Resiliência e desenvolvimento regional: o papel da agricultura familiar no oeste de Santa Catarina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167841 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2016. |
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Resiliência e desenvolvimento regional: o papel da agricultura familiar no oeste de Santa CatarinaGeografiaAgricultura familiarSanta Catarina, OestePlanejamento regionalSanta Catarina, OesteTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2016.Resiliência é um conceito muito conhecido nas engenharias e nas ciências ecológicas, que nos últimos anos também vem ganhado uso crescente nos estudos sobre economia regional. Há um esforço de diferentes pesquisadores na tentativa de consolidar o uso desta noção no desenvolvimento regional. Assim, resiliência das regiões estaria ligada à capacidade das mesmas em se antecipar e se preparar, para responder e se recuperar de uma perturbação e/ou crise. Contudo, a resiliência como abordagem teórica para o estudo dos processos de desenvolvimento regional ainda carece de maior compreensão e aplicação prática, a fim de torná-la mais robusta e funcional. Esta carência é ainda maior quando tratamos de estudos sobre regiões afastadas dos centros econômicos mais pujantes dos países e onde o rural apresente grande destaque. Além disso, especificamente no caso brasileiro, os estudos que exploram esta nova vertente conceitual são ainda mais escassos. Diante disto, este trabalho se dedica a analisar a relevância da resiliência como abordagem teórica propícia para o estudo de desenvolvimento regional da Mesorregião Oeste de Santa Catarina e o papel da agricultura familiar neste processo. Configura-se em uma pesquisa de caráter exploratório e está centrada em análises qualitativas que permitem aprofundar o entendimento sobre a evolução teórica e das estruturas conceituais que possibilitam a operacionalização da resiliência no desenvolvimento regional. Neste sentido, a região Oeste catarinense exerce um papel importante como espaço de legitimação da pesquisa. Esta região é um dos principais redutos da agricultura familiar no Brasil, e constitui a base social do maior complexo agroindustrial da América Latina. Mesmo assim, enfrentou nas últimas décadas crises cíclicas que se configuraram como uma barreira para a melhoria efetiva da qualidade de vida da população rural e do meio ambiente. Entre as evidências que informam sobre os limites do modelo adotado estão o êxodo rural, o envelhecimento da população e o comprometimento da qualidade ambiental. Entretanto, os agricultores familiares e suas organizações têm respondido a este ambiente socioeconômico de incertezas com estratégias adaptativas que expressam a resiliência regional, com destaque para a pluriatividade, a produção para o autoconsumo, a transformação da matéria-prima na propriedade e a diversificação produtiva, especialmente via atividade leiteira. Estas estratégias servem não somente como meios para a reprodução social deste grupo, mas também para defender e renovar o dinamismo regional. Neste contexto,a abordagem da resiliência mostrou que pode contribuir para o entendimento dos processos de desenvolvimento regional e que ainda possibilita identificar e valorizar os agentes mais importantes para a consolidação deste processo, como o caso dos agricultores familiares.<br>Abstract : Resilience is a well-known concept in engineering and in the ecological sciences that, in recent years, has also gained increasing use in studies of the regional economy. There is an effort of different researchers in an attempt to consolidate the use of this notion in regional development. Thus, the resilience of regions is linked to the ability of the same to anticipate and prepare for, respond to and recover from a disruption and / or crisis. However, the resilience as a theoretical approach to the study of regional development processes needs further understanding and practical application in order to make it more robust and functional. This need is even greater when dealing with studies of remote areas of the most thriving economic centers of the country and where the country presents a great highlight. In addition, specifically in Brazil, studies exploring this new conceptual aspect are even scarcer. In view of this, this paper is dedicated to analyzing the relevance of resilience as adequate theoretical approach to the study of regional development of West Mesoregion of Santa Catarina and the role of family farming in this process. It is about an exploratory survey that allows to deepen the understanding of the evolution of the concept and theoretical framework that enables operating resilience in the studied reality. The Santa Catarina West Country is one of the main strongholds of family farming in Brazil and is the social base of the largest agroindustrial complex in Latin America. Still, it has faced in recent decades cyclical crises that took shape as a barrier to the effective improvement of the rural population quality of life and the environment. Among the evidence that inform on the limits of their models one can mention rural exodus, aging population and the commitment to environmental quality. However, family farmers and their organizations have responded to this socioeconomic environment of uncertainty with adaptive strategies, highlighting pluriactivity, production for self-consumption, the transformation of the raw material on the property and productive diversification. These strategies serve not only as a means for social reproduction in this group, but also to defend and renew the regional dynamism. In this context, the theoretical approach to resilience proved a useful tool to help think and build sustainable regional development able to consider the major evolutionary trends and their impacts on a path that leads to lower foreign dependency, lower degradation of nature and reduction of social inequalities.Silva, Clécio Azevedo daUniversidade Federal de Santa CatarinaExterckoter, Rudinei Kock2016-09-20T04:25:48Z2016-09-20T04:25:48Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis349 p.| il., grafs., tabs.application/pdf341266https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167841porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-09-20T04:25:49Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/167841Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-09-20T04:25:49Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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