Intervenção de base escolar para a promoção da aptidão cardiorrespiratória em adolescentes: a prática baseada em evidências

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Minatto, Giseli
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/172256
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2016.
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spelling Intervenção de base escolar para a promoção da aptidão cardiorrespiratória em adolescentes: a prática baseada em evidênciasEducação físicaAptidão físicaAdolescentesSaúde e higieneTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2016.O objetivo deste estudo foi analisar intervenções publicadas e testar uma intervenção com estratégias baseadas em evidências para promover a aptidão cardiorrespiratória (ACR), bem como identificar se as mudanças observadas na ACR estão relacionadas com as mudanças nos níveis de atividade física (AF) em escolares do 6° ao 9° ano de escolas públicas municipais de Florianópolis, SC. Como base da tese foi feita uma meta-análise das intervenções de base escolar para a promoção da ACR em adolescentes. A busca dos estudos foi realizada em oito bases de dados (Medline, Web of Science, Embase, Cochrane, PsycINFO, Scopus, Lilacs [português e inglês] e SportDiscus), em agosto de 2012 e atualizada em março de 2014. Os estudos foram avaliados quanto à sua qualidade metodológica por instrumento específico para ensaios clínicos. Todas as etapas foram realizadas por pares. Quarenta publicações de 30 intervenções foram incluídas na revisão e 25 delas foram meta-analisadas. O efeito das intervenções na ACR foi moderado e significativo (SMD=0,68; IC95%=0,45; 0,90), com elevada heterogeneidade (I²=97%). O tamanho do efeito variou significativamente segundo a faixa etária, tamanho da amostra, ambiente de intervenção, estratégias no grupo intervenção (GI), prioridade da ACR no estudo, teste e indicador da ACR, duração das sessões, frequência semanal, duração da intervenção e apresentação dos resultados por sexo. Por conseguinte, foi implementada uma intervenção baseada nas evidências levantadas na meta-análise ajustada para a realidade brasileira, e testada em uma amostra do 6° ao 9° ano. A amostra foi estimada pelo tamanho do efeito encontrado na meta-análise, com acréscimo de 30% para possíveis perdas e recusas, resultando em 46 adolescentes para cada grupo (GI e grupo controle [GC]). A intervenção foi proposta para 14 semanas e envolveu estratégias educativas sobre saúde e estilo de vida, exercícios de alongamento, força e ACR nas aulas de Educação Física (EF), promoção de recreios ativos e entrega de panfletos para os pais e alunos. O GC12manteve as atividades tradicionais. A ACR foi apreciada pelo tempo que os alunos permaneceram no teste (minutos), número de voltas completadas, estágios percorridos e o consumo máximo de oxigênio (VO2max), obtidos pelo teste de vai-e-vem de 20 metros. O VO2max e a AF foram classificados segundo pontos de corte específicos. Como variáveis de controle, foram consideradas: baseline de cada medida da ACR, sexo, idade, classe econômica, maturação sexual, somatório das dobras do tríceps e subescapular, AF total e na escola e frequência nas aulas de EF. As avaliações no pré e no pós-intervenção foram conduzidas durante o primeiro semestre letivo de 2015. O tamanho do efeito da intervenção na ACR foi de 0,15 (IC 95% = -0,04; 0,34). Nas comparações intragrupo, o VO2max diminuiu significativamente no GC. Após ajuste por variáveis de controle, diferenças entre o GI vs GC não foi significante (p>0,05). Não foram encontradas interações significativas. No estudo das combinações, a chance foi menor de manter a baixa ACR combinada com a piora nos níveis de AF (RC=0,07; CI95%=0,01; 0,61, p=0,016) e maior da melhora/ manutenção da ACR e manutenção da AF <420 min/semana (RC=2,07; CI95%=1,17; 3,66, p=0,006) para o GI comparado ao GC. O ?MEXA-SE? auxiliou na manutenção da ACR, enquanto que as atividades tradicionais contribuíram para a redução do VO2max. Entretanto, os achados precisam ser interpretados com cautela dado aos desvios do estudo (por exemplo, atraso no início da intervenção, greve dos professores) que ocorreram durante a intervenção.<br>Abstract : The aim of this study was to analyze published interventions, and test an intervention with evidence-based strategies to promote cardiorespiratory fitness (CRF) and identify whether the changes observed in CRF are related to changes in levels of physical activity (PA) in students from 6th to 9th year of public schools in Florianópolis, SC. As the basis of this thesis was made a meta-analysis of school-based interventions to promote CRF in students. The searches were carried out in eight databases (Medline, Web of Science, Embase, Cochrane, PsycINFO, Scopus, Lilacs [Portuguese and English] and SportDiscus) in August 2012 and updated in March 2014. Studies were evaluated for methodological quality by specific instrument for clinical trials. All steps were realized by peers. Forty publications of 30 interventions were included in the review and 25 of them were meta-analyzed. The effect of interventions in CRF was moderate and significant (SMD = 0.68, CI 95% = 0.45, 0.90), with high heterogeneity (I² = 97%). The effect size varied significantly according to age group, sample size, intervention environment strategies in the intervention group (IG), CRF priority in the study, test and indicator of CRF, duration of sessions, weekly frequency, intervention duration and presentation of results by sex. Therefore, an intervention based on evidence raised was implemented in the meta-analysis adjusted to the Brazilian reality, and tested in a sample from 6th to 9th year. The sample was estimated by effect size found in the meta-analysis, with 30% addition to possible dropouts, resulting in 46 students each group (IG and control group [CG]). The intervention was proposed for 14 weeks and involved educational strategies on health and lifestyle, stretching exercises, strength and CRF in Physical Education (PE), promotion of active recreation and pamphlets delivery to parents and students. The CG has maintained traditional activities. The CRF was appreciated by the time students remained in the test (minutes), number of laps completed, covered stages and the maximum oxygen consumption (VO2max), obtained by 20-meters shuttle run test.14VO2max and PA were classified according to specific cutoff points. As control variables were considered: baseline of each measure of CRF, sex, age, economic class, sexual maturity, the sum of the triceps and subscapular skinfolds, total PA and at school, and attendance in PE classes. Assessments in the pre- and post-test were conducted during the first semester of 2015. The size of the effect of the intervention in CRF was 0.15 (CI 95% = -0.04, 0.34). In intragroup comparisons, VO2max decreased significantly in the CG. After adjusting for control variables, differences between IG vs CG was not significant (p>0.05). No significant interactions were found. In the study of the combinations, the odds was less to maintaining the combined low CRF with worsening levels of PA (OR = 0.07; CI 95% = 0.01, 0.61, p=0.016) and greater improvement/maintenance of CRF and maintenance PA <420 min/week (OR = 2.07; CI 95% = 1.17; 3.66, p=0.006) for the IG compared to the CG. The "MEXA-SE" (move yourself) assisted in the maintenance of CRF, while the traditional activities contributed to the reduction of VO2max. However, the findings need to be interpreted with caution since the study of the deviations that occurred during the intervention.Petroski, Edio LuizUniversidade Federal de Santa CatarinaMinatto, Giseli2017-01-10T03:12:26Z2017-01-10T03:12:26Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis351 p.| il., tabs.application/pdf343181https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/172256porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-01-10T03:12:26Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/172256Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-01-10T03:12:26Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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