Efeito moderador do risco idiossincrático e das aquisições corporativas no valor de mercado do caixa: um estudo comparativo entre empresas brasileiras familiares e não familiares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Marília Paranaíba
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/251483
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Contabilidade, Florianópolis, 2023.
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spelling Efeito moderador do risco idiossincrático e das aquisições corporativas no valor de mercado do caixa: um estudo comparativo entre empresas brasileiras familiares e não familiaresContabilidadeValor (Economia)Empresas familiaresTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Contabilidade, Florianópolis, 2023.Esta tese tem o objetivo de comparar o valor de mercado do caixa, moderado pelo risco idiossincrático e pelas aquisições corporativas, entre empresas brasileiras familiares e não familiares no período de 2010 a 2019. Para atingir tal objetivo, três estudos foram realizados. O primeiro estudo considera, apenas, a relação entre o valor de mercado do caixa e o controle familiar, assim objetiva comparar o valor de mercado do caixa entre empresas brasileiras familiares e não familiares. O segundo e o terceiro estudo também consideram a relação entre o valor de mercado do caixa e o controle familiar, contudo enquanto o segundo acrescenta na análise o efeito moderador do risco idiossincrático, o terceiro adiciona o efeito moderador das aquisições corporativas. Dessa forma, objetivam comparar o valor de mercado do caixa, moderado pelo risco idiossincrático, entre empresas brasileiras familiares e não familiares e comparar o valor de mercado do caixa, moderado pelas aquisições corporativas, entre empresas brasileiras familiares e não familiares. Para operacionalizar cada um dos estudos foram realizadas coletas de dados na plataforma de dados da Refinitiv Eikon e nos sites da B3, do Banco Central do Brasil e do Núcleo de Pesquisa em Economia Financeira da Universidade de São Paulo. A amostra dos estudos um e três compreendeu 335 empresas, enquanto a amostra do estudo dois foi formada por 83 empresas. As análises dos dados foram feitas por meio de técnicas descritivas e regressões múltiplas e quantílicas com o auxílio do software Stata. Os resultados do primeiro estudo indicam que o valor de mercado do caixa é maior para as empresas familiares em comparação com as empresas não familiares. Além disso, as evidências empíricas apontam que quanto maior o montante de caixa, maior o valor de mercado do caixa. Em relação ao segundo estudo, é possível confirmar que o valor de mercado do caixa, moderado pelo risco idiossincrático, é menor para as empresas familiares do que para as empresas não familiares. Entretanto, ao contrário do esperado, verifica-se que o mercado acionário brasileiro tende a avaliar o valor adicional do caixa com um acréscimo conforme o nível de caixa aumenta e que quanto maior o risco idiossincrático, maior o valor que os acionistas atribuem a cada real adicionado no caixa. Já os resultados do terceiro estudo revelam que as empresas que realizaram F&A possuem menor valor de mercado do caixa do que as empresas que não realizaram F&A. Ademais, identifica-se que o valor de mercado do caixa é maior para as empresas familiares em comparação com as empresas não familiares quando se considera as aquisições corporativas. De modo geral, os resultados apresentados pelos três estudos permitem concluir que o valor de mercado do caixa é menos valioso para as empresas brasileiras familiares em comparação com as empresas brasileiras não familiares somente se moderado pelo risco idiossincrático. Quando, apenas, a relação entre o valor de mercado do caixa e o controle familiar é considerada, bem como o efeito moderador das aquisições corporativas em tal relação, o valor de mercado do caixa é mais valioso para as empresas brasileiras familiares do que para as empresas brasileiras não familiares. Assim, acredita-se que o valor de uma unidade monetária de caixa é determinado por sua própria utilidade marginal, mas ao mesmo tempo tende, automaticamente, a se tornar proporcional ao seu custo de retenção. Essas constatações podem subsidiar gestores, credores, investidores e pesquisadores para um maior entendimento das políticas de caixa adotadas no Brasil, bem como incentivá-los a refletirem sobre o uso de estratégias corporativas.Abstract: This thesis aims to compare the value of cash, moderated by idiosyncratic risk and corporate acquisitions, between family and non-family Brazilian firms in the period from 2010 to 2019. To achieve this objective, three studies were carried out. The first study only considers the relationship between the value of cash and family control, thus aiming to compare the value of cash between family and non-family Brazilian firms. The second and third studies also consider the relationship between the value of cash and family control, however while the second adds the moderating effect of idiosyncratic risk to the analysis, the third adds the moderating effect of corporate acquisitions. Thus, they aim to compare the value of cash, moderated by idiosyncratic risk, between family-owned and non-family Brazilian firms and compare the value of cash, moderated by corporate acquisitions, between family-owned and non-family Brazilian firms. To operationalize each of the studies, data collection was carried out on the Refinitiv Eikon data platform and on the websites of B3, the Central Bank of Brazil and the Nucleus of Research in Financial Economics at the University of São Paulo. The sample of studies one and three comprised 335 firms, while the sample of study two consisted of 83 firms. Data analyzes were performed using descriptive techniques and multiple and quantile regressions with the help of Stata software. The results of the first study indicate that the value of cash is higher for family compared to non-family firms. In addition, empirical evidence indicates that the greater the amount of cash, the greater the value of cash. Regarding the second study, it is possible to confirm that the value of cash, moderated by idiosyncratic risk, is lower for family than for non-family firms. However, contrary to expectations, it appears that the Brazilian stock market tends to evaluate the additional value of cash with an increase as the cash level increases and that the greater the idiosyncratic risk, the greater the value that shareholders attribute to each real added to the cash. On the other hand, the results of the third study reveal that firms that carried out M&A have lower value of cash than firms that did not carry out M&A. Furthermore, it is identified that the value of cash is higher for family compared to non-family firms when considering corporate acquisitions. In general, the results presented by the three studies allow us to conclude that the value of cash is less valuable for Brazilian family firms compared to Brazilian non-family firms only if moderated by idiosyncratic risk. When only the relationship between the value of cash and family control is considered, as well as the moderating effect of corporate acquisitions on such a relationship, the value of cash is more valuable to Brazilian family firms than to non-family Brazilian firms. Thus, it is believed that the value of a monetary unit of cash is determined by its own marginal utility, but at the same time automatically tends to become proportional to its holding cost. These findings can support managers, creditors, investors and researchers for a better understanding of the cash policies adopted in Brazil, as well as encourage them to reflect on the use of corporate strategies.Vicente, Ernesto Fernando RodriguesRibeiro, Alex MussoiUniversidade Federal de Santa CatarinaFerreira, Marília Paranaíba2023-10-18T23:15:20Z2023-10-18T23:15:20Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis146 p.| il., gráfs.application/pdf384056https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/251483porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-18T23:15:20Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/251483Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-10-18T23:15:20Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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