Efeito antiinflamatório dos ligantes do receptor benzodiazepínico periférico (PK 11195 e Ro5-4864) no modelo de pleurisia induzida pela carragenina, em camundongos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86873 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia. |
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Efeito antiinflamatório dos ligantes do receptor benzodiazepínico periférico (PK 11195 e Ro5-4864) no modelo de pleurisia induzida pela carragenina, em camundongosFarmáciaCamundongo como animal de laboratorioAgentes antiinflamatoriosCarrageninaPleurisiaEsteroidesDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia.Estudos têm demonstrado o efeito antiinflamatório do PK11195 e do Ro5-4864 em modelos experimentais (TORRES et al., 1999; 2000). Estes dois fármacos são denominados ligantes do receptor benzodiazepínico periférico (RBP) estão localizados em diversos tecidos, em nível periférico. Neste estudo foi utilizado o modelo de pleurisia induzida pela carragenina (Cg, 1%/cav.), em camundongos. Este é um modelo pelo qual apresenta uma resposta inflamatória bifásica (4 e 48 h) importante para avaliação de novos fármacos com propriedades antiinflamatórias. Objetivos: 1) Avaliar o efeito do PK11195 e do Ro5-4864 sobre a resposta inflamatória induzida pela Cg na cavidade pleural de camundongos. Os parâmetros inflamatórios (leucócitos, exsudação, concentrações da mieloperoxidase (MPO), adenosina-deaminase (ADA), óxido nítrico (ONx) e permeabilidade vascular) foram estudados 4 e 48 h após a indução da pleurisia, 2) Avaliar se o possível efeito antiinflamatório dos fármacos estudados ocorre devido a síntese esteroidal. Materiais e métodos: Neste protocolo experimental, foram utilizados camundongos albinos suíços de ambos os sexos, pesando entre 18-22g. Todos os animais foram tratados previamente com solução de azul de Evans (25 mg/kg, i.v.) para análise indireta do exsudato, exceto para àqueles experimentos pelo qual, estudou-se as enzimas MPO e ADA, ONx e análise histológica. Inicialmente avaliou-se a curva dose, tempo e resposta sobre os parâmetros inflamatórios (leucócitos e exsudação). Após o estabelecimento da melhor dose e o melhor tempo de tratamento prévio dos animais com os fármacos em estudo, avaliou-se o efeito destes sobre as concentrações de MPO, ADA, ONx), tanto na primeira (4 h) como na segunda fase (48 h) da resposta inflamatória induzida pela carragenina na cavidade pleural de camundongos. Análise estatística: Os resultados obtidos com a contagem de leucócitos, exsudação, MPO, ADA, ONx e permeabilidade vascular foram expressos através da média ± e.p.m. A análise estatística para estes parâmetros foi realizada por meio do teste paramétrico ANOVA (Dunnett) complementado, quando necessário pelo teste t de student. A análise histológica foi expressa através de scores (0 = ausente; 1 = discreto; 2 = moderado e 3 = abundante). Para este último parâmetro a análise estatística utilizada foi o teste não paramétrico de Man-Whitney. Valores de P < 0,05 foram considerados significativos. Resultados: Na primeira fase (4 h) da resposta inflamatória induzida pela carragenina, o PK11195 e o Ro5-4864 inibiram significativamente o influxo de leucócitos (P < 0,01), às custas de neutrófilos (P < 0,01), a exsudação (P < 0,01), os níveis de ONx (P < 0,01) no lavado pleural e a permeabilidade vascular no pulmão (P < 0,01). Além disso, somente o Ro5-4864 foi capaz de inibir significativamente as concentrações da enzima MPO no lavado da cavidade pleural 4 h após (P < 0,05). Nesta fase, ambos os fármacos também inibiram os leucócitos no sangue dos animais inflamados (P < 0,01). A análise histológica revelou que o PK11195 e o Ro5-4864 inibiram de forma significativa a migração de neutrófilos, mononucleares e edema pulmonar (P < 0,01). No baço observou-se também a diminuição de leucócitos, neutrófilos na polpa vermelha, bem como diminuição da hiperplasia da polpa branca (P < 0,01). Neste último órgão, os fármacos estudados também aumentaram a apoptose (P < 0,01). Já no fígado, observou-se que o PK11195 e o Ro5-4864, diminuíram os neutrófilos e as células de Kuppfer (P < 0,01). Na segunda fase (48 h) da pleurisia induzida pela carragenina, o PK11195 e o Ro5-4864 inibiram de forma significativa os leucócitos (P < 0,01), às custas de mononucleares (P < 0,01), e os níveis de ADA no lavado pleural de xv camundongos inflamados (P < 0,01). A analise histológica revelou que ambos os fármacos inibiram os neutrófilos (P < 0,01) e os mononucleares, no pulmão (P < 0,01). No baço, tanto o PK11195 como o Ro5-4864 inibiram os neutrófilos e os mononucleares (P < 0,01), no entanto, somente o Ro5-4864 diminuiu de forma significativa o centro germinativo, neste órgão (P < 0,01). Já no fígado, observou-se que os dois fármacos diminuíram a hiperplasia de células de Küppfer (P < 0,01). Finalmente para avaliarmos o possível mecanismo de ação antiinflamatório do PK11195 e do Ro5-4864 utilizamos a DL-aminoglutatimida neste modelo experimental. Os resultados revelaram que este último fármaco reverteu o efeito antiinflamatório do PK11195 em relação a: exsudação, neutrófilos, mononucleares e níveis de ONx no lavado pleural (P < 0,01), na pleurisia induzida pela Cg 4 h. Nesta fase, este efeito ocorreu também em relação ao fármaco Ro5-4864 em relação a: neutrófilos, mononucleares, MPO e ONx (P < 0,01). Na pleurisia induzida pela Cg 48 h, a DL-aminoglutatimida reverteu os efeitos antiinflamatórios tanto do PK11195 como do Ro5-4864 em relação a: leucócitos, mononucleares, neutrófilos e exsudação na cavidade pleural de camundongos (P < 0,01). Além disso, a DL-aminoglutatimida reverteu também o efeito antiinflamatório do Ro5-4864 em relação aos níveis da ADA (P < 0,01). Conclusão: Estes resultados revelam que o efeito antiinflamatório tanto do PK11195 como do Ro5-4864 ocorre principalmente sobre o influxo de leucócitos ativados, bem como a inibição de enzimas pró-inflamatórios como MPO e ADA, além do mediador óxido nítrico. Além disso, parece que este efeito antiinflamatório é mediado pela síntese esteroidal. Estudos posteriores devem ser realizados para melhor elucidar o mecanismo de ação antiinflamatória dos ligantes do PBR.Florianópolis, SCFröde, Tânia SilviaUniversidade Federal de Santa CatarinaSilva, Marcelo Barreto Spillere da2012-10-21T11:34:09Z2012-10-21T11:34:09Z20042004info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis1 v.| il., grafs.application/pdf203044http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86873porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-04T11:57:59Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/86873Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-04T11:57:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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