Escolhas alimentares e comportamento de consumo: percepções de escolares da rede pública de ensino de Florianópolis, SC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96381 |
Resumo: | Dissertação [mesterado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Nutrição |
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Escolhas alimentares e comportamento de consumo: percepções de escolares da rede pública de ensino de Florianópolis, SCNutriçãoCriançasNutriçãoPesquisa QualitativaFrutasConsumoLeguminosaConsumoHortaliçasConsumoHabitos alimentaresDissertação [mesterado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em NutriçãoA criança é reconhecida como consumidor pela possibilidade de fazer escolhas e realizar compras independentes e também por direcionar as escolhas dos pais, direta ou indiretamente. Estudos mostram que as crianças gastam dinheiro próprio com doces, chocolates, bebidas açucaradas, salgadinhos de pacote e outros petiscos; assim como influenciam seus pais a adquirirem basicamente os mesmos itens. A compra e a ingestão de alimentos de baixo valor nutricional são determinadas por diferentes fatores. Entre eles, a preferência inata da criança pelo sabor doce e por alimentos de alta densidade energética. Essa preferência é reforçada pela intensa promoção e divulgação de produtos de alta palatabilidade e densidade energética, bem como pela ampla disponibilidade, fácil acesso, conveniência e baixo custo. Por outro lado, frutas, legumes e verduras são ingeridos em quantidades e frequências inferiores às recomendações. Acesso e disponibilidade também figuram como determinantes da ingestão desse grupo alimentar, além do exemplo e do estímulo dos pais. Como os hábitos alimentares desenvolvidos na infância provavelmente permanecerão na idade adulta, investigar em crianças fatores envolvidos nas escolhas de alimentos de alto e baixo valor nutricional, tanto no momento de ingestão quanto no momento de compra e influência, mostra-se uma etapa relevante para definir ações de educação para o consumo e de promoção de hábitos alimentares saudáveis. Para compreensão desses fatores utilizou-se nesse estudo uma abordagem qualitativa por meio da técnica de grupos focais e análise lexical com auxílio do software Alceste. Uma moderadora, com o auxílio de uma moderadora-assistente, conduziu 16 grupos focais com 71 crianças em oito escolas distribuídas em diferentes regiões de Florianópolis, SC. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro semiestruturado que incluiu questões sobre hábitos alimentares e comportamento de consumo com enfoque em dois grupos: frutas, legumes e verduras e, alimentos de baixo valor nutricional. Para auxiliar a discussão foram utilizadas figuras dos alimentos investigados como estímulos visuais. Para análise dos dados foi feita transcrição verbatim das gravações dos grupos focais dando origem a um corpus que foi submetido à análise lexical com auxílio do software Alceste (2010). O Alceste sintetiza e organiza as informações essenciais de bancos de dados textuais e as apresenta divididas em classes. Para isso, utiliza-se de cálculos feitos sobre a coocorrência de palavras em segmentos de texto, operando em quatro etapas. Após essas etapas o software gera um relatório. A mesma pesquisadora responsável pela condução dos grupos focais interpretou os resultados do relatório. Os resultados encontrados mostraram que as crianças deste estudo disseram escolher alimentos de baixo valor nutricional nos pedidos que faziam aos pais - principalmente no supermercado; quando realizavam compras independentes; ao participarem de eventos sociais, momentos de lazer; ou quando se alimentavam fora de casa. As compras independentes eram realizadas em pequenos estabelecimentos localizados próximos da escola e de casa. Salientaram que alimentos de baixo valor nutricional competem com alimentos de alto valor nutricional, pois, são gostosos. Perceberam, porém, que não são saudáveis e, portanto, devem ser evitados. Consideraram frutas, legumes e verduras como saudáveis, mas não mencionaram o atributo "saudável" como um estímulo que despertasse a vontade de consumir tais alimentos. Sentir fome, ter sabor agradável e boa aparência, além de aparecer na TV, destacaram-se como motivadores para o consumo de frutas, legumes e verduras e de alimentos de baixo valor nutricional. Aparência inadequada foi citada como barreira para o consumo de frutas, legumes e verduras. Deste modo, o desafio de tornar a alimentação das crianças mais saudável depende de pais, escola, profissionais de saúde, governo e indústria alimentícia. É importante que os pais aproveitem a presença das crianças durante as compras familiares para educá-las sobre escolhas alimentares e comportamento de consumo, incentivando-as a participar do processo de escolha e compra de alimentos. Além disso, é preciso que os pais observem e regulem a frequência e o tipo de alimento consumido pelas crianças dentro e fora de casa. O uso dos sentidos parece ser ferramenta interessante para a promoção de uma alimentação saudável em escolas e por profissionais de saúde. Evidencia-se a necessidade de o governo aumentar esforços no sentido de regulamentar a promoção e a publicidade de alimentos para crianças e desenvolver campanhas de marketing social que sejam capazes de retomar a comida como afeto, sabor e prazer. Com regulamentações estabelecidas pelo governo a ndústria de alimentos possivelmente seria levada a adotar estratégias de marketing mais responsáveis e a investir na melhoria da qualidade nutricional de seus produtosChildren are recognized as consumers for their capacity of making choices and independent purchases and also for directly or indirectly influencing their parent's choices, to purchase items for their own benefit. Studies show that children spend their own money with confectionary and chocolates, savory snacks and sugary drinks. They influence the purchase of basically the same items. Different factors determine the purchase and intake of these food items, such as the child's innate preference for sweet and salty flavors and foods with high energy density. This preference is reinforced by the intense promotion of high-energy density and high-palatability food and also by their convenience, wide availability, easy access, and low cost. On the other hand, fruit and vegetable intake do not meet dietary guidelines' recommendations. Parental intake, feeding styles, accessibility and availability are some of fruit and vegetable intake determinants. Considering that eating habits developed in childhood will probably remain in adulthood, investigate factors involved in the food choices and food purchases is an important step to define actions for consumer education and to promote healthy eating habits. With a qualitative approach, sixteen focus groups were conducted by a moderator and an assistant moderator with 71 children (aged eight to ten years old) in eight schools from different regions of Florianopolis, SC, Brazil. A semi-structured interview schedule was developed to guide the focus group discussion. The key topics discussed with participants were: food choices regarding fruits, vegetables, energy-dense nutrient-poor foods, and consumer behavior. Pictures of such foods were used as visual stimuli. The transcriptions obtained were submitted to a lexical analysis by the Alceste software. This software summarizes and organizes essential information from textual databases and features them into classes. It relies upon co-occurrence of words in text segments, operating in four stages. Alceste generated a report which was interpreted by the same researcher responsible for conducting the focus groups. Children said they chose energy-dense, nutrient-poor foods when making requests for their parents (especially from the supermarket); when shopping independently and when are eating out, at social events, or during leisure time. Independent purchases were made at small retail stores located near their schools and homes. They said that energy-dense, nutrient-poor food were delicious and therefore competed with fruit and vegetable ingestion, but also said they were unhealthy and therefore should be avoided. Fruits and vegetables were considered healthy, but that did not appear to be sufficient to arouse the desire to consume them. Hunger, good taste and looks and appearing on TV stood out as motivators for both the consumption of fruits and vegetables and energy-dense, nutrient-poor foods. Bad appearance was mentioned as a barrier to consumption of fruits and vegetables. The challenge of making children eat healthily applies for parents, schools, health professionals and government. Parents could consider shopping events as opportunities to educate children about food choices and consumer behavior, encouraging them to participate in the process of choosing and buying food. Moreover, parents should observe and regulate the frequency and type of foods consumed by children inside and outside the home environment. Sensory perceptions seem to be an interesting tool to be used at school and by health professionals to promote healthy eating. It is up for the government to increase efforts to regulate the promotion and advertising of food to children and develop social marketing campaigns that would be able to portray food as affection, taste and pleasure. With regulations established by the government the food industry would possibly be carried to adopt more responsible marketing strategies and invest in improving the nutritional quality of its productsFlorianópolisFiates, Giovanna Medeiros RataichesckUniversidade Federal de Santa CatarinaMazzonetto, Ana Cláudia2012-10-26T11:28:35Z2012-10-26T11:28:35Z20122012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis151 p.| il., grafs., tabs.application/pdf309936http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96381porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-05T04:40:42Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/96381Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-05T04:40:42Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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