Particípios duplos: usos, desusos e alguns "intrusos"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miara, Fernanda Lima Jardim
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/107342
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2013.
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spelling Particípios duplos: usos, desusos e alguns "intrusos"LinguísticaMudanças linguísticasLingua portuguesaParticípioLingua portuguesaGramáticaEstudo e ensinoSociolinguisticaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2013.Esta pesquisa tem como objetivo investigar a variação nas formas de particípio no PB ? regulares e irregulares ?, em sentenças ativas, com os auxiliares ter e haver, e em sentenças passivas, com o auxiliar ser, com base em uma análise sincrônica de doze verbos, a saber, salvar, imprimir, entregar, pagar, ganhar, gastar, pegar, abrir, escrever, chegar, trazer e descobrir. Nosso modelo teórico-metodológico está fundamentado na Teoria da Variação e Mudança Linguística, proposta por Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]), que assume a língua como sendo sistematicamente heterogênea e moldada tanto por fatores internos como externos. A amostra sincrônica é formada por (i) um teste de atitude, aplicado a informantes catarinenses, que tem como propósito observar quais formas de particípio são avaliadas positiva ou negativamente, quando inseridas em sentenças ativas e passivas, e por (ii) um corpus escrito, extraído do jornal Diário Catarinense online, referente a publicações e postagens do ano de 2012. Os resultados deste trabalho já apontam que, além de serem as formas mais bem avaliadas, os particípios irregulares também são as formas mais recorrentes na escrita, principalmente quando a sentença é constituída pelo auxiliar ser. Por outro lado, a análise dos testes subjetivos e dos dados escritos coletados mostra que há itens lexicais que ainda resistem à direção de mudança da terminação de ?do para ?o, como é o caso atual, por exemplo, do verbo trazer (trazido ? trago), ao passo que a mudança também é registrada na direção de ?o para ?do, como ocorre com o verbo descobrir (descoberto ? descobrido), porém com um percentual menor de aplicação. Quanto às variáveis linguísticas controladas para o teste de atitude, foram significativos o item lexical e o tipo de sentença ? ativa e passiva ?, mostrando que a escolha pelo particípio varia de verbo para verbo e que as formas irregulares de particípio recebem avaliação positiva, independentemente de constituírem sentenças ativas ou passivas. Para o corpus escrito, se mostraram relevantes as variáveis independentes linguísticas item lexical, tipo de sentença ? ativa e passiva ?, animacidade do sujeito e número de argumentos do verbo, nessa ordem. Parece que: a escolha pelo particípio está diretamente relacionada ao verbo que compõe a sentença, apresentando maior variação na voz ativa e um uso quase categórico de particípios irregulares na voz passiva; sentenças formadas com os auxiliares ter e haver selecionam, preferencialmente, sujeitos animados, ao passo que, sentenças formadas com o auxiliar ser, selecionam, na maior parte dos casos, sujeitos inanimados; e, por fim, quanto ao número de argumentos do verbo, bitransitivos selecionam com mais frequência formas irregulares de particípio. Vale ressaltar também que, ao compararmos os resultados dos dois corpora, verificamos maior obediência à variedade padrão nos dados escritos, uma vez que o uso de formas regulares de particípio foi mais frequente, neste corpus, em sentenças ativas, enquanto em sentenças passivas, houve maior uso de particípios irregulares, o que não ocorreu com a avaliação dos informantes, os quais mostraram preferir, em ambos os tipos de sentença, particípios irregulares. As variáveis independentes extralinguísticas, nas amostras avaliada ? sexo/gênero, idade, escolaridade ? e escrita ? gênero textual/discursivo ?, não foram selecionadas como relevantes para tentar explicar a variação no uso dos particípios duplos. <br>Coelho, Izete LehmkuhlUniversidade Federal de Santa CatarinaMiara, Fernanda Lima Jardim2013-12-05T23:51:47Z2013-12-05T23:51:47Z2013-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis239 p.| il., grafs., tabs.application/pdf319589https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/107342porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-01-12T02:36:01Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/107342Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-01-12T02:36:01Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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