Ambiente físico e desenvolvimento psicológico: investigação do comportamento da criança no espaço de parque das instituições de educação infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raymundo, Luana dos Santos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94150
Resumo: Objetivando identificar as características existentes nas configurações dos parques de instituições de educação infantil, relacionando os aspectos físicos observados com os padrões de atividades desenvolvidas pelos seus usuários, este estudo recorreu à aplicação da técnica do mapeamento comportamental (centrado no lugar e na pessoa). Através de mapas representa-se graficamente as localizações e comportamentos das crianças no espaço, relacionando espaço físico, delimitado e subdividido, e a atividade dos usuários, classificada em categorias. A pesquisa foi conduzida em 2 unidades educativas do município de Florianópolis/SC caracterizadas aqui como Contexto 1 e Contexto 2. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória na qual os participantes, crianças entre 3 e 5 anos, foram observados no período de atividade livre nos espaços abertos das escolas. O planejamento da pesquisa envolveu, além da busca teórica, critérios éticos e metodológicos e buscou que os resultados oferecessem parâmetros para organizar e reorganizar o ambiente das escolas participantes na medida em que oferecem diretrizes para que estas aperfeiçoem o uso dos espaços abertos existentes. Os resultados obtidos com a técnica do mapeamento comportamental foram complementados com dados de entrevistas realizadas com os profissionais das escolas e discutidos com base nas características do desenvolvimento das crianças e do contexto pesquisado. A análise dos dados foi realizada por meio de tratamento estatístico com o teste do Qui-quadrado com comparações dos percentuais de ocupação e interação em cada setor do espaço de cada escola individualmente. Esta análise evidenciou a preferência, em ambos os contextos, de determinados setores dos parques (Equipamentos) por seus usuários. Setores constituídos por equipamentos de múltiplas funções (Bombeiros e Casa do Tarzan) possibilitaram, além das atividades motoras propostas pelos fabricantes, atividades associativas (Díades) e uma maior diversidade de brincadeiras (Faz-de-conta). As características físicas dos espaços (Dimensão, Vegetação, Desenho) deram previsibilidade para algumas atividades, como, por exemplo, a atividades de jogos com bola só observadas no Contexto 2. As meninas, em ambos os estudos, foram as responsáveis pela maior ocupação dos equipamentos de Balanços e Caixa de areia, enquanto os meninos utilizaram mais os equipamentos múltiplos e que oferecem maior mobilidade (Bombeiros, Casa do Tarzan e Campinho de futebol). Concluímos que para entendermos como o ser humano pode modificar o espaço para que suas necessidades sejam atendidas é necessário que analisemos o ambiente físico, pois ainda que não saibamos muito do quanto o desenho dado ao espaço importa ao comportamento é inegável sua importância para as interações sociais que ali ocorrem. Assim, a observação sistemática dos espaços abertos nos dá indícios sobre a forma apropriada de utilizá-los.
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