Turismo, formação, indústria cultural: a experiência da excursão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Werle, Verônica
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/180696
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2017.
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spelling Turismo, formação, indústria cultural: a experiência da excursãoEducaçãoTurismoLazerIndústria culturalTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2017.No presente trabalho procuramos investigar a experiência do turista que viaja em excursão, tomando como objeto os aspectos formativos da sua relação com o tempo de lazer, com os objetos turísticos e com seus pares, o que não se deu sem a análise de parte da estrutura e dos mecanismos da excursão como produto mercadorizado, inserido, portanto, na lógica da indústria cultural. Considerando conceitos-chave da Teoria Crítica da Sociedade (indústria cultural, experiência, vivência, Bildung), entre outros, analisamos o movimento contraditório do turismo como mercadoria e como possibilidade de constituição de experiências por quem embarca nessa prática como opção de lazer. Para tanto acompanhamos 4 excursões realizadas na Região Sul do Brasil e entrevistamos 15 turistas, em sua maioria idosos. Entre os principais resultados destacamos que: a) a diversão orientada proporcionada pela excursão ocorre por meio de um conjunto de regras e normas implícitas e explícitas que compõem o que chamamos de cartilha turística, termo que expressa o caráter de lazer total do turismo; b) assim como toda a dinâmica turística, os estímulos oferecidos à visão, audição, ao paladar e tato constituem-se em entretenimento e, como tal, mercadorias de consumo destinadas a produzir sensações, ao que decorre o fortalecimento do processo de alienação sensorial; c) a visão possui papel central na excursão, sendo determinada como forma privilegiada (senão única) de apreensão da realidade e, ao mesmo tempo, determina os ritmos e os ?conhecimentos? feitos na viagem; d) o turista assume uma disposição para novidade tornada habitual no interior da viagem, assim como dá preferência a uma relação de proximidade com os objetos turísticos ou não, o que se expressa, entre outros aspectos, no impulso de deles apropriar-se por meio de suas imagens e dados informativos; e) a excursão como um todo e as atividades que a compõem se sucedem para o turista como vivência de choque, implicando diretamente no enfraquecimento das forças mnemônicas (e por isso o caráter imprescindível do uso do recurso fotográfico) e miméticas (e por isso a valorização da apreensão direta do objeto pela informação); f) para os idosos, que já não trabalham formalmente, a viagem, assim como outras formas de lazer, parece ajudar a retomar um ritmo de vida que se assemelha ao das atividades laborais, além de constituir-se em espaços de ocupação para o entretenimento e formação de biossociabilidades.Abstract : In this work we research the tourist s experience in excursion, taking as objects the formative aspects of their relation with leisure time, tourist objects and their pairs. This was possible with the analysis of structures and mechanism of excursion as a commercial product of the cultural industry. Considering key concepts of the Critical Social Theory (cultural industry, experience, shock experience, Bildung), among others, we analyze the contradictory movement of tourism as a commodity and as a possibility for building experiences by those who embark on this practice as a leisure option. Therefore we got along four excursions in the south of Brazil and interview 15 tourists, most of than elders. Among the principal results we can highlight: a) the oriented entertainment provided by the excursion occur through many implicit and explicit rules that compose what we call touristic manual , term that express the total leisure tourism character; b) as the touristic dynamics, the stimulus offered to vision, hearing, taste and touch consist in entertainment, as such consume products to create sensation, reinforcing the sensorial alienation process; c) the vision has central role in the excursion, it is determined as a privileged way, if not only, of comprehension of reality and, at the same time, set the rhythm of knowledge made at travel. d) the tourists have a propensity to novelty became habitual throughout the travel, as they rather a close relationship whit touristic objects, that is expressed, among other aspects, at the impulse to appropriate then by the images and informative data; e) the excursion and following activities happens to tourist as shock experience, what cause weakness of mnemonic (that is why the essential character of photographic resources) and mimetic strength (for this reason enrich the direct comprehension of object by the information); f) for retired elders, traveling and other kinds of leisure activities seems to help them to recover the pace of labor life, besides to constitute entertainment and biosociability spaces.Vaz, Alexandre FernandezUniversidade Federal de Santa CatarinaWerle, Verônica2017-11-07T03:23:19Z2017-11-07T03:23:19Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis302 p.| il.application/pdf351246https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/180696porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-11-07T03:23:19Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/180696Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-11-07T03:23:19Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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