Barreiras e facilitadores ao acesso ao serviço de fisioterapia de indivíduos pós-AVE cadastrados nas unidades básicas de saúde de Araranguá-SC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Llamas, Bruna Magnus Spíndola de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216545
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2020.
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spelling Barreiras e facilitadores ao acesso ao serviço de fisioterapia de indivíduos pós-AVE cadastrados nas unidades básicas de saúde de Araranguá-SCReabilitaçãoAcidente vascular cerebralFisioterapiaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2020.O acidente vascular encefálico (AVE) hoje é considerado causa líder de incapacidades em adultos. É reconhecido na literatura científica que iniciar com a reabilitação precoce do paciente pode ser muito eficaz para a sua recuperação. Infelizmente muitas pessoas não têm condições financeiras para procurar tratamento na iniciativa privada, tendo então que recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS). A falta de programas preventivos, dificuldade e até mesmo falta de procura para reabilitação e barreiras encontradas no acesso a tratamentos e acompanhamento após o episódio, além de problemas financeiros encontrados pelo indivíduo na procura de um tratamento, são alguns problemas encontrados pela população. Além disso, os serviços de fisioterapia oferecidos pelo SUS ainda são insuficientes. Uma vez que existem muitos motivos que levam ao acesso à fisioterapia, o objetivo deste estudo é investigar as características ao acesso à fisioterapia pelo indivíduos pós-AVE na cidade de Araranguá/SC. A amostra foi composta por indivíduos adultos com diagnóstico de AVE ocorrido nos últimos 10 anos, que estavam cadastrados nas UBS da cidade de Araranguá e que apresentaram score 1 na Escala de Ranking e 18/19 ou 24/25 pontos na Mini Mental e não apresentassem nenhum comprometimento ortopédico ou outra doença neurológica. Após os indivíduos responderam a um questionário para verificar quais as principais barreiras e facilitadores encontrados no acesso à fisioterapia, onde contem questões sobre condições de saúde, nível socioeconômico, apoio e relacionamento, condições demográficas e serviços e sistemas oferecidos. Os dados foram armazenados e analisados com o auxílio do pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Inicialmente, todas as variáveis foram analisadas descritivamente por meio de frequência simples e porcentagens (variáveis categóricas) e medidas de posição e dispersão (variáveis numéricas). Para a comparação entre os valores da ERM no período da alta hospitalar e no período da entrevista, foi utilizado o teste de wilcoxon. Foram utilizados os testes do Qui-quadrado para associação univariada entre os entre fatores socioeconômicos e clínicos e a realização de fisioterapia nos primeiros três meses pós-AVE. Adotou-se um nível de significância de 5%. Na triagem dos 15 postos de saúde foram encontrados 582 indivíduos, sendo que após contato por telefone e busca pelo endereço, 66 preencheram os critérios de inclusão e participaram da pesquisa, houve prevalência do sexo feminino (56,1%) o hemicorpo esquerdo foi o mais acometido (60,6%) e o tipo de AVE prevalente foi o isquêmico (80,3%). Todos os participantes possuíam renda própria sendo 86,4% deles aposentados. A renda familiar da maioria variou entre 3 e 4 salários mínimos. Após a alta hospitalar, 25,8% dos participantes estavam acamados e do total de indivíduos, 54,5% realizaram fisioterapia nos primeiros três meses após a alta hospitalar. Segundo os participantes, 52,8% justificam ter tido indicação médica como o principal facilitador a iniciar a fisioterapia nos primeiros três meses. Na busca pelo tratamento, 56,1% dos indivíduos informou não saber onde encontrar o tratamento fisioterapêutico na cidade, e 54,5% não sabia que este tratamento é oferecido pelo SUS. 57,6% dos participantes entraram em contato com a UBS para buscar o tratamento, a média de tempo de espera até consegui-lo foi de 2,27 meses. A renda, o nível de incapacidade inicial, a orientação sobre fisioterapia e a presença de um acompanhante foram fatores estatisticamente associados à realização da fisioterapia aos três meses. Dos indivíduos que realizaram a fisioterapia 59,1% disseram ter sido muito importante na sua reabilitação. Foi evidenciado pelo estudo que ainda existe muita dificuldade pelos indivíduos pós-AVE para encontrar o tratamento adequado, neste estudo observamos como principais barreiras, a baixa renda, a falta de um acompanhante e também a falta de indicação médica.Abstract: Stroke (CVA) is now considered the leading cause of disability in adults. Is is well known that starting with the patient's early rehabilitation can be very effective for their recovery. Unfortunately, many people cannot afford to seek treatment in the private sector, so they have to resort to the Unified Health System (SUS). The lack of preventive programs, difficulty and even lack of search for rehabilitation and barriers encountered in access to treatment and follow-up after the episode, as well as financial problems encountered by the individual seeking treatment, are some problems encountered by the population. However, the physiotherapy services offered by SUS are still insufficient.Since there are many reasons that lead to access to physiotherapy, the aim of this study is to investigate the characteristics of access to physiotherapy by individuals after stroke in the city of Araranguá / SC. The sample consisted of adult individuals diagnosed with stroke in the last 10 years, who were registered in the UBS of the city of Araranguá and who scored 1 in the Ranking Scale and 18/19 or 24/25 points in the Mini Mental and did not present. no orthopedic impairment or other neurological disease. After the individuals answered a questionnaire to verify which are the main barriers and facilitators found in access to physical therapy, which contains questions about health conditions, socioeconomic level, support and relationship, demographic conditions and services and systems offered. Data were stored and analyzed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS), version 20.0. Initially, all variables were descriptively analyzed using simple frequency and percentages (categorical variables) and measures of position and dispersion (numerical variables).o compare the MRE values during hospital discharge and interview, the wilcoxon test was used. Chi-square tests were used for univariate association between socioeconomic and clinical factors and physical therapy in the first three months after stroke. A significance level of 5% was adopted. In the screening of the 15 health posts, 582 individuals were found, and after contact by telephone and search by address, 66 met the inclusion criteria and participated in the survey. (60.6) and the prevalent type of stroke was ischemic stroke (80.3). All participants had their own income, with 86.4% retired.Most family income ranged from 3 to 4 minimum wages. After hospital discharge 25.8% of the participants were bedridden and 54.5% of the individuals underwent physical therapy in the first three months after hospital discharge. According to the participants, 52.8% justify having a medical indication as the main facilitator to start physical therapy in the first three months. In the search for treatment 56.1% of individuals reported not knowing where to find physical therapy treatment in the city, and 54.5% did not know that this treatment is offered by SUS. 57.6% of participants contacted the UBS to seek treatment, the average waiting time to get it was 2.27 months. Of the individuals who underwent physical therapy, 59.1% said they were very important in their rehabilitation. Income, initial level of disability, presence of a caregiver, and medical physiotherapy counseling were statistically associated with physical therapy at three months. It was evidenced by the study that there is still much difficulty for individuals after stroke to find the appropriate treatment, in this study we observed as main barriers, the low income, the lack of a companion and also the lack of medical indication.Ovando, Angélica CristianeBezerra, Poliana PenassoUniversidade Federal de Santa CatarinaLlamas, Bruna Magnus Spíndola de2020-10-21T21:31:09Z2020-10-21T21:31:09Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis86 p.| il., gráfs.application/pdf370040https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216545porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:31:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/216545Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:31:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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