Naturalismo ético e o argumento da terra gêmea moral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kavetski, Silvio
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238272
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2022.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaKavetski, SilvioDall'Agnol, Darlei2022-08-15T23:17:51Z2022-08-15T23:17:51Z2022377937https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238272Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2022.O Realismo Moral Naturalista (RMN) é a tese de que há fatos e propriedades morais que são independentes de nossas mentes (realismo moral), que tais fatos e propriedades morais são constituídos ou multiplamente realizados por fatos e propriedades naturais (naturalismo moral) e que as teorias morais substantivas rastreiam as propriedades naturais que constituem as propriedades morais (definicionismo de primeira ordem). O principal desafio a este tipo de teoria metaética é o Argumento da Terra Gêmea Moral (ATGM). Os proponentes do ATGM constroem um experimento mental cujo juízo intuitivo é de que falantes de comunidades distintas expressam desacordos morais genuínos. No entanto, as melhores propostas metassemânticas do RMN supostamente não acomodam tal intuição. Assim, o RMN deve ser recusado, uma vez que, argumentavelmente, não possui o diagnóstico correto para o conteúdo semântico dos predicados morais. Na literatura atual, existe ampla resistência por parte dos defensores do RMN em relação ao ATGM. Há quatro estratégias principais de réplica: (i) o ATGM não preserva a similaridade com o Argumento da Terra Gêmea de Hilary Putnam, em relação ao qual é dependente; (ii) é possível haver desacordos morais genuínos mesmo que os predicados dos falantes não compartilhem conteúdo extensional; (iii) ou o juízo intuitivo é enganoso ou há explicações alternativas; (iv) há metassemânticas alternativas para o RMN que não são vulneráveis ao ATGM. Diante dessa controvérsia, o objetivo da presente tese é fornecer uma defesa do ATGM contra essas quatro linhas de ataque. Argumenta-se que o ATGM resiste aos principais problemas apontados pelos seus adversários e, assim, constitui uma dificuldade relevante para a aceitabilidade do RMN. O primeiro capítulo revisa a literatura e introduz as ferramentas conceituais necessárias para a compreensão do debate. Os quatro capítulos seguintes lidam com cada uma das linhas de réplica ao ATGM. O segundo considera a suposta dependência para com o Argumento da Terra Gêmea, de Putnam, e argumenta em favor da autonomia do ATGM. O terceiro discute e defende o pressuposto do ATGM de que desacordos genuínos requerem identidade extensional. O quarto é uma defesa do juízo intuitivo do experimento mental em que o ATGM é baseado. Por fim, o quinto capítulo considera algumas teorias metassemânticas do RMN que, supostamente, não são vulneráveis ao desafio em questão.Abstract: Naturalistic Moral Realism (NMR) is the thesis that there are moral properties and facts that are independent of our minds (moral realism), that these properties and facts are constituted or multiple realized by natural properties and facts (moral naturalism), and that substantive moral theories track the natural properties that moral properties are constituted by (first order definism). The main challenge to this kind of metaethical theory is the Moral Twin Earth Argument (MTEA). MTEA?s proponents build a thought experiment whose intuitive judgement is that speakers from distinct communities express genuine moral disagreements. However, the best NMR?s metasemantic proposals supposedly do not accommodate such intuition. Thus, the NMR must be rejected, since, arguably, it does not have the correct account concerning the semantic content of the moral predicates. In the current literature, there is widespread resistance from RMN?s advocates to the MTEA. There are four main response strategies: (i) the first one suggests that the MTEA does not preserve the similarity with Hilary Putnam?s Twin Earth Argument, on which it is supposedly dependent; (ii) the second holds that it is possible to have genuine moral disagreements even if the speaker?s predicates do not share extensional content; (iii) the third claims that either the intuitive judgement is misleading or there are alternative explanations; (iv) and the fourth line of reply maintains that there are alternative metasemantics for NMR that are not vulnerable to the MTEA. Therefore, the aim of this thesis is to provide a defense of the MTEA against these four lines of attack. It is argued that the MTEA resist the main problems pointed out by its critics and, thus, constitute a relevant difficulty for the acceptability of NMR. The first chapter reviews the literature and introduces the conceptual tools needed to understand the debate. The next four chapters deal with the four lines of reply. The second considers the supposed dependence on Putnam's Twin Earth Argument and argues for the MTEA?s autonomy. The third discusses and defends the MTEA assumption that genuine disagreements require extensional identity. The fourth is a defense of the intuitive judgment of the thought experiment on which the MTEA is based. Finally, the fifth chapter considers some NMR?s metasemantic theories that supposedly are not vulnerable to the challenge at hand.196 p.porFilosofiaMetaéticaRealismoNaturalismoNaturalismo ético e o argumento da terra gêmea moralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPFIL0423-T.pdfPFIL0423-T.pdfapplication/pdf2018108https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/238272/-1/PFIL0423-T.pdff1c9273912fdf6825ce2ddde2e1ad149MD5-1123456789/2382722022-08-15 20:17:51.19oai:repositorio.ufsc.br:123456789/238272Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-08-15T23:17:51Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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