Diagnóstico inconclusivo para o abuso sexual: os pontos cegos para a comprovação de violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90174 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Economico. Prograrma de Pós-Graduação em Serviço Social |
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Universidade Federal de Santa CatarinaBorba, Fernanda ElySchmickler, Catarina Maria2012-10-23T06:52:14Z2012-10-23T06:52:14Z20072007247162http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90174Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Economico. Prograrma de Pós-Graduação em Serviço SocialO objeto de pesquisa circunscreve-se ao âmbito do atendimento prestado pela equipe técnica nos casos de abuso sexual no município de Florianópolis/SC. O objetivo foi investigar os "pontos cegos" que afetaram a referida equipe no processo de diagnóstico de vitimização sexual. Esta pesquisa foi exploratória, de natureza qualitativa, tendo como instrumentos de coleta de dados a análise documental e a entrevista aberta. Inicialmente, realizamos um levantamento bibliográfico para o conhecimento do "estado da arte" do tema. Em seguida, procedemos à primeira etapa da coleta de dados, cujo instrumento de análise consistiu nos prontuários de atendimentos da Equipe de Diagnóstico do Programa Sentinela de Florianópolis. Como primeiro critério de seleção do universo a ser pesquisado, elecamos: situações de abuso sexual perpetradas por pais biológicos ou padrastos contra crianças e/ou adolescentes do sexo feminino, com atendimento realizado pela Equipe de Diagnóstico nos anos de 2004 a 2006, totalizando um universo de 32 (trinta e duas) situações. Após, prosseguimos a segunda etapa da pesquisa, que contemplou a seleção de uma amostra intencional composta de 05 (cinco) situações com parecer inconclusivo para o diagnóstico do abuso, marcadas pelos pontos-cegos que "saltaram aos olhos" na análise dos prontuários. Com a delimitação da amostra, realizamos entrevistas com as Assistentes Sociais e Psicólogas responsáveis pelos casos selecionados. Ainda, entrevistamos duas Assistentes Sociais e uma Psicóloga com larga experiência na área, para discorrer mais amplamente sobre a temática em estudo. Para a análise das informações coletadas, utilizamos a concepção de "Ecologia do Desenvolvimento Humano" (BRONFENBRENNER, 1996), com ênfase para as estruturas do Desenvolvimento Humano (microssistema, mesossistema, exossitema e macrossistema). No microssistema, sobressaíram-se como principais pontos-cegos para o diagnóstico do abuso: a tenra idade da vítima; as deficiências mentais da vítima; a ausência de vestígios de lesão no exame de corpo de delito; os múltiplos abusos sexuais perpetrados pelo pai ou padrasto; a passividade ou conivência materna ante aos abusos. No exossistema, destacaram-se: as deficiências de infra-estrutura para o diagnóstico, sobretudo relativas aos recursos humanos; a fragilidade dos procedimentos metodológicos para a confirmação do abuso, com ênfase para o registro. Evidenciou-se como entrave central ao diagnóstico do abuso a realização da primeira abordagem para averiguação das denúncias de violência por parte dos Conselheiros Tutelares do município, pois, em geral, estes não dispõem de especialização na área. Quanto à rede de atendimento, os principais óbices ao diagnóstico foram: a morosidade para disponibilizar os documentos necessários para confirmar o abuso; o impacto negativo decorrente da interferência de técnicos da rede nas intervenções da Equipe de Diagnóstico do Programa Sentinela. No macrossistema, sobressaiu como ponto-cego para o diagnóstico do abuso as alterações político-institucionais, repercutindo na descontinuidade das ações. Concluímos que o desvendamento dos "pontos cegos" para o diagnóstico da vitimização sexual pode ensejar intervenções que diminuam a revitimização e a reiteração de denúncias, além de preservar direitos de crianças e adolescentes.porFlorianópolis, SCServiço socialCrianças sexualmente molestadasFlorianopolis (SC)Violencia familiarFlorianopolis (SC)Crime contra a criancaFlorianopolis (SC)Diagnóstico inconclusivo para o abuso sexual: os pontos cegos para a comprovação de violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL247162.pdfapplication/pdf586224https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/90174/1/247162.pdff73426a02e1812216a70690078ce2cdcMD51TEXT247162.pdf.txt247162.pdf.txtExtracted Texttext/plain422023https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/90174/2/247162.pdf.txt7d6a6a6182cc24ce9fa0895c44579a65MD52THUMBNAIL247162.pdf.jpg247162.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg707https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/90174/3/247162.pdf.jpg673eb773a1c9a281ec2c260b6a341261MD53123456789/901742013-05-03 03:25:36.705oai:repositorio.ufsc.br:123456789/90174Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T06:25:36Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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