Respostas fisiológicas e perceptuais da velocidade crítica em atletas de handcycling

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes, Diego
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215968
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2020.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaAntunes, DiegoLucas, Ricardo Dantas deFischer, Gabriela2020-10-21T21:24:11Z2020-10-21T21:24:11Z2020369346https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215968Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2020.Nos últimos anos, o handcycling vem se consolidando como uma modalidade excelente para melhora da aptidão física e como modalidade paradesportiva para pessoas com lesão medular (LM). A avaliação aeróbia e o entendimento das demandas fisiológicas nos esportes paralímpicos são essenciais para cientistas, treinadores e atletas, principalmente em esportes de endurance. Além disso, ela é imprescindível para prescrição dos exercícios com membro superior, podendo assim fornecer o que é possível alcançar em termos de capacidade aeróbia. A caracterização da relação velocidade-tempo limite, conhecida como modelo de velocidade crítica (VC) carece de mais investigações nessa modalidade; atletas com LM tem características específicas em relação as respostas fisiológicas e perceptuais durante o exercício de endurance. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi caracterizar a relação velocidade-tempo no handcycling, bem como analisar as respostas fisiológicas e perceptuais durante o exercício na VC em sujeitos com LM. Além disso, analisar a associação da VC com métodos tradicionalmente utilizados (2º limiar ventilatório ? LV2 e ponto de deflexão da frequência cardíaca - PDFC) para determinação dos limiares fisiológicos. Oito atletas de handcycling com LM sendo duas mulheres e seis homens (34 ± 4,6 anos; 69,6 ± 9,4 kg; 173 ± 8,2cm; 4 tetraplégicos e 4 paraplégicos) participaram do estudo. Os participantes realizaram em esteira rolante, I) um teste incremental; II) três testes até a exaustão para determinação da VC; III) uma sessão de exercício intervalado na VC. A VC foi calculada e comparada a partir de três modelos matemáticos, sendo dois lineares e um hiperbólico. O exercício intervalado na VC foi realizado com 5 minutos de exercício e pausas de 50 segundos, sendo proposto ao atleta completar 6 repetições (total 30 minutos de exercício) ou até atingir a exaustão. A partir desta sessão, foi identificada a carga de treinamento através da percepção subjetiva de esforço (PSE) pós sessão e pela FC média. Desta forma, o impulso de treino da sessão (TRIMP), foi comparado pelo método baseado na PSE (TRIMPPSE) e outro baseado na frequência cardíaca (TRIMPFC). Os parâmetros de VC e D? não apresentaram diferenças (p>0,05) entre os três modelos de determinação (Linear relação entre distância-tempo: Lin - DT; linear relação entre velocidade1/tempo: Lin - V; Hiperbólico: relação entre velocidade-tempo). Foi encontrado um excelente ajuste em todos os modelos Lin ? DT (r² = 0,99), Lin ? V (r² = 0,94) e Hiperbólico (r²= 0,97); e também um baixo erro padrão de estimativa para os modelos Lin ? DT (1,79 ± 0,45%), Lin ? V (3,1 ± 1,89%) e Hiperbólico (1,79 ± 0,45%). O LV2, PDFC e a VC foram identificadas na mesma zona de intensidade (70,8-74,1% do VO2pico), e os três métodos apresentaram boa correlação entre as variáveis de velocidade, consumo de oxigênio (VO2) e frequência cardíaca (FC). Durante o exercício intervalado na VC, a resposta do VO2 e as concentrações de lactato [Lac] permaneceram estáveis ao longo das repetições. Adicionalmente, a FC após 10 minutos de exercício também permaneceu estável ao longo do exercício intervalado na VC. De outra forma a PSE foi aumentando ao longo do exercício. A carga de treino através dos dois métodos foram de 127 ± 20UA (TRIMPFC) e 197 ± 33UA (TRIMPPSE), sendo diferentes entre si e os dois métodos apresentaram uma baixa correlação (r=-0,12). Por tanto, estes resultados demonstram que o modelo de VC apresenta uma boa aplicabilidade em atletas com LM na modalidade de handcycling. O modelo de VC se apresenta potencialmente como uma ferramenta para delimitação dos domínios de intensidade pesado e severo, assim como para a determinação mais precisa de intensidades durante o treinamento intervalado. A partir das respostas fisiológicas e perceptuais durante o exercício na VC, quando se busca um treinamento intervalado com o estado estável das [Lac] e do VO2 em intensidades submáximas, o modelo utilizado de (5min:50seg) se apresenta como uma interessante alternativa. Deve-se ter cautela com a utilização da FC tanto para regular a intensidade do exercício como para o monitoramento da carga de treino. Por outra lado, a PSE ainda se apresenta como uma alternativa para regular a intensidade do exercício e monitoramento de carga nessa população. Em conclusão, o modelo de VC parece ser uma boa alternativa para determinação das intensidades do treinamento em atletas de handcycling com LM, apresentando boa associação com os métodos tradicionais (LV2 e PDFC) para determinação dos limiares fisiológicos e quando realizado o exercício intervalado na VC é provável estar associado com o estado estável de lactato nesses atletas. Mais estudos são necessários para investigar as respostas na VC ou usando o modelo da VC em exercícios com membros superiores e em indivíduos com LM, também é preciso compreender a tolerância em exercícios de resistência na intensidade da VC.<br>In the last years, handcycle has been consolidating as an excellent modality to improve physical fitness and as paralympic modality for people with spinal cord injury (SCI). The aerobic evaluation and the comprehension of physiological demands in paralympic sports are essentials for scientists, trainers, and athletes, chiefly in endurance sports. Moreover, is indispensable for prescriptions of upper arms exercises, thus being able to provide what is possible to reach in terms of aerobic capacity. The relationship between speed-time, known as the critical velocity (CV) model until the moment not yet has been investigated in this modality; athletes with SCI had specific characteristics regarding physiological and perceptual responses during exercise. Thus, this study aimed to investigate physiological and perceptual responses during exercise at CV in subjects with SCI. Furthermore, analyzing the applicability of the CV model and association with traditional methods (2nd ventilatory thresholds - VT2 and heart rate deflection point - HRDP) to the determination of the physiological thresholds. Eight handcycling athletes with SCI being two women and six men (34 ± 4.6 years; 69.6 ± 9.4 kg; 173 ± 8.2cm; 4 tetraplegic e 4 paraplegic) participated in this study. All participants performed an incremental test, three tests until exhaustion to the determination of CV and an interval exercise at CV. CV was calculated and compared from three mathematical models, being two linear and one hyperbolic. Interval exercise at CV was performed with 5 minutes of exercise and rest of 50 seconds, being proposed to the athletes to conclude 6 bouts (total of 30 minutes) or until reach exhaustion. From this session, was identified the training load throughout of rate perceived exertion (RPE) pos session and by average HR. In this way, the training impulse of session (TRIMP), was compared by method based only on RPE (TRIMPRPE) and another based in the heart rate (TRIMPHR). Parameters of CV and D' not showed differences (p>0,05) among the three models of determination (two linear - Lin - TD and Lin - V; and hyperbolic). Was found an excellent fit in all models Lin ? TD (r² = 0.99), Lin ? V (r² = 0.94) and hyperbolic (r²= 0.97); also a small standard error (SE) Lin ? TD (1.79 ± 0.45%), Lin ? V (3.1 ± 1.89%) and Hyperbolic (1.79 ± 0.45%). VT2, HRDP, and VC was identified at the same metabolic zone (70.8-74,1% of VO2peak), the three methods presented good correlations among the variables of velocity, oxygen uptake (VO2) and heart rate (HR). During interval exercise at CV the variables of VO2 and the blood lactate concentrations [Lac] remained stable over the bouts. Additionally, HR after 10 minutes of exercise also remained stable over interval exercise at CV. Otherwise, RPE was increasing over the exercise. Load monitoring control through two methods was TRIMPHR 127 ± 20UA and TRIMPRPE 197 ± 33UA, being different each other, and the two methods present a weak correlation (r= -0,12). Therefore, these results demonstrate that CV model shows good applicability in handcycling athletes with SCI. CV model potentially is presented as a tool to the determination of intensity domains, as well as to prescription more precisely of intensities during interval training. From these physiological and perceptual responses during exercise at CV, when as seek an interval training with steady blood lactate and VO2 in submaximal intensities, the model used of (5min:50sec) is presented as an interesting alternative. Must have been cautious with the utilization of HR for both regulate the intensity of exercise and training load monitoring. On the other hand, the RPE still is presented as an alternative to regulating the intensity of exercise and load monitoring in this population. In conclusion, CV model seems to be a good alternative for the determination of training intensities in handcycling athletes with SCI, presenting a good association with traditional methods (LV2 and PDFC) to determination of physiological thresholds e when performed the interval exercise at CV probably can be associated with steady lactate state in this athletes. More studies are necessary to investigate responses at CV or using the CV model in exercises with upper limbs and in individuals with SCI, also is a need to understand the tolerance in endurance exercises at the intensity of CV.67 p.| il., tabs.porEducação físicaMedula espinhalCiclismoVelocidadeEsportesEsportes para pessoas com deficiência físicaRespostas fisiológicas e perceptuais da velocidade crítica em atletas de handcyclinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPGEF0552-D.pdfPGEF0552-D.pdfapplication/pdf1422440https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/215968/-1/PGEF0552-D.pdf10e1c09e1dda6cad94f604a3eb8d8e04MD5-1123456789/2159682020-10-21 18:24:11.413oai:repositorio.ufsc.br:123456789/215968Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:24:11Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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