A Morte e a morte de Quincas Berro D'Água (1961) de Jorge Amado e suas traduções por Shelby (1965) e Boisvert (1961), a partir dos "métodos" de Schleiermacher
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247824 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2023. |
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A Morte e a morte de Quincas Berro D'Água (1961) de Jorge Amado e suas traduções por Shelby (1965) e Boisvert (1961), a partir dos "métodos" de SchleiermacherTradução e interpretaçãoSchleiermacher, Friedrich, 1768-1834 Tradução e interpretação na literaturaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2023.Nesta pesquisa, nos centramos no texto de Jorge Amado, A Morte e a morte de Quincas Berro D'Água, lançado em 1961 na coletânea Os Velhos Marinheiros. Conhecido por ter trazido o "falar baiano" para a literatura brasileira escrita, e por tratar de assuntos normalmente "locais" da Bahia, Amado é ao mesmo tempo um dos autores brasileiros mais traduzidos no mundo, tendo sido múltiplas vezes descrito como um escritor "universal". A partir dessa problemática, delineamos o objetivo desta pesquisa: estudar a maneira como dois tradutores, em línguas diferentes, lidaram com um recorte de termos e expressões de Quincas, referências ao universo da cidade de Salvador. Os tradutores são Georges Boisvert, com tradução publicada na França em 1961, e Barbara Shelby, que lançou sua versão nos Estados-Unidos em 1965. Uma constatação nos levou a usar dois métodos sentidos em um ensaio do teólogo alemão do século XIX, Friedrich Schleiermacher, como guia para a análise. As traduções parecem ilustrar, cada uma, cada um de seus dois métodos opostos. Assim os compreendemos: ou o tradutor move o autor completamente o lugar que ocupa o leitor ou leitora, e ao universo que lhe é familiar, ou move esse leitor em direção ao autor, até o lugar que ele próprio (o tradutor ou tradutora) ocupa e que lhe é estranho. Para contextualizar as reflexões de Schleiermacher, o estudo se valeu de pesquisas sobre pensadores humanistas alemães, principalmente sobre o contemporâneo a Schleiermacher, Wilhelm von Humboldt, e sua concepção acerca da linguagem. Enquanto as fontes envolvidas com a obra de Amado permitiram vislumbrar a multiplicidade de línguas que falavam para essa obra, o estudo do contexto das traduções de Shelby e Boisvert nos levou à descoberta de viagens, trocas, correspondências e relações humanas transformadas no século XX, entre Jorge Amado, seus editores e tradutores. Durante a investigação, as traduções confirmaram na prática algo que se entrevia, em teoria, no ensaio de Schleiermacher: a imprecisão das fronteiras entre seus dois "métodos". Nas relações latentes entre as três línguas que formam os textos do nosso estudo, o português brasileiro, o francês da França e o inglês americano, resistem que "autor/a", "leitor/a" e "tradutor/a" não são, afinal , instâncias tão separadas como costumamos pensar.RÉSUMÉ: Cette recherche s'est dédiée au texte de Jorge Amado, A Morte e a morte de Quincas Berro D'Água, publié en 1961 dans le recueil Os Velhos Marinheiros. Connu pour avoir introduit dans la littérature brésilienne écrite le « parler » de Bahia, ainsi que pour ses oeuvres qui traitent de thèmes spécifiquement « locaux » de cette région du nord-est du Brésil, Amado est aussi un des auteurs brésiliens les plus traduits dans le monde, ayant même été plusieurs fois décrit comme un écrivain « universel ». À partir de cette problématique s?est dégagé notre objectif, d?analyser la manière dont deux traducteurs ont traité, dans leurs langues différentes, un découpage de termes et d?expressions de Quincas, références à la ville de Salvador. Georges Boisvert publia sa traduction en France en 1961, et Barbara Shelby, aux États-Unis en 1965. Deux méthodes de traduction décrites dans un essai du théologien allemand du XIXème siècle, Friedrich Schleiermacher, nous ont servi comme guides. Ce choix est dû à une constatation : les deux traductions semblent illustrer, chacune, une des deux méthodes opposées du théologien. Nous les comprenons ainsi : soit le traducteur emmène l'auteur directement jusqu'au lieu qu'occupe le lecteur ou la lectrice, et à l'univers qui lui est familier, soit il emmène ce lecteur en direction de l'auteur, jusqu'au lieu que lui-même (le traducteur ou la traductrice) occupe et qui lui est étrange. Deslectures à propos de penseurs humanistes allemands nous ont servi à mieux comprendre les réflexions de Schleiermacher, surtout à propos de son contemporain, Wilhelm von Humboldt, et sa conception du langage. Tandis que des sources concernées par l'oeuvre d'Amado ont permisd?entrevoir la multiplicité de langues ayant contribué à cette oeuvre, l?étude du contexte des traductions de Shelby et Boisvert nous a menées à la découverte de voyages, d?échanges, de correspondances et de relations humaines établies au XXème siècle entre Jorge Amado, ses éditeurs et traducteurs. Au cours de notre analyse, les traductions ont confirmé en pratique ce que nous entrelisions, en théorie, dans l'essai de Schleiermacher : l'imprécision des frontières entre ses deux « méthodes ». À partir des relations latentes entre les trois langues qui forment les textes de notre étude, le portugais brésilien, le français de France et l?anglais américain, nous avons découvert que « auteur/e », « lecteur/e » et « traducteur/e » ne sont pas, finalement, des instances aussi séparées que nous avons l'habitude de croire.Santos, Sheila Maria dosUniversidade Federal de Santa CatarinaRezende, Alice Soldan2023-06-28T18:28:24Z2023-06-28T18:28:24Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis133 p. ; il.application/pdf382345https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247824porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-09-01T15:14:35Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/247824Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-09-01T15:14:35Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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