Satisfação com o trabalho: do desejo à realidade de ser médico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/81537 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico |
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Satisfação com o trabalho: do desejo à realidade de ser médicoEngenharia de produçãoErgonomiaMedicosAspectos sociaisDesejoSatisfação no trabalhoQualidade de vida no trabalhoTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro TecnológicoConsiderando que a satisfação do ser humano com seu trabalho inclui uma dimensão simbólica referente à sua subjetividade, o objetivo geral desta tese foi compreender, junto a profissionais médicos, os significados do desejo de ser médico na sua satisfação com o trabalho, norteado pela identificação do processo de construção do desejo de ser médico de alguns profissionais médicos, os significados deste desejo e a relação entre a expressão desses significados e a satisfação dos profissionais com seu trabalho. A pesquisa foi qualitativa, com princípios da Abordagem Holístico-Ecológica, o tipo de estudo, o multicasos e a técnica de coleta de dados, a entrevista semi-estruturada em profundidade. Foram sujeitos deste estudo vinte e cinco médicos, que atuam em Santa Catarina, em diversos locais de trabalho, nas áreas de pediatria, clínica médica e cirúrgica, ginecologia/obstetrícia e saúde pública, de ambos os sexos, com mais de quinze anos de formados. O desejo de ser médico, usualmente, emergiu, na infância ou no início da adolescência, e tinha como significados, na maioria dos sujeitos, o altruísmo. Nesta época, os sujeitos imaginavam que seriam felizes sendo bons médicos e idealizavam que, como conseqüência, teriam reconhecimento social e financeiro e boa qualidade de vida. O desejo foi influenciado por modelos de profissionais médicos, crenças familiares, circunstâncias de adoecimento e/ou desejos coletivos da família ou de "outros significativos". A realidade concreta do trabalho médico, em regra, não era conhecida pelos sujeitos. Na formação acadêmica, ocorreu a primeira quebra dos significados do desejo de ser médico, devido à associação de negação da vulnerabilidade do estudante, sua alienação emocional e seu afastamento da comunidade. Na realidade concreta do trabalho, foram apontados como fatores para a "satisfação de ser médico", a competência técnica, a adequação à área de atuação, a boa relação inter-pessoal, a possibilidade de estudar ou expressar a criatividade, o reconhecimento social, financeiro e intelectual, o equilíbrio entre o trabalho e as outras dimensões da vida e o envolvimento político e/ou social; muitos destes, vieram ao encontro dos desejos do passado dos sujeitos. Emergiram, entre os fatores limitantes da satisfação com o trabalho, a dificuldade psicológica em lidar com o paciente, seu sofrimento e a sua morte e a desilusão com os desejos idealizados de reconhecimento e boa qualidade de vida. A desilusão é resultante da desvalorização profissional -confirmada pelos sistemas de saúde e pela sociedade - e da tecnologia que, juntas, acarretam sobrecarga de trabalho físico e mental. São comentadas as estratégias elaboradas para lidar com o sofrimento psicológico. O desejo de ser bom médico concretizou-se, mas o desejo de investir no aperfeiçoamento profissional continua. Os desejos de reconhecimento e de boa qualidade de vida persistem e são almejados por muitos. São sugeridas intervenções e investigações, na ergonomia, medicina e outras áreas de saber que lidam com o ser humano, durante e após a formação profissional, com o intuito de colaborar na abordagem ao ser humano e promover a satisfação dos profissionais com seu trabalho, em prol de sua qualidade de vidaFlorianópolis, SCPatricio, Zuleica MariaUniversidade Federal de Santa CatarinaGrosseman, Suely2012-10-19T05:14:56Z2012-10-19T05:14:56Z20012001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisxiii, 282 f.| il.application/pdf178857http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/81537porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-09-25T21:59:00Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/81537Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-09-25T21:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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