Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pêgo, Carolina Ferreira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227070
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2021.
id UFSC_4517538f9948c96874635e709f95c3c1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/227070
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Universidade Federal de Santa CatarinaPêgo, Carolina FerreiraQuadros, Ronice Müller de2021-08-23T14:07:09Z2021-08-23T14:07:09Z2021372768https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227070Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2021.As articulações-­boca da Libras consistem em dos mais sutis, porém essenciais componentes gramaticais da produção sinalizada dos seus usuários. O principal objetivo deste estudo é descrever o papel das articulações-­boca na gramática da Libras, discutindo seu conceito e analisando suas categorias que, por sua vez, foram separadas em três grandes grupos, de acordo com a forma, com o tempo de coocorrência do sinal manual e com a função. Para discutir o conceito de articulações-­boca nas línguas de sinais, colocamos em evidência os estudos de Mohr (2012), de Mohr (2014) e de Bank et al. (2011). Pontuamos algumas diferenças entre os gestos-­boca, (reconhecidos como parte do sistema linguístico das línguas de sinais) e as articulações-­boca que, para alguns autores como Sutton­Spence; Day (2011), são parte do léxico das línguas de sinais, enquanto para outros essas diferenças são um fenômeno de contato entre as línguas. Nesta tese, as colocamos em uma gradiente, das mais lexicalizadas, às mais aproximadas às formas da língua oral circundante, sem, no entanto, deixar de ser parte da Libras. O corpus do nosso estudo é baseado na coleta de dados de oito surdos, dentro do corpus Surdos de Referência, sendo, este, parte do corpus Inventário Nacional de Libras (INDLibras). A transcrição dos dados dos surdos de nosso estudo, por meio do ELAN e do programa Excel, permitiu levantar dados sobre a frequência e sobre a distribuição das articulações-­boca. Além disso, a análise qualitativa desses dados nos forneceu subsídios para a criação de categorias de articulações-­boca da Libras, com base na relação entre a articulações-­boca e o sinal manual. A frequência das articulações-­boca foram analisadas com base na associação ­ ou não ­ entre os vinte sinais mais frequentes do corpus Surdo de Referência. O levantamento dos dados concluiu que 65,03% de associação, ou seja, mais da metade da sinalização dos sinais da lista são associados à articulação­-boca. Observou-se, com este estudo, que as articulações­boca da Libras associam­-se, frequentemente, a adjetivos e a advérbios, seguidas de substantivos e, em menor escala, de verbos. As categorias das articulações-­boca da Libras dividiram-se em três, de acordo com a função (referencial, especificadora, classificadora, performática e flexionada), com o tempo de coocorência com o sinal manual (síncrona, independente, reduzida, estendida e sobreposta) e com a semântica (prototípica, convergente e divergente). A realização da documentação e a análise das articulações­boca da Libras certamente são um ponto de partida para o caminho da elucidação do papel gramatical das articulações-­boca nesta língua.Abstract: Libras mouthings consist of the most subtle, yet essential grammatical components of its users signaled production. The main objective of this study is to describe the role of mouth­joints in Libras grammar, discussing its concept and analyzing its categories, which, in turn, were separated into three large groups, according to the form, with the co­occurrence time of the manual signal and function. To discuss the concept of mouthings in sign languages, we highlight the studies by Mohr (2012), Mohr (2014) and Bank et al (2011). We pointed out some differences between mouth gestures, (recognized as part of the linguistic system of sign languages) and mouthings, which, for some authors like Sutton­Spence; Day (2011), are part of the lexicon of sign languages, while for others, these differences are a phenomenon of contact between languages. In this thesis, we place them in a gradient, from the most lexicalized, to those closest to the forms of the surrounding oral language, without, however, ceasing to be part of Libras. The corpus of our study is based on the data collection of eight deaf people, within the Deaf Reference corpus, which is part of the INDLibras (National Libras Inventory) corpus. The transcription of data from the deaf in our study, using ELAN and the Excel program, allowed us to collect data on the frequency and distribution of the mouth­joints. In addition, the qualitative analysis of these data provided us with subsidies for the creation of Libras­ mouthings categories, based on the relationship between the jointmouth and the hand signal. The frequency of the mouth­joints was analyzed based on the association ­ or not ­ between the twenty most frequent signs of the Deaf Reference corpus, and the data survey concluded 65.03% of association, that is, more than half of the signs of the List signs are associated with the mouthings. It will be noted, with this study, that Libras mouth­joints are often associated with adjectives and adverbs, followed by nouns and, to a lesser extent, verbs. Libras' mouth­to­mouth categories were divided into three, according to function (referential, specifying, classifying, performing and inflected), with the time of cooccurrence with the manual signal (synchronous, independent, reduced, extended and overlapping) and semantics (prototypical, convergent and divergent). The documentation and analysis of Libras's mouthings is certainly a starting point for the elucidation of the grammatical role of mouth­joints in this language.158 p.| il., gráfs.porLinguísticaLíngua brasileira de sinaisArticulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPLLG0839-T.pdfPLLG0839-T.pdfapplication/pdf4266682https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/227070/-1/PLLG0839-T.pdffb35835e20f11a831aa20a6eac9f5d78MD5-1123456789/2270702021-08-23 11:07:09.183oai:repositorio.ufsc.br:123456789/227070Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-08-23T14:07:09Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional
title Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional
spellingShingle Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional
Pêgo, Carolina Ferreira
Linguística
Língua brasileira de sinais
title_short Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional
title_full Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional
title_fullStr Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional
title_full_unstemmed Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional
title_sort Articulação-­boca na libras: um estudo tipológico semântico-­funcional
author Pêgo, Carolina Ferreira
author_facet Pêgo, Carolina Ferreira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Pêgo, Carolina Ferreira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Quadros, Ronice Müller de
contributor_str_mv Quadros, Ronice Müller de
dc.subject.classification.none.fl_str_mv Linguística
Língua brasileira de sinais
topic Linguística
Língua brasileira de sinais
description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2021.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-08-23T14:07:09Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-08-23T14:07:09Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227070
dc.identifier.other.none.fl_str_mv 372768
identifier_str_mv 372768
url https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227070
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 158 p.| il., gráfs.
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/227070/-1/PLLG0839-T.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv fb35835e20f11a831aa20a6eac9f5d78
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1766805468716466176