Tenho um aluno surdo: aprendi o que fazer!

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, Jéssica Lais Novais
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190435
Resumo: Com o novo paradigma educacional adotado a partir da Declaração de Salamanca (1994), que buscava a melhoria do acesso à Educação para pessoas com deficiência, foi instituído a Escola Inclusiva. Segundo esse modelo a escola devia se preparar adequadamente para receber alunos com qualquer especificidade, e não o aluno se “moldar” ao que a escola poderia oferecer. Com isso surgiu um novo modelo de educação, no qual pessoas com deficiência são inserias na rede regular de ensino. No entanto, o processo de inclusão de alunos Surdos tem tido dificuldades de ser oferecido com qualidade. Os professores não se sentem preparados e os espaços, geralmente, não são bilíngues, ou seja, só privilegiam uma língua – a Língua Portuguesa. Inquieta com as fragilidades do atual modelo de inclusão, a pesquisadora, a qual tem experiência como professora e intérprete de Libras, resolveu se aprofundar nas questões de inclusão de alunos Surdos na Educação Básica, a fim de contribuir para as ações educativas. O objetivo da pesquisa foi identificar quais seriam as ações que favoreceriam a efetiva inclusão de Surdos em âmbito escolar. Para a melhor compreensão da educação inclusiva atual, buscamos identificar docentes envolvidos em escola inclusiva na perspectiva da surdez. Participaram dessa pesquisa professores que atuam em turma inclusiva, alunos ouvintes, alunos Surdos, intérpretes educacionais (IE) e professor especialista na área da surdez (que atua no Atendimento Educacional Especializado – AEE). Além de conhecer mais essa realidade, o presente trabalho também buscou conhecer a Educação Bilíngue, por isso, também foi entrevistado um professor da Escola Bilíngue Libras e Português escrito de Taguatinga-DF. Para análise dos dados utilizamos abordagem qualitativa. Os resultados indicaram que mesmo com a inclusão de Surdos na Educação Básica, a escola, de modo geral, continua sendo pensada para ouvintes. Os professores não tiveram formação para atender esse público e, na prática, se encontram sem saber como atingir o aluno Surdo. A maioria dos grupos entrevistados afirma que a Escola Inclusiva pode até ser eficiente quanto à socialização entre seus pares, mas não contempla o contexto educacional. A proposição deste trabalho visa contribuir para a efetiva inclusão de alunos Surdos, por isso, foi elaborado um guia com orientações sobre ações para serem implementadas na prática da escola inclusiva. Pretendemos com esse estudo contribuir para uma educação inclusiva de mais qualidade para os alunos Surdos.
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Os professores não se sentem preparados e os espaços, geralmente, não são bilíngues, ou seja, só privilegiam uma língua – a Língua Portuguesa. Inquieta com as fragilidades do atual modelo de inclusão, a pesquisadora, a qual tem experiência como professora e intérprete de Libras, resolveu se aprofundar nas questões de inclusão de alunos Surdos na Educação Básica, a fim de contribuir para as ações educativas. O objetivo da pesquisa foi identificar quais seriam as ações que favoreceriam a efetiva inclusão de Surdos em âmbito escolar. Para a melhor compreensão da educação inclusiva atual, buscamos identificar docentes envolvidos em escola inclusiva na perspectiva da surdez. Participaram dessa pesquisa professores que atuam em turma inclusiva, alunos ouvintes, alunos Surdos, intérpretes educacionais (IE) e professor especialista na área da surdez (que atua no Atendimento Educacional Especializado – AEE). 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