Condicionamento olfatório aversivo induzido pela estimulação química da matéria cinzenta periaquedutal dorsolateral de ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kincheski, Grasielle Clotildes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95133
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2011
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spelling Condicionamento olfatório aversivo induzido pela estimulação química da matéria cinzenta periaquedutal dorsolateral de ratosFarmacologiaSubstância Cinzenta PeriaquedutalSerotoninaN-MetilaspartatoTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2011Pistas olfatórias associadas a estímulos aversivos são capazes de ativar estruturas neurais relacionadas ao comportamento defensivo (CD), incluindo a parte dorsolateral da matéria cinzenta periaquedutal (MCPdl). A estimulação química da MCPdl em ratos possui um caráter motivacional aversivo, relacionado com as emoções de medo/ansiedade. Desta forma, o presente estudo foi delineado para verificar a hipótese de que o estado aversivo induzido pela estimulação química da MCPdl poderia ser usado como um estímulo incondicionado (EI), em um condicionamento olfatório aversivo (COA). Além disso, a natureza aversiva deste condicionamento foi avaliada em ratos tratados com midazolam (MDZ), um benzodiazepínico, ou quando microinjetados com DPAT ou WAY na MCPdl, agonista e antagonista dos receptores 5-HT1A da serotonina, respectivamente. Ainda, o bloqueio dos adrenoceptores do tipo beta no núcleo pré-mamilar dorsal (PMd) e a lesão da parte ventral do núcleo anteromedial do tálamo (AMv) e do núcleo reuniens (RE) foram realizados para investigar as vias anatômicas envolvida neste COA induzido pela estimulação química da MCPdl. O resente estudo confirmou a hipótese de que a estimulação quimica da CPdl com NMDA 100 pmol pode ser usado como EI biologicamente relevante, capaz de propiciar um COA. Neste COA, o tratamento com MDZ prejudicou a aquisição e a expressão dos CDs, enfatizando o potencial do modelo em predizer respostas relacionadas à ansiedade. Em relação à modulação serotoninérgica na MCPdl, DPAT nas doses de 4 e 8 nmol prejudicou a aquisição do COA, enquanto que WAY 7 nmol promoveu um aumento dos CDs durante a sessão de familiarização, ou seja, uma generalização dos CDs. Além disso, DPAT na dose de 4 nmol facilitou a aquisição do COA quando uma dose maior de NMDA (200 nmol) foi administrada na MCPdl, assim como WAY 7 nmol facilitou a aquisição do COA quando uma dose menor de NMDA (50 pmol) foi microinjetada na MCPdl. Desta forma, os resultados demonstraram que os receptores 5-HT1A na MCPdl podem modular o aprendizado induzido pela estimulação desta estrutura em um COA. Por fim, os resultados também destacaram uma via da MCPdl para o núcleo hipotalâmico anterior (AHN), do AHN para o PMd e, do AHN e PMd para o tálamo (AMV + RE). Esta foi a via ascendente proposta, pela qual a MCPdl pode estar interagindo com estruturas mais rostrais no cérebro durante o aprendizado. Deste modo, este trabalho forneceu uma perspectiva interessante da participação da MCPdl na circuitaria envolvida no condicionamento aversivo, sugerindo que esta estrutura de fato é mais que uma via comum e final das reações defensivas e que pode interagir com outra área associativas, modificando o processamento das informações. Desta maneira, a MCPdl parece desempenhar um papel no desenvolvimento dos transtornos de ansiedade, uma vez que sua atividade pode modificar o processamento das informações e desencadear o aparecimento de respostas defensivas a estímulos genuinamente não ameaçadores.Aversive olfactory cues are able to activate neural structures related to defensive behavior (DB) including the dorsolateral part of the periaqueductal gray matter (dlPAG). The chemical stimulation of dlPAG in rats evokes DB as the result of internal mood alterations. The present study was outlined to verify the hypothesis that the aversive state induced by dlPAG chemical stimulation could be used as an unconditioned stimulus (US) in an olfactory aversion conditioning (OAC) paradigm. In addition, the aversive nature of the OFC was evaluated in rats treated with midazolam (MDZ), a benzodiazepine, or microinjected with DPAT or WAY into dlPAG, 5-HT1A receptors agonist and antagonist, respectively. Moreover, the dorsal premammillary nucleus (PMd) beta-adrenoceptors blocking or the ventral part of anteromedial thalamic nucleus (AMv) and reuniens nucleus (RE) lesion were performed to investigate the anatomical pathway involved in this chemical stimulation-based aversion conditioning. The present study has confirmed our hypothesis that an enhanced activity of dlPAG can be used as a biologically relevant US, capable of generating an OAC. Furthermore, MDZ impaired the OAC acquisition and the DB expression, emphasizing the pharmacological validation of this model in predicting putative anxiolytic drugs. DPAT 4 and 8 nmol impaired the OAC and DPAT 4 nmol facilitated the OAC acquisition when a higher concentration of NMDA (200 nmol) was administrated into the dlPAG, which previously did not promote an OAC. The group of rats microinjected with WAY 7 before the NMDA 100 pmol into the dlPAG displayed defensive behavior in the box test even without odor, suggesting a generalization response. In addition, WAY 7 nmol facilitated the OAC acquisition with a smaller dose of NMDA (50 pmol), which previously had not promoted an OAC. Apart from the role of the serotonin in modulating the expression of defensive behavior evoked by dlPAG stimulation, the study revealed that serotonin can also modulate the dlPAG NMDAstimulation learning, supporting the OAC. Lastly, the results also highlight the pathway from the dlPAG to the AHN, and the AHN projection to the Md and thalamus (AMv+RE) likely to carry critical information related to fear-like state related to learning and memory. Taken together, the present findings provide evidence that this brain area can also support OAC by signaling forebrain associative areas involved in fear mediation, beyond its well known participation in the expression of DB.Florianópolis, SCCarobrez, Antonio de PaduaUniversidade Federal de Santa CatarinaKincheski, Grasielle Clotildes2012-10-25T21:01:44Z2012-10-25T21:01:44Z20112011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis122 p.| il., grafs., tabs.application/pdf294203http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95133porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-04-30T08:15:38Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/95133Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-04-30T08:15:38Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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