A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/233847 |
Resumo: | A proximidade geográfica entre produção e consumo alimentar tem sido largamente enfatizada como positiva, mas há pouca evidência empírica em como se organizam os circuitos curtos de comercialização (principalmente quando envolvem o varejo) e até que ponto estão de fato enraizados em economias regionais.Este artigo busca examinar criticamente os parâmetros de proximidade geográfica e/ou relacional comumente abordados no debate sobre circuitos curtos, examinando a produção e comercialização de alimentos orgânicos da região da Grande Florianópolis, tendo como foco principal a dimensão regional desta circulação. Ao trazer evidências empíricas —através de entrevistas semiestruturadas com atores envolvidos na produção, processamento e comercialização de produtosorgânicos —e levantamento quantitativo de dados do varejo evidenciamos que os supermercados são o principal canal de distribuição destes produtos e que a produção regional, ainda que importante, não é suficiente para a demanda por produtos processados e aqueles fora de época. A proximidade geográfica oferece vantagens tanto para produtores como para consumidores, tais como o menor custo energético para fazer o produto chegar ao mercado, a garantia do frescor dos alimentos, assim como a possibilidade de produtores e entrepostos se relacionarem diretamente com os mercados. Verificamos também que é praticamente indispensável a figura do intermediário, seja ele um agricultor ou um entreposto. Esta figura, mais assídua nas operações de compra e venda, ajuda a estruturar o mercado, planejar a produção e viabilizar a comercialização para um número maior de produtores, viabilizando-os, mas estende o número de atores na cadeia, aumentando a distância entre produtores e consumidores. |
id |
UFSC_25121785eef84b6a0f019f134498fbd2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufsc.br:123456789/233847 |
network_acronym_str |
UFSC |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFSC |
repository_id_str |
2373 |
spelling |
Gelbcke, Daniele LimaRover, Oscar JoséBrightwell, Maria das Graças Santos LuizSilva, Clécio Azevedo daViegas, Mauricio da Trindade2022-04-11T16:51:39Z2022-04-11T16:51:39Z2018GELBCKE, D. L. ; ROVER, O. J. ; BRIGHTWELL, M. G. ; SILVA, C. A. ; VIEGAS, M. T. . A “proximidade” nos circuitos de abastecimento de alimentos orgânicos da Grande Florianópolis – SC – Brasil. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 26, p. 539, 2018.2526-7752https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/233847A proximidade geográfica entre produção e consumo alimentar tem sido largamente enfatizada como positiva, mas há pouca evidência empírica em como se organizam os circuitos curtos de comercialização (principalmente quando envolvem o varejo) e até que ponto estão de fato enraizados em economias regionais.Este artigo busca examinar criticamente os parâmetros de proximidade geográfica e/ou relacional comumente abordados no debate sobre circuitos curtos, examinando a produção e comercialização de alimentos orgânicos da região da Grande Florianópolis, tendo como foco principal a dimensão regional desta circulação. Ao trazer evidências empíricas —através de entrevistas semiestruturadas com atores envolvidos na produção, processamento e comercialização de produtosorgânicos —e levantamento quantitativo de dados do varejo evidenciamos que os supermercados são o principal canal de distribuição destes produtos e que a produção regional, ainda que importante, não é suficiente para a demanda por produtos processados e aqueles fora de época. A proximidade geográfica oferece vantagens tanto para produtores como para consumidores, tais como o menor custo energético para fazer o produto chegar ao mercado, a garantia do frescor dos alimentos, assim como a possibilidade de produtores e entrepostos se relacionarem diretamente com os mercados. Verificamos também que é praticamente indispensável a figura do intermediário, seja ele um agricultor ou um entreposto. Esta figura, mais assídua nas operações de compra e venda, ajuda a estruturar o mercado, planejar a produção e viabilizar a comercialização para um número maior de produtores, viabilizando-os, mas estende o número de atores na cadeia, aumentando a distância entre produtores e consumidores.Estudos Sociedade e Agriculturaproximidade;orgânicoscomercializaçãocircuitos curtosFlorianópolisA “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81383https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/233847/2/license.txt11ee89cd31d893362820eab7c4d46734MD52ORIGINALestudoscpda,+26-3_03_A_proximidade_FINAL_PDF.pdfestudoscpda,+26-3_03_A_proximidade_FINAL_PDF.pdfapplication/pdf340534https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/233847/1/estudoscpda%2c%2b26-3_03_A_proximidade_FINAL_PDF.pdf7094c3417e07861624e8338996379966MD51123456789/2338472022-04-11 13:51:39.256oai:repositorio.ufsc.br:123456789/233847Vm9jw6ogdGVtIGEgbGliZXJkYWRlIGRlOiBDb21wYXJ0aWxoYXIg4oCUIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciBlIHRyYW5zbWl0aXIgYSBvYnJhLiBSZW1peGFyIOKAlCBjcmlhciBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMuClNvYiBhcyBzZWd1aW50ZXMgY29uZGnDp8O1ZXM6IEF0cmlidWnDp8OjbyDigJQgVm9jw6ogZGV2ZSBjcmVkaXRhciBhIG9icmEgZGEgZm9ybWEgZXNwZWNpZmljYWRhIHBlbG8gYXV0b3Igb3UgbGljZW5jaWFudGUgKG1hcyBuw6NvIGRlIG1hbmVpcmEgcXVlIHN1Z2lyYSBxdWUgZXN0ZXMgY29uY2VkZW0gcXVhbHF1ZXIgYXZhbCBhIHZvY8OqIG91IGFvIHNldSB1c28gZGEgb2JyYSkuIFVzbyBuw6NvLWNvbWVyY2lhbCDigJQgVm9jw6ogbsOjbyBwb2RlIHVzYXIgZXN0YSBvYnJhIHBhcmEgZmlucyBjb21lcmNpYWlzLgpGaWNhbmRvIGNsYXJvIHF1ZTogUmVuw7puY2lhIOKAlCBRdWFscXVlciBkYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgYWNpbWEgcG9kZSBzZXIgcmVudW5jaWFkYSBzZSB2b2PDqiBvYnRpdmVyIHBlcm1pc3PDo28gZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMuIERvbcOtbmlvIFDDumJsaWNvIOKAlCBPbmRlIGEgb2JyYSBvdSBxdWFscXVlciBkZSBzZXVzIGVsZW1lbnRvcyBlc3RpdmVyIGVtIGRvbcOtbmlvIHDDumJsaWNvIHNvYiBvIGRpcmVpdG8gYXBsaWPDoXZlbCwgZXN0YSBjb25kacOnw6NvIG7Do28gw6ksIGRlIG1hbmVpcmEgYWxndW1hLCBhZmV0YWRhIHBlbGEgbGljZW7Dp2EuIE91dHJvcyBEaXJlaXRvcyDigJQgT3Mgc2VndWludGVzIGRpcmVpdG9zIG7Do28gc8OjbywgZGUgbWFuZWlyYSBhbGd1bWEsIGFmZXRhZG9zIHBlbGEgbGljZW7Dp2E6IExpbWl0YcOnw7VlcyBlIGV4Y2XDp8O1ZXMgYW9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91IHF1YWlzcXVlciB1c29zIGxpdnJlcyBhcGxpY8OhdmVpczsgT3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGRvIGF1dG9yOyBEaXJlaXRvcyBxdWUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgcG9kZW0gdGVyIHNvYnJlIGEgb2JyYSBvdSBzb2JyZSBhIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBvYnJhLCB0YWlzIGNvbW8gZGlyZWl0b3MgZGUgaW1hZ2VtIG91IHByaXZhY2lkYWRlLiBBdmlzbyDigJQgUGFyYSBxdWFscXVlciByZXV0aWxpemHDp8OjbyBvdSBkaXN0cmlidWnDp8Ojbywgdm9jw6ogZGV2ZSBkZWl4YXIgY2xhcm8gYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgdGVybW9zIGRhIGxpY2Vuw6dhIGEgcXVlIHNlIGVuY29udHJhIHN1Ym1ldGlkYSBlc3RhIG9icmEuIEEgbWVsaG9yIG1hbmVpcmEgZGUgZmF6ZXIgaXNzbyDDqSBjb20gdW0gbGluayBwYXJhIGVzdGEgcMOhZ2luYS4KTGljZW7Dp2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyAtIGh0dHA6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2xpY2Vuc2VzL2J5LW5jLzMuMC9ici8KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-04-11T16:51:39Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil |
title |
A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil |
spellingShingle |
A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil Gelbcke, Daniele Lima proximidade; orgânicos comercialização circuitos curtos Florianópolis |
title_short |
A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil |
title_full |
A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil |
title_fullStr |
A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil |
title_full_unstemmed |
A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil |
title_sort |
A “proximidade” nos circuitos deabastecimento dealimentos orgânicos daGrande Florianópolis–SC –Brasil |
author |
Gelbcke, Daniele Lima |
author_facet |
Gelbcke, Daniele Lima Rover, Oscar José Brightwell, Maria das Graças Santos Luiz Silva, Clécio Azevedo da Viegas, Mauricio da Trindade |
author_role |
author |
author2 |
Rover, Oscar José Brightwell, Maria das Graças Santos Luiz Silva, Clécio Azevedo da Viegas, Mauricio da Trindade |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gelbcke, Daniele Lima Rover, Oscar José Brightwell, Maria das Graças Santos Luiz Silva, Clécio Azevedo da Viegas, Mauricio da Trindade |
dc.subject.por.fl_str_mv |
proximidade; orgânicos comercialização circuitos curtos Florianópolis |
topic |
proximidade; orgânicos comercialização circuitos curtos Florianópolis |
description |
A proximidade geográfica entre produção e consumo alimentar tem sido largamente enfatizada como positiva, mas há pouca evidência empírica em como se organizam os circuitos curtos de comercialização (principalmente quando envolvem o varejo) e até que ponto estão de fato enraizados em economias regionais.Este artigo busca examinar criticamente os parâmetros de proximidade geográfica e/ou relacional comumente abordados no debate sobre circuitos curtos, examinando a produção e comercialização de alimentos orgânicos da região da Grande Florianópolis, tendo como foco principal a dimensão regional desta circulação. Ao trazer evidências empíricas —através de entrevistas semiestruturadas com atores envolvidos na produção, processamento e comercialização de produtosorgânicos —e levantamento quantitativo de dados do varejo evidenciamos que os supermercados são o principal canal de distribuição destes produtos e que a produção regional, ainda que importante, não é suficiente para a demanda por produtos processados e aqueles fora de época. A proximidade geográfica oferece vantagens tanto para produtores como para consumidores, tais como o menor custo energético para fazer o produto chegar ao mercado, a garantia do frescor dos alimentos, assim como a possibilidade de produtores e entrepostos se relacionarem diretamente com os mercados. Verificamos também que é praticamente indispensável a figura do intermediário, seja ele um agricultor ou um entreposto. Esta figura, mais assídua nas operações de compra e venda, ajuda a estruturar o mercado, planejar a produção e viabilizar a comercialização para um número maior de produtores, viabilizando-os, mas estende o número de atores na cadeia, aumentando a distância entre produtores e consumidores. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-04-11T16:51:39Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-04-11T16:51:39Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
GELBCKE, D. L. ; ROVER, O. J. ; BRIGHTWELL, M. G. ; SILVA, C. A. ; VIEGAS, M. T. . A “proximidade” nos circuitos de abastecimento de alimentos orgânicos da Grande Florianópolis – SC – Brasil. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 26, p. 539, 2018. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/233847 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
2526-7752 |
identifier_str_mv |
GELBCKE, D. L. ; ROVER, O. J. ; BRIGHTWELL, M. G. ; SILVA, C. A. ; VIEGAS, M. T. . A “proximidade” nos circuitos de abastecimento de alimentos orgânicos da Grande Florianópolis – SC – Brasil. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 26, p. 539, 2018. 2526-7752 |
url |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/233847 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Estudos Sociedade e Agricultura |
publisher.none.fl_str_mv |
Estudos Sociedade e Agricultura |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFSC instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instacron:UFSC |
instname_str |
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
instacron_str |
UFSC |
institution |
UFSC |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFSC |
collection |
Repositório Institucional da UFSC |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/233847/2/license.txt https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/233847/1/estudoscpda%2c%2b26-3_03_A_proximidade_FINAL_PDF.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
11ee89cd31d893362820eab7c4d46734 7094c3417e07861624e8338996379966 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1766805167837020160 |