Avaliação dos rótulos de alimentos industrializados comercializados no Brasil em 2013: notificação de ácidos graxos trans industriais e seus substitutos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Amanda Alves de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Hilleshein, Daniele
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/218161
Resumo: TCC(graduação)- Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Nutrição.
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spelling Avaliação dos rótulos de alimentos industrializados comercializados no Brasil em 2013: notificação de ácidos graxos trans industriais e seus substitutosRotulagem de alimentosAlimentos ultraprocessadosGordura transGordura interesterificadaFood labellingUltra-processed foodsTrans-fatty acidsInteresterified fatTFA-iTCC(graduação)- Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Nutrição.Os alimentos industrializados, principalmente os mais processados, podem conter ácidos graxos trans industriais (AGTI) na sua composição e seu consumo é fator de risco para desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Desta forma, políticas públicas foram criadas com o intuito de minimizar e potencialmente eliminar a utilização de AGTI nos alimentos industrializados. Com a eliminação de AGTI, outras substâncias vêm sendo mundialmente adotadas como possíveis substitutos. Esse estudo visou investigar a notificação de óleos e gorduras fontes de AGTI e os seus possíveis substitutos nos alimentos industrializados comercializados no Brasil no ano de 2013. Foram analisadas as informações da lista de ingredientes, da informação nutricional e da informação nutricional complementar (INC) de 3176 rótulos de alimentos, constantes de um banco de dados originado de um censo de rótulos de alimentos coletado em 2013 em supermercado de grande porte do sul do Brasil. Como resultado deste estudo observacional, descritivo, analítico e transversal, observou-se que 36,4% dos alimentos analisados notificaram AGTI na lista de ingredientes, sendo que 81% deles utilizaram nomenclaturas alternativas para sua designação, que não dão certeza ao consumidor se o alimento é fonte de AGTI. Pela falta de padronização de um termo para identificar ingredientes que contenham AGTI, foram encontradas 58 nomenclaturas para designação desse tipo de gordura, sendo 15 específicas e 43 alternativas. Também houve discrepância entre a notificação de conteúdo de AGTI na lista de ingredientes em comparação com a informação nutricional (26,6%) e INC (5,5%). Foram encontradas 22 nomenclaturas distintas para designar possíveis substitutos de AGTI, que se repetiram 380 vezes nos rótulos de alimentos. As nomenclaturas que se destacaram como de maior uso foram aquelas referentes a produtos extraídos da palma, sendo elas “Óleo de palma” e “Gordura de palma”. A “Gordura vegetal interesterificada” também apareceu como uma das nomenclaturas mais prevalentes. Os grupos de Produtos de panificação, cereais, leguminosas, raízes, tubérculos e seus derivados (Grupo 1) e de Açúcares e produtos que fornecem energia provenientes de carboidratos e gorduras (Grupo 7) apresentaram os maiores percentuais para possíveis substitutos de AGTI, sendo 15,3% (n=122) e 12,4% (n=143), respectivamente. Conforme já elucidado por outros estudos, a presente análise aponta que não se pode considerar apenas a rotulagem nutricional para identificar a presença ou a ausência de AGTI nos alimentos industrializados. Ainda, a lista de ingredientes pode não ser uma informação acessível aos consumidores devido à falta de padronização de termos para designar AGTI. As análises deste estudo apontam que já era possível encontrar em 2013 alternativas ao uso de AGTI. Deste modo, sugere-se que sejam feitos estudos para acompanhamento do uso de AGTI, assim como, de seus possíveis substitutos no sistema produtivo brasileiro.Industrialized foods, especially the most processed ones, may contain industrially sourced trans fatty acids (TFA-i) in their composition and the consumption of these products is a risk factor for the development of noncommunicable diseases. In this way, public policies were created in order to minimize and potentially eliminate the use of TFA-i in processed foods. With the elimination of TFA-i, other substances have been adopted worldwide as possible surrogates. This study aimed to investigate the notification of oils and fats in industrialized foods sold in Brazil in 2013 which were sources of TFA-i and its possible surrogates. It was analyzed the ingredients list, the nutrition facts table and also the claims of TFA-i free of 3176 food labels. The data was available in a previously collected database originated from a census of food labels collected in 2013 in a large supermarket in southern Brazil. As a result of this observational, descriptive, analytical and cross-sectional study, it was observed that 36.4% of the analyzed foods notified TFA-i in the ingredients list, and 81% of them used alternative names. The use of alternative names for TFA-i do not give the consumer certainty if the food is a source of this fat. Due to the lack of standardization of a term to identify ingredients containing TFA-i, 58 names were found to designate this type of fat, which 15 were specific and 43 were alternative. There was also a discrepancy between the presence of TFA-i in the ingredients list compared to the notification on the nutrition facts table (26.6% of the foods) and the TFA-i free claims (5.5%). 22 different names were found to designate possible surrogates for TFA-i, which were repeated 380 times on food labels. It was observed that the names that stood out as the most used were those referring to products extracted from palm, being "palm oil" and "palm fat" the most frequent ones. The "interesterified vegetable fat" also appeared as one of the most prevalent names. The groups of bakery products, grains and grain-based products (Group 1) sugar, sugary foods and snacks (Group 7) had the highest percentages of possible surrogates for TFA-i, being 15,3 % (n = 122) and 12.4% (n = 143), respectively. As already elucidated by other studies, the present analysis points out that the nutrition facts table and the claims on package may not identify the presence or absence of TFA-i in processed foods. In addition, the ingredients list may not be accessible to consumers due to the lack of standardized terms for designating TFA-i. Also, this study shows that in 2013 it was already possible to find alternatives to the use of TFA-i on foods. Thus, it is suggested more studies to monitor the use of TFA-i, as well as its possible surrogates in the Brazilian production system.Florianópolis, SCFernandes, Ana CarolinaUniversidade Federal de Santa CatarinaSouza, Amanda Alves deHilleshein, Daniele2020-12-08T21:38:21Z2020-12-08T21:38:21Z2020-12-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis37 f.application/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/218161info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2020-12-08T21:38:21Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/218161Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-12-08T21:38:21Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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