Trajetórias e rotina de prisioneiras por tráfico de drogas: autoras e caodjuvantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Biella, Janete Brígida
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90756
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2007.
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spelling Trajetórias e rotina de prisioneiras por tráfico de drogas: autoras e caodjuvantesSociologiaMulheres -CondutaPrisioneirasFlorianopolis (SC)Trafico de drogasFlorianopolis (SC)Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2007.Este trabalho traz parte da história de vida de treze mulheres encarceradas no único Presídio Feminino de Santa Catarina, em Florianópolis, acusadas e/ou condenadas por tráfico de drogas proibidas. No Brasil e no mundo, o narcotráfico por si só desperta atenção, mas poucos são os trabalhos a focar a criminalidade à luz das relações de gênero. É o que propomos: compreender em que medida a participação das mulheres no tráfico de drogas ilícitas está permeada pelo papel a elas imposto por nossa cultura e também como a participação delas se intersecciona com as relações afetivas com seus companheiros, pais, irmãos, filhos e com suas mães, irmãs e filhas.Tendo como ponto de partida dados quantitativos e qualitativos, a hipótese central foi: será o ingresso da mulher no tráfico de drogas induzido por seu(s) companheiro(s)? Considerando que autoridades e pesquisadores, como Alba Zaluar (1994), apontavam que as mulheres não eram as protagonistas principais no tráfico de drogas, decidimos ver se isto se confirmava na realidade, porém do ponto de vista das prisioneiras. Assim, com esta primeira hipótese, nos fundamentamos nas teorias de gênero e na revisão da literatura para abordar os seguintes aspectos: criminalidade, vida carcerária e sistema penal e prisional. Embora façamos uso de dados quantitativos, a metodologia do trabalho é qualitativa. As entrevistadas foram selecionadas de duas formas: cruzamento de dados da instituição e convite interpessoal. O roteiro foi elaborado de modo a apreender dois momentos de suas trajetórias de vida: os vários contextos de inserção e o da participação no tráfico de drogas. Em ambos os casos dialogamos com diversos autores. Os resultados são surpreendentes, tanto do ponto de vista prático quanto teórico. Primeiro descortinamos o presídio, damos cor às relações sociais do convívio e do sistema através da rotina das presidiárias na instituição, destacando vários aspectos (rituais de entrada, distribuição e uso do espaço, visitas, vigilância e castigo, etc.). Depois projetamos luz nos relacionamentos afetivos das mulheres entrevistadas para, enfim, perceber que embora o padrão androcêntrico pretenda para os homens tudo que é superior, inclusive dizer que seriam os homens os responsáveis pelo ingresso delas na criminalidade, algumas vezes isto não se confirmou, como mostram nossos dados.This text shows part of the history of life of thirteen women jailed in the only Feminine Penitentiary of Santa Catarina, in Florianópolis, defendant and/or condemned by traffic of illegal drugs. In Brazil and in the world the drug traffic by itself awakes attention, but few are the works to focus crime on the point of view of gender relations. This is what we consider: to also understand at what measure the participation of women in the traffic of illicit drugs it is imposed by the paper they play in our culture (use the term cultura as symbolic system, as the point of view of Laraia (1986, p. 62-63) and as their participation crosses with the affective relations with its friendships, with its mothers, parents, sisters, brothers and children. Having as starting point given quantitative and qualitative dates, the central hypothesis was: what if the ingression of woman in the induced traffic of drugs for their (s) accompanying (s)? Considering that authorities and researchers, as Alba Zaluar (1994), pointed that women were not the main protagonists in the traffic of drugs, we decided to see if this was confirmed in the reality, on the point of view of the prisoners. Thus, with this first hypothesis, which is based on the theories of gender and the revision of literature to approach the following aspects: crime, jail life and prisional system. However we make use of quantitative data, the methodology of the work is qualitative. The interviewed ones had been selected from contacts made in the institution and the script was elaborated in order to apprehend two moments of their trajectories of life: of insertion and of the participation in the traffic of drugs. In both cases we dialogue with some authors. The results are surprising, from the practical point of view as much as theoretical. First we disclosed the penitentiary, giving color to the social relations of the conviviality and the system through the routine of the prisoners in the institution, detaching some aspects (ritual of entrance, distribution and use of the space, visits, monitoring and punishment, etc.). Later we lightened the affective relationships of the women interviewed to, at last, realize that although the androcentric standard intends for men everything that is superior, including to say that the responsible for the ingression of them in crime would be the men, some times this was not confirmed, as our data show.Minella, Luzinete SimõesUniversidade Federal de Santa CatarinaBiella, Janete Brígida2012-10-23T14:49:23Z2012-10-23T14:49:23Z2012-10-23T14:49:23Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis168 f.| il., tabs.application/pdf274158http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90756porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T02:43:49Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/90756Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T02:43:49Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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