griceano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/177769 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2017. |
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Uma análise cognitiva da conjunção proposicional: revisando o paradigma griceanoLingüísticaLíngua portuguesaConjunçõesSemânticaPragmáticaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2017.Esta dissertação trata do problema de como chegamos às diversas interpretações da conjunção proposicional nas línguas naturais. Por "conjunção proposicional?" entendo o emprego de um item lexical como o "e" entre constituintes que expressem semanticamente uma Situação, isto é, um Evento, um Estado ou um Processo. A conjunção proposicional é um tema clássico no estudo da linguagem, e, por isso, resolvi prefixar à minha proposta positiva uma série de críticas a um célebre modo de abordar essa questão, que foi instituído por Grice (1981, 1989). Esta dissertação pode, pois, ser compreendida como uma tentativa de superar as falhas da análise griceana, sublinhando, entretanto, suas qualidades e preservando sua ferramentaria básica. A tradição griceana percebeu corretamente que três elementos são essenciais em qualquer explicação para a variedade de leituras da conjunção: (1) heurísticas pragmático-cognitivas; (2) uma noção de inferência pragmática baseada nessas heurísticas e, por fim, (3) um conteúdo semântico mínimo, a ser inferencialmente desenvolvido de acordo com essas heurísticas. Entretanto, todas as provisões pessoais de Grice a respeito desses pontos são insatisfatórias, a saber: (1) a heurística em questão é uma máxima icônica de sequenciação; (2) a inferência em questão é uma implicatura e (3) o conteúdo semântico mínimo é uma função de verdade, tal qual definida na lógica proposicional clássica. Consequentemente, busquei, na última parte desta dissertação, esboçar uma solução melhor para cada um desses problemas. Resumo-a aqui: (1) a heurística em questão é o princípio comunicativo da relevância, tal qual definido em Sperber e Wilson (1995); (2) a inferência em questão é um tipo de modulação, ou, mais especificamente, de enriquecimento pragmático livre, tal qual definido por Recanati (2010) e, enfim, (3) o conteúdo semântico mínimo da conjunção - isto é, aquele que está associado ao "e" pelas regras lexicais da língua - é o que chamei de FUNDIR, uma função conceitual que captura a noção de integração entre eventualidades. Esses três eixos configuram um modelo híbrido que busca não apenas refutar as soluções de Grice, mas também superá-las, dando um tratamento devido a cada uma das faces do problema da interpretação da conjunção.<br>Abstract : This dissertation deals with the problem of how we interpret propositional conjunctions in natural languages. By "propositional conjunction" I mean the use of a lexical item like "and" between constituents that semantically express a Situation, that is, an Event, a State or a Process. Propositional conjunction, so defined, is a classical topic in the study of language, and, therefore, I chose to prefix my own proposal with a series of criticisms on a famous way of approaching this issue, a way that was instituted by Grice (1981, 1989). This dissertation can, thus, be understood as an attempt to overcome the flaws inherent to Grice?s analysis, underlining, however, its qualities and preserving its basic toolkit. The gricean tradition correctly perceived that three elements were essential in any explanation for the variety of readings the conjunction receives: (1) cognitive-pragmatic heuristics; (2) a certain notion of pragmatic inference based on those heuristics and, at last, (3) a minimal semantic content, to be inferentially developed according those heuristics. However, Grice's own personal provisions regarding these points are all unsatisfactory, namely: (1) the heuristic in question is an iconic sequencing maxim; (2) the inference in question is an implicature and (3) the minimal semantic content is a truth function, as defined in classical propositional logic. Consequently, I felt a better solution to each one of these issues was in order. My proposal says, in a nutshell, that: (1) the heuristic in question is the communicative principle of relevance, as defined in Sperber and Wilson (1995); (2) the inference in question is a kind of modulation, or, more specifically, of free pragmatic enrichment, as defined by Recanati (2010), and, at last, (3) the minimal semantic content of the conjunction - that is, the one associated with "and" through the lexical rules of the language - is what I called FUSE, a conceptual function that captures the notion of integration among eventualities. These three matters build up to a hybrid model that hopes not only to refute Grice's own solutions, but also to surpass them, by offering an adequate treatment to each aspect regarding the problem of the interpretation of the conjunction.Moura, Heronides Maurilio de MeloUniversidade Federal de Santa CatarinaVaraschin, Giuseppe Freitas da Cunha2017-07-25T04:10:10Z2017-07-25T04:10:10Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis195 p.| il.application/pdf346991https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/177769porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-07-25T04:10:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/177769Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-07-25T04:10:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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