Cenário epidemiológico de morbidade no ambiente de trabalho no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Graup, Susane
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100370
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Florianópolis, 2012
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spelling Cenário epidemiológico de morbidade no ambiente de trabalho no BrasilEngenharia de produçãoErgonomiaBrasilSaude e trabalhoDoenças profissionaisAcidentes do trabalhoBrasilTranstornos Traumáticos CumulativosTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Florianópolis, 2012As doenças do trabalho tem se tornado um problema de saúde pública, devido ao seu impacto socioeconômico, gerado a partir de prevalências que tem tomado proporções epidêmicas em todo o mundo. Diante dessas informações, o objetivo deste estudo foi estabelecer o cenário de ocorrência epidemiológica de morbidades no ambiente de trabalho no Brasil no período de 2004 a 2008. A população do estudo compreendeu o número de trabalhadores contribuintes pessoa física com a previdência social nos anos de 2004 à 2008, sendo que a amostra foi composta pelo número de contribuintes empregados no mesmo período. Os dados foram coletados na Base de Dados Históricos do Anuário Estatístico da Previdência Social, nos Anuários Estatísticos da Previdência Social e nos Anuários Estatísticos de Acidentes de Trabalho. As variáveis coletadas dos documentos analisados foram: a quantidade de acidentes de trabalho; a quantidade de doenças do trabalho, considerando o sexo e a faixa etária; a quantidade de doenças do trabalhado de origem musculoesquelética de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10); a parte do corpo atingida pelas doenças do trabalho; as consequências geradas pelos acidentes de trabalho aos trabalhadores; a quantidade de doenças do trabalho de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações e de acordo com Setor de atividade econômica, as características socioeconômicas dos Estados brasileiros e os gasto do governo com auxílios acidentários. Na análise dos dados utilizou-se procedimentos de estatística descritiva e inferencial como o Teste de Friedman para medidas repetidas, o post-hoc de Tukey, o Teste de Kruskal-Wallis, o Teste U de Mann-Whitney e o teste de correlação de Spearman. O valor de significância adotado nas análises foi de 0,05. Foram elaborados mapas cartográficos na escala 1:250.000. Verificou-se que os acidentes de trabalho no Brasil aumentaram significativamente, enquanto as doenças do trabalho diminuíram no período de 2004 à 2008. O Estado de Santa Catarina apresentou a maior prevalência de acidentes de trabalho em praticamente todos os anos analisados. Os Estados do Amazonas e da Bahia apresentaram as maiores prevalências de doenças do trabalho. A faixa etária dos 40 aos 59 anos foi a mais acometida por doenças do trabalho, sendo que não foram encontradas diferenças significativas entre os sexos. As doenças do trabalho de origem musculoesquelética mais prevalentes de acordo com a CID-10 foram a M65 (sinovite e tenossinovite) e a M75 (lesões no ombro), sendo que as partes corporais mais acometidas foram o ombro, o dorso e o punho. Os trabalhadores de Rondônia apresentaram o maior risco relativo de desenvolverem incapacidades permanentes oriundas de acidentes de trabalho em praticamente todos os anos analisados. As maiores prevalência de doenças do trabalho foram nos setores de serviço de atividade financeira e na indústria metalúrgica, nas quais a profissão de "escriturário" foi a que apresentou o maior número de doentes em todo o período de análise. Os dados apontaram relação significativa entre a prevalência de doenças do trabalho e as características socioeconômicas dos Estados. Os gastos anuais do governo com auxílios acidentários aumentaram significativamente, sendo superiores os valores destinados a auxílios-doença. Esses resultados servem de alerta para as autoridades, pois evidenciam que não somente as regiões mais industrializadas do país apresentam taxas elevadas de doenças do trabalho, o que maximiza a necessidade de uma política de prevenção de acidentes de trabalho mais efetiva e evidencia a necessidade de investimentos na área da ergonomia, para minimizar os riscos à saúde do trabalhador.<br>Abstract : Occupational diseases have become a public health problem due to of its socioeconomic impact, determined from high prevalence causing epidemic proportions worldwide. Thus, the aim of this study was to establish the epidemiological scenario of the morbidity occurrence in the workplace in Brazil from 2004 to 2008. The taxpayers workers with Social Security from 2004 to 2008 were part of population and, the taxpayers employed in the same period were part of the sample. Data were collected on Base Historical Statistical Yearbook of Social Security, Statistical Yearbook on Social Welfare and the Statistical Yearbook of Occupational Accidents. The variables analyzed were: the amount of accidents; the number of occupational diseases, considering gender and age; the amount of occupational diseases musculoskeletal according to the International Classification of Diseases (ICD-10); the body region affected by occupational diseases; consequences of occupational accidents to the workers; the amount of occupational diseases according to the Brazilian Classification of Occupations and economic activity sector, the socioeconomic characteristics of Brazilian States and, the government spending to aid-labor accident. It was used descriptive and inferential statistical analysis, included Friedman test for repeated measures, Tukey post-hoc, Kruskal-Wallis test, Mann-Whitney U test and Spearman correlation. The level of significance was set at 0.05. Cartographic maps were drawn at a scale of 1:250.000. Significant increase of occupational accidents in Brazil was found, whereas occupational diseases decreased from 2004 to 2008. Santa Catarina obtained the highest prevalence of occupational accidents in almost all years analyzed. Amazonas and Bahia showed highest prevalence of occupational diseases. The age from 40 to 59 years presented highest number of occupational diseases, but analyzing by gender no significant differences were found. The most number of musculoskeletal occupational diseases according to ICD-10 were M65 (synovitis and tenosynovitis) and M75 (shoulder injuries). Shoulder, back and wrist were the body parts most affected. Rondônia workers# presented the highest relative risk of developing permanent disabilities generated from occupational accidents in almost all years analyzed. The highest prevalence of occupational diseases was in financial activity service and metal industry sector, in which the "bookkeeper" occupation presented the largest number of sick patients throughout period. Significant relationship between the prevalence of occupational diseases and the socioeconomic characteristics of States was found. The government's annual spending on aid-labor accident increased significantly and it was higher than the aid-disease values. These results may be used as a warning to the authorities, because they evidence that not only the most industrialized Brazilian regions present high rates of occupational diseases. This fact indicates the necessity for policy of occupational accident prevention more effective, highlighting the importance of ergonomics investments to reduce the risks to the workers' health.Moro, Antônio Renato PereiraUniversidade Federal de Santa CatarinaGraup, Susane2013-06-25T18:32:29Z2013-06-25T18:32:29Z20122012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis219 p.| il., grafs., tabs.application/pdf313858http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100370porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-06-25T18:32:29Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/100370Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-06-25T18:32:29Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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