Assédio moral no trabalho: o contexto dos servidores da Universidade Federal de Santa Catarina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95904 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Administração |
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Assédio moral no trabalho: o contexto dos servidores da Universidade Federal de Santa CatarinaAdministraçãoAssédio no ambiente de trabalhoFlorianopolis (SC)Servidores publicosAssédio moralDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em AdministraçãoO assédio moral no trabalho pode ser definido como repetidos comportamentos, ações e práticas hostis, dirigidos a um ou mais trabalhadores de forma consciente ou inconsciente, que podem trazer danos à integridade psíquica ou física do indivíduo, além de interferir no desempenho e no ambiente de trabalho. A violência expressa nessas ações e comportamentos hostis faz parte das relações humanas desde os tempos mais remotos, ou seja, a violência moral pode ser considerada tão antiga quanto o próprio trabalho. Entretanto, é nos últimos anos que passa a ser considerada uma forma de violência perversa e que repercute no conjunto biopsicossocial do trabalhador e objeto de estudo de pesquisadores. Apesar do destaque na mídia, os trabalhadores ainda desconhecem o tema, sua definição e características. Do mesmo modo, devido à sutileza das violências, as hostilidades muitas vezes são vistas como brincadeiras normais do ambiente de trabalho, que podem até ultrapassar este meio. Doravante, há ambientes de trabalho que podem ser considerados mais propensos à ocorrência desse problema pelas circunstâncias da própria organização, como é o caso do setor do ensino/educação. As práticas violentas nestes ambientes não estão relacionadas diretamente à produtividade, mas à recusa de diferenças e às disputas de poder. Uma vez que aquele que detém o poder, formal e/ou informal, ou faz parte de um grupo dominante dita as normas e regras de comportamento. O presente trabalho teve como lócus de análise a Universidade Federal de Santa Catarina, uma instituição que completou 50 anos de existência, a qual necessita de medidas de prevenção, combate e divulgação ao assédio moral no trabalho na instituição. Mediante este contexto, esta pesquisa teve como objetivo analisar as características de assédio moral no trabalho identificadas pelos servidores da Universidade Federal de Santa Catarina. Para os fins a que se propõe esta pesquisa, os procedimentos metodológicos seguiram uma abordagem descritiva, caracterizando-se ainda como pesquisa aplicada, estudo de caso, pesquisa bibliográfica e documental, tendo uma abordagem quantitativa e qualitativa. O universo desta pesquisa foi a Universidade Federal de Santa Catarina, sendo que as unidades de análise foram os servidores docentes e técnico-administrativos desta instituição. Portanto, para a coleta de dados foi disponibilizado um questionário em formato online, o qual foi divulgado pelo NPD e sindicatos, além do envio de e-mails pelo pesquisador. A população acessível, respondente do questionário online foi de 279 servidores. Posteriormente a resposta do questionário, foram realizadas 7 entrevistas com pesquisados que se disponibilizaram a detalhar as situações vividas/vivenciadas e/ou conhecidas. Em relação à análise dos dados, as informações provenientes do questionário online foram analisadas seguindo uma abordagem de análise quantitativa, utilizando-se técnicas descritivas de análise, já as entrevistas foram analisadas por meio da análise de conteúdo. As conclusões desta pesquisa permitiram identificar que 4,6% dos respondentes são vítimas semanalmente ou diariamente de situações que envolvem a deterioração proposital das condições de trabalho, 5,1% sofrem de isolamento e recusa de comunicação, 3,7% são alvos de situações de atentado contra dignidade e 1,4% são vítimas de violência verbal, física ou sexual. Cerca de 27,6% dos pesquisados se identificaram como vítimas de assédio moral. Destes, 70,1% são vítimas de 2 ou mais agressores, que em sua maioria são colegas de trabalho (45,5%) e superiores hierárquicos (44,2%) do sexo masculino (41,6%). Apenas 24,7% dos pesquisados que se identificaram como vítimas afirmaram que prestaram queixa, formal ou informal, que de forma geral foram #ignoradas# ou não resultaram em nada. As principais consequências identificadas pelas vítimas no que tange aos efeitos psíquicos e físicos foram: estresse, desânimo, desmotivação, distúrbio de sono, depressão, baixa autoestima, perturbação/problemas físicos, dores de cabeça, aumento de peso, dores musculares e no peito. Além destes, outros efeitos foram a diminuição da produtividade, vontade de largar o cargo ou se aposentar, conflitos conjugais e outros. No que diz respeito às políticas ou práticas de prevenção e combate ao assédio moral, 47,7% dos participantes afirmaram que a prática do assédio no ambiente universitário é comum e 56,3% não sabem se existem orientações aos funcionários acerca da temática. Bem como, 81,4% afirmaram que durante sua vida na instituição os treinamentos e capacitações realizadas não abordaram esta temática. A existência de uma política ou práticas de prevenção e combate ao assédio moral desenvolvida pela instituição não é constatada por 80,6% dos pesquisados. Entretanto, 34,1% relacionam que a criação e aplicação de uma política ou prática de prevenção e combate ao assédio já é o começo para combater este mal. A existência do assédio moral na instituição é algo concreto, entretanto, a sua divulgação ainda é baixa, pois apenas 24,7% afirmaram ter conhecimento da divulgação do tema na instituição. Doravante, é necessário não somente a divulgação da temática na UFSC, mas também a criação e aplicação de políticas e medidas de prevenção e combate que garantam a efetividade de todo o processo, seguindo o princípio da isonomia, onde todos são tratados de forma igual. Com o desenvolvimento destas políticas e a divulgação do tema, a instituição poderá inibir e diminuir a ocorrência desta violência que não prejudica apenas a vítima, mas toda a comunidade universitáriaFlorianópolis, SCTolfo, Suzana da RosaUniversidade Federal de Santa CatarinaNunes, Thiago Soares2012-10-26T07:00:15Z2012-10-26T07:00:15Z20112011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis281 p.| il., tabs.application/pdf288978http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95904porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-10-26T07:00:15Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/95904Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732012-10-26T07:00:15Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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