Prevalência, distribuição geográfica e diversidade genômica de populações de Staphylococcus. aureus resistentes à meticilina (MRSA) estudadas no Brasil 2012-2022.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Godoi, Bruna Klopass Locks de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248733
Resumo: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas.
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spelling Prevalência, distribuição geográfica e diversidade genômica de populações de Staphylococcus. aureus resistentes à meticilina (MRSA) estudadas no Brasil 2012-2022.Staphylococcus aureusMRSAEpidemiologiaResistência AntimicrobianaTipagem molecularTCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas.A resistência antimicrobiana é um grande problema que pode ameaçar a saúde humana e animal, e as atividades econômicas, sendo algumas bactérias de grande preocupação para fins de controle de doenças. Staphylococcus aureus, uma bactéria comensal humana prevalente, é preocupante, pois se torna um patógeno muito adaptável, com aumento da virulência, capacidade de evasão imunológica e alta capacidade de resistência antimicrobiana. Praticamente todas as cepas de S. aureus são resistentes à penicilina, e cepas de S. aureus resistentes à meticilina (MRSA) são cada vez mais prevalentes em todo o mundo, com clones epidêmicos distintos presentes em diferentes áreas geográficas que resultaram em aumento da morbidade e mortalidade em populações humanas e animais. Além disso, as atividades industriais e o uso indiscriminado de antibióticos agravam o problema da resistência antimicrobiana, proporcionando pressão seletiva que favorece cepas de MRSA mais resistentes. É fundamental realizar vigilância epidemiológica de MRSA para entender a exposição em mudança e a carga da doença de diferentes populações e regiões. Atualmente, técnicas padronizadas de tipagem molecular facilitam uma convenção universal de nomenclatura para identificar linhagens de MRSA. Objetivou-se sistematizar a literatura científica brasileira que utilizou a tipagem molecular para identificar e caracterizar a prevalência de linhagens de MRSA presentes em sua variada localização geográfica. Métodos. Realizou-se uma Revisão da literatura de 2012-2022, que caracterizou a epidemiologia molecular e a prevalência de linhagens de MRSA em estudos populacionais realizados em regiões brasileiras. Resultados. Foram identificados 272 estudos originais, dos quais 56 foram selecionados para análise. A maioria dos estudos (64,3%) foi realizada na região Sudeste do Brasil, seguida da região Sul (25%). Os estudos representaram diversos ambientes de pesquisa envolvendo principalmente humanos e poucos estudos em animais. A prevalência média de MRSA no Brasil foi de 25,5%: de 3,2% em um único estudo na região Norte para 30,3% em vários estudos na região Sudeste. A partir dos estudos, identificou-se 16 linhagens únicas de MRSA, sendo as duas mais prevalentes o ST5-SCCmecIV (clone pediátrico) associado ao CA-MRSA (42,1%) e o ST1-SCCmecIV (clone USA400)(41,1%). A linhagem ST239-SCCmecIII (Brazilian Endemic Clone, BEC) associado a HA-MRSA apresentou prevalência média de 26%, menor do que previamente relatado em estudos anteriores. A distribuição da linhagem MRSA entre as regiões foi variada, com várias linhagens diferentes relatadas no Sudeste e Nordeste, possivelmente refletindo uma expansão populacional dinâmica, com substituição contínua de clones endêmicos anteriores. Estudos no Nordeste também identificaram a linhagem associada ao LA-MRSA ST398-SCCmecV com prevalência média de 18,2%. Conclusão. As informações sobre a epidemiologia de MRSA e linhagens prevalentes estão distribuídas de forma desigual em todo o Brasil, o que resultou em grandes diferenças entre as prevalências gerais relatadas. Os clones de MRSA apresentam cenários epidemiológicos variados, que são mais aparentes na região Sudeste do Brasil devido ao viés de informação. Mais esforços de pesquisa são necessários para uma compreensão mais completa de MRSA no Brasil.Antimicrobial resistance is a major problem that can threaten human and animal health, and economic activities, with some bacteria being of great concern for disease control purposes. Staphylococcus aureus, a prevalent human commensal bacterium is one of concern, because it becomes a very adaptable pathogen with increased virulence, immune evasion capabilities and high capacity for antimicrobial resistance. Virtually all S. aureus strains are resistant to penicillin, and methicillin-resistant S. aureus (MRSA) strains are increasingly prevalent worldwide, with distinct epidemic clones present in different geographic areas that have resulted in increased morbidity and mortality across human and animal populations. Furthermore, industrial activities and uncontrolled antibiotic usage compound the problem of antimicrobial resistance, providing selective pressure that favours the more resistant MRSA strains. It is fundamental to conduct epidemiological surveillance for MRSA to understand the changing exposure and disease burden of different populations and regions. Currently, standardised molecular typing techniques facilitate a universal naming convention to identify MRSA lineages. we aimed to systematize Brazilian scientific literature that used molecular typing to identify and characterise the prevalence of MRSA lineages present across its varied geographical location. Methods. We conducted a Review of the literature from 2012-2022 that characterised molecular epidemiology and prevalence of MRSA lineages in populations studies performed in Brazilian regions. Results. We identified 272 original studies of which 56 were selected for analysis. Most studies (64,3%) were conducted in the southeast region of Brazil, followed by the South region (25%). Studies represented diverse research settings involving mostly humans and few studies in animals. The mean MRSA prevalence in Brazil was 25,5%: from 3,2% in a single study in the North to 30,3% from several studies in the Southeast. From the studies, we identified 16 unique MRSA lineages, with the two overall most prevalent being the CA-MRSA associated ST5-SCCmecIV (Pediatric clone) (42,1%) and ST1-SCCmecIV (clone USA400)(41,1%). The HA-MRSA associated ST239-SCCmecIII lineage (Brazilian Endemic Clone, BEC) had a mean prevalence of 26%, lower than previously reported in previous studies. MRSA lineage distribution across Regions was varied, with a several different lineages reported in the Southeast and Northeast, possibly reflecting a dynamic population spread, with ongoing replacement of previous endemic clones. Studies in the Northeast also identified LA-MRSA associated lineage ST398-SCCmecV with mean prevalence of 18,2%. Conclusion. Information regarding MRSA epidemiology and prevalent lineages is unevenly distributed across Brazil, which resulted in large differences between reported overall prevalence. MRSA clones have varying epidemiologic scenarios which are mostly apparent in the Southeast region of Brazil due to information bias; further research efforts are needed to have a more complete understanding of MRSA in Brazil.Florianópolis, SC.Mazzon, Ricardo RuizFerreira, Fabienne AntunesUniversidade Federal de Santa Catarina.Godoi, Bruna Klopass Locks de2023-07-12T17:41:07Z2023-07-12T17:41:07Z2023-06-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis71application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248733Open Access.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2023-07-12T17:41:07Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/248733Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-07-12T17:41:07Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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