Prática clínica da equipe de enfermagem e médica nos casos suspeitos ou confirmados de sepse e choque séptico de uma emergência hospitalar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Câmara, Arilene Lohn
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216691
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2020.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaCâmara, Arilene LohnNascimento, Eliane Regina Pereira do2020-10-21T21:32:52Z2020-10-21T21:32:52Z2020369883https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216691Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2020.A pesquisa teve como objetivos: identificar características epidemiológicas dos casos de sepse e choque séptico em um setor de emergência adulto; analisar a conduta clínica da equipe de enfermagem e médica frente aos casos de sepse e choque séptico em um setor de emergência adulto com base no preconizado pelas diretrizes da Surviving Sepsis Campaign; analisar os registros de enfermagem e médico acerca do diagnóstico e tratamento da sepse e choque séptico segundo as diretrizes da Surviving Sepsis Campaign. Trata-se de um estudo quantitativo, exploratório, longitudinal, prospectivo. A coleta dos dados ocorreu no setor de emergência adulto de um hospital público do sul do Brasil, no período de junho a outubro de 2019, com a análise de 127 prontuários de pacientes que apresentaram diagnóstico suspeito ou confirmado de sepse ou choque séptico. Os dados foram coletados em um instrumento tipo check list. Para a análise utilizou-se frequências, média e desvio-padrão, teste qui-quadrado, teste de Kruskal-Wallis e Kappa. As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS v.25. Resultados: quanto às características epidemiológicas, houve prevalência do sexo feminino (55,1%), idade média de 62 anos. A maioria possuía comorbidades prévias (92,1%), com predomínio da hipertensão arterial (45,7%). O foco pulmonar foi o mais expressivo (48%). O tempo de internação na emergência foi em média quatro dias, o tempo total de internação na instituição foi em torno de seis dias. O diagnóstico clínico predominante foi à infecção com disfunção orgânica (73,3%). Quanto à prática clínica dos profissionais, a realização de todas as medidas contidas no Pacote de uma hora, recomendadas pela Surviving Sepsis Campaign, coleta de lactato, administração de antibióticos e coleta de hemoculturas, foi descrita em 10 (7,9%) prontuários. As ações ocorreram em maior proporção em pacientes com diagnóstico confirmado de sepse ou choque séptico. Os registros realizados pela equipe médica e de enfermagem, apresentavam-se completos, com relação aos dados relativos à identificação do paciente. Em contrapartida, na prescrição médica, havia ausência da data (21,3%), e hora (38,6%) em que foi gerada. Em 50 (39,4%) prontuários não havia registro de mensuração dos sinais vitais no atendimento inicial. Em 25 (21,4%) prontuários havia registro da administração do microbiano na primeira hora de atendimento. Em 78 (84,7%) prontuários os antibióticos foram administrados em horários de aprazamento padronizados pela instituição. Conclusão: a prática clínica da equipe de enfermagem e médica ocorreu de maneira distinta ao recomendado nas diretrizes da Surviving Sepsis Campaing. As medidas preconizadas, quando realizadas, foram iniciadas em maior proporção em tempo superior ao indicado. Por meio dos registros foram observadas fragilidades nas práticas clínicas realizadas, como a ausência de registros de evolução clínica dos pacientes, data e hora nas prescrições médicas, registros de sinais vitais incompletos ou não descritos, em especial em pacientes com queixas associadas, a administração do antibiótico prescrito em tempo superior ao recomendado pelas diretrizes internacionais da Surviving Sepsis Campaign, bem como a prevalência de aprazamento desses em horários padronizados. Tais práticas podem interferir na análise diagnóstica, na terapêutica instituída e no desfecho clínico.Abstract: The research aimed to: identify epidemiological characteristics of sepsis and septic shock cases in an adult emergency department; analyze the clinical conduct of the nursing and medical staff in the face of sepsis and septic shock in an adult emergency department based on the recommendations of the Surviving Sepsis Campaign guidelines; analyze nursing and medical records regarding the diagnosis and treatment of sepsis and septic shock according to the guidelines of the Surviving Sepsis Campaign. This is a quantitative, exploratory, longitudinal, prospective study. Data collection took place in the adult emergency department of a public hospital in southern Brazil, from June to October 2019, with the analysis of 127 medical records of patients who had a suspected or confirmed diagnosis of sepsis or septic shock. The data were collected in a check list type instrument. For the analysis, frequencies, mean and standard deviation, chi-square test, Kruskal-Wallis and Kappa test were used. Statistical analyzes were performed using SPSS v.25 software. Results: regarding epidemiological characteristics, there was a prevalence of females (55.1%), mean age of 62 years. Most had previous comorbidities (92.1%), with a predominance of arterial hypertension (45.7%). The pulmonary focus was the most expressive (48%). The average length of stay in the emergency room was four days, the total length of stay in the institution was around six days. The predominant clinical diagnosis was infection with organ dysfunction (73.3%). As for the professionals' clinical practice, the performance of all measures contained in the one- hour package, recommended by the Surviving Sepsis Campaign, lactate collection, administration of antibiotics and collection of blood cultures, was described in 10 (7.9%) medical records. The actions occurred in a greater proportion in patients with a confirmed diagnosis of sepsis or septic shock. The records made by the medical and nursing staff were complete, with respect to the data related to patient identification. On the other hand, in the medical prescription, there was no date (21.3%), and time (38.6%) when it was generated. In 50 (39.4%) medical records, there was no record of measurement of vital signs in the initial care. In 25 (21.4%) records there was a record of the microbial administration in the first hour of care. In 78 (84.7%) medical records, antibiotics were administered at schedule times standardized by the institution. Conclusion: the clinical practice of the nursing and medical team occurred in a different way to that recommended in the guidelines of Surviving Sepsis Campaing. The recommended measures, when performed, were initiated in greater proportion in a longer time than indicated. Through the records, weaknesses were observed in the clinical practices performed, such as the absence of records of clinical evolution of patients, date and time in medical prescriptions, records of vital signs incomplete or not described, especially in patients with associated complaints, the administration of antibiotic prescribed in a time greater than that recommended by the international guidelines of the Surviving Sepsis Campaign, as well as the prevalence of their schedule at standardized times. Such practices can interfere with diagnostic analysis, instituted therapy and clinical outcome.98 p.| il.porEnfermagemServiços médicos de emergênciaSepseChoque sépticoProtocolos médicosPrática clínica da equipe de enfermagem e médica nos casos suspeitos ou confirmados de sepse e choque séptico de uma emergência hospitalarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPNFR1151-D.pdfPNFR1151-D.pdfapplication/pdf241https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/216691/-1/PNFR1151-D.pdf057716096297b9aba796357a3bde88c2MD5-1123456789/2166912020-10-21 18:32:52.683oai:repositorio.ufsc.br:123456789/216691Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:32:52Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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