Entre a igualdade e a diferença: mulheres camponesas em lutas de gênero
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94385 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2010 |
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Universidade Federal de Santa CatarinaSalvaro, Giovana Ilka JacintoLago, Mara Coelho de SouzaWolff, Cristina Scheibe2012-10-25T09:20:05Z2012-10-25T09:20:05Z2012-10-25T09:20:05Z278457http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94385Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2010Este estudo busca analisar como se constituem sujeitos e subjetividades em lutas de gênero enquanto práticas do Movimento de Mulheres Camponesas em Santa Catarina (MMC/SC), denominação assumida em novembro de 2004 pelo Movimento de Mulheres Agricultoras de Santa Catarina (MMA/SC), na consolidação, com outros movimentos rurais autônomos de mulheres do Brasil, de um movimento nacional. Esse processo envolveu a construção de identidades políticas, por meio das quais se produzem e se representam sujeitos. A pesquisa utilizou o modelo etnográfico, com a realização de entrevistas em profundidade, o acompanhamento e observação das atividades de mulheres que compõem o movimento. Este procedimento foi complementado pela análise de documentos produzidos pelo movimento em toda a trajetória de lutas que o caracterizou, desde sua criação como Movimento de Mulheres Agricultoras. Considerando que o MMC/SC está organizado em regionais (formadas por grupos de municípios), o estudo foi realizado em três municípios da Regional Sul do movimento: Urussanga, Orleans e Treviso. Foram entrevistadas 18 mulheres. A pesquisadora participou de atividades junto às mulheres do movimento, analisou publicações e documentos produzidos no período de 1994-2008. O argumento central do estudo é que diferentes investimentos são feitos na constituição de sujeitos e de subjetividades, os quais dão a ver a reprodução de normas de gênero, a aceitação ou a resistência a certas formas de individualidade, como parte das estratégias políticas de luta, incluindo a unificação de movimentos autônomos de mulheres e a construção das identidades políticas "mulheres agricultoras" e "mulheres camponesas". Desde a sua criação, na primeira metade da década de 1980, no distrito de Itaberaba, município de Chapecó/SC, o MMA/SC começou a questionar a "condição da mulher" e da "mulher trabalhadora rural". Como lutas centrais, estavam o direito à sindicalização da mulher, disputa pela direção do sindicato rural, o reconhecimento da profissão de agricultora, aposentadoria, entre outros. Lutas de gênero e de classe, operadas na/pela posição de trabalhadora rural, que se mantiveram com a construção do MMC. Nos municípios estudados, o movimento foi criado nos anos de 1994, 1995 e 2000, na vigência da denominação MMA/SC. A trajetória do movimento compreendeu lutas por reconhecimento e por redistribuição, nas quais as mulheres se produziram na posição de trabalhadoras rurais. Essa produção demandou investimentos na documentação pessoal e profissional das mulheres. Na perspectiva das mulheres entrevistadas, o movimento se constitui como lugar de organização para aprendizagens, transformações sociais e individuais. No percurso da construção de identidades políticas, na Regional Sul, a mudança do nome "mulheres agricultoras" para "mulheres camponesas" foi recusada por algumas das mulheres e aceita por outras, demonstrando jogos de força, produção de sujeitos e de subjetividades. Ambas as identificações identitárias acionaram discursos que se aproximam de concepções feministas essencialistas, atribuindo às mulheres diferenças que as capacitam para o cultivo e o cuidado com a terra, relacionadas à sua função como mães na geração e cuidado com a vida. Uma das questões a ser considerada é que o uso de um "princípio feminino" não parece indicar apenas um retorno ao essencialismo, mas também uma estratégia política na produção de lutas.289 p.| il., tabs., mapasporCiências HumanasSubjetividadeMulheres na agriculturaSanta CatarinaMovimentos sociais ruraisSanta CatarinaRelações de gêneroEntre a igualdade e a diferença: mulheres camponesas em lutas de gêneroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL278457.pdfapplication/pdf1627409https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/94385/1/278457.pdf9f7ea22beedcdb42365aea8368007558MD51THUMBNAIL278457.pdf.jpg278457.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg777https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/94385/2/278457.pdf.jpgde84a117133c05ce7de81ebdd6787178MD52123456789/943852013-05-03 15:18:59.154oai:repositorio.ufsc.br:123456789/94385Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T18:18:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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