Criação de uma escala e avaliação do perfil do estilo de vida em adultos com deficiência visual das diferentes regiões do Brasil em 2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scherer, Roger Lima
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216579
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2020.
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spelling Criação de uma escala e avaliação do perfil do estilo de vida em adultos com deficiência visual das diferentes regiões do Brasil em 2018Educação físicaPessoas com deficiência visualEstilo de Vida SedentárioTeoria da Resposta do ÍtemTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2020.O objetivo deste estudo foi criar uma escala e avaliar o estilo de vida dos adultos com deficiência visual, por meio da Teoria da Resposta ao Item (TRI). A amostra deste estudo descritivo e transversal foi de 859 indivíduos (68,3% homens; µ idade: 34,0 ± 11,20 anos de idade), que responderam, entre fevereiro e outubro de 2018, um questionário. Para a criação da escala, foi utilizado o modelo de resposta gradual proposto por Samejima em 1969. Na estatística descritiva, empregaram-se frequências absoluta e relativa, além das análises de média e desvio padrão. Na estatística analítica, empregou-se a regressão logística multinomial, com análises brutas e ajustadas para verificar a associação do estilo de vida com algumas variáveis pessoais e sociodemográficas, adotando nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. O tratamento estatístico foi realizado através do software SPSS, versão 22.0 for Windows. O instrumento para avaliar o estilo de vida foi criado e passou pelo processo de validação de conteúdo, operatividade e reprodutibilidade. Foram realizados os testes: kappa, coeficiente de correlação intraclasse, alpha de Cronbach, correlação policórica e análise fatorial para avaliar as qualidades psicométricas do instrumento, antes de utilizar a TRI para a criação da escala. Observou-se, que alguns itens não apresentavam consistência interna ou correlação com os demais daquele componente, assim como o instrumento com uma dimensão, conforme pensou-se inicialmente, perderia muitas informações, pois alguns itens não calibraram por meio da TRI. O instrumento inicial possuía 43 itens, mas após a calibração e organização da escala, sete itens apresentaram problemas e foram retirados, finalizando com 36 itens, divididos nas dimensões psicossocial e comportamental, para compor o estilo de vida dos adultos com deficiência visual. Com relação ao perfil do estilo de vida, os indivíduos apresentaram melhores resultados na dimensão psicossocial. Os níveis do estilo de vida foram significativos entre os fisicamente ativos (RC: 1,98; IC: 0,01 ; 0,07), nas mulheres (RC: 1,54; IC: 0,24 ; 0,89), nos indivíduos na meia idade (40 a 59 anos) (RC: 1,59; IC: 0,20 ; 0,81), nos indivíduos que vivem na região Centro Oeste (RC: 2,52; IC: 1,03 ; 6,13) e nos indivíduos que não possuem um companheiro(a) (RC: 2,14; IC: 1,18 ; 3,87) apresentando mais chances de terem um estilo de vida positivo. Diante dos resultados encontrados nos diferentes testes psicométricos e na utilização da TRI para a criação da escala, conclui-se que o instrumento é válido e pode ser utilizado como mais uma ferramenta no diagnóstico desta população no que concerne o estilo de vida. Com base na amostra investigada é importante e necessário implementar ações e políticas públicas voltadas para a promoção de um estilo de vida positivo entre as pessoas com deficiência visual, buscando, principalmente, nos aspectos comportamentais, estimular a prática regular de atividade física e a adoção de bons hábitos alimentares, assim como concentrar ações para essa população nas regiões Norte e Nordeste por apresentarem maiores percentuais no nível negativo e menores percentuais no nível positivo.</br>Abstract: The objective of this study was to create a scale and assess the lifestyle profile of adults with visual impairments, using the item response theory (IRT). 859 individuals (68.3% men; µ age: 34.0 ± 11.20 years old) participated in this descriptive and cross-sectional study, who answered, between February and October 2018, a questionnaire. For the creation of the scale, the gradual response model proposed by Samejima in 1969 was used. In descriptive statistics, absolute and relative frequencies were used, in addition to the mean and standard deviation analyzes. In analytical statistics, multinomial logistic regression was used, in crude and adjusted analyzes, to verify the association of lifestyle with some personal and sociodemographic variables, adopting a significance level of 5% and a confidence interval of 95%. The statistical treatment was performed using the SPSS software, version 22.0 for Windows. The instrument to determine the lifestyle profile of visually impaired adults was created and went through the process of validation of content, operability and reproducibility. The tests were performed: kappa, intraclass correlation coefficient, Cronbach's alpha, polychoric correlation and factor analysis to assess the psychometric qualities of the instrument, before using the IRT to create the lifestyle scale. It was observed, in these analyzes, that some items did not present internal consistency or correlation with the others of that component, as well as the instrument as a dimension, as had been initially thought, it would lose a lot of information due to some items not calibrate by the IRT. The initial instrument had 43 items, but with the calibration process and organization of the scale, seven items presented problems and were removed, ending with 36 items, divided into the psychosocial and behavioral dimensions, to compose the lifestyle of adults with visual impairment. Regarding the lifestyle profile, individuals showed better results in the psychosocial dimension. The lifestyle levels were significant among the physically active (OR: 1.98; CI: 0.01; 0.07), in women (OR: 1.54; CI: 0.24; 0.89), in middle-aged individuals (40 to 59 years old) (OR: 1.59; CI: 0.20; 0.81), in individuals who live in the Midwest region (OR: 2.52; CI: 1.03; 6.13) and in individuals who do not have a partner (OR: 2.14; CI: 1.18; 3.87), who are more likely to have a positive lifestyle. In view of the results found in the different psychometric tests and in the use of the IRT to create the lifestyle scale, it is concluded that the instrument is valid and can be used as a tool in the diagnosis of this population considering lifestyle. Based on the investigated sample, it is important and necessary to implement actions and public policies aimed at promoting a positive lifestyle among people with visual impairments, seeking mainly in behavioral aspects, to encourage regular practices of physical activity and the adoption of good diet habits, as well as concentrating actions for this population in the North and Northeast regions, as they present higher percentages at the negative level and lower percentages at the positive level.Borgatto, Adriano FerretiDel Duca, Giovâni FirpoUniversidade Federal de Santa CatarinaScherer, Roger Lima2020-10-21T21:31:35Z2020-10-21T21:31:35Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis157 p.| il., gráfs.application/pdf370303https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216579porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:31:36Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/216579Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:31:36Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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