A neurobiologia de um modelo animal de polimento de treinamento resistido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Limana, Mirieli Denardi
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234849
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2022.
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spelling A neurobiologia de um modelo animal de polimento de treinamento resistidoNeurociênciasTreinamento de forçaNeurobiologiaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2022.Nos esportes de elite, reduzir a carga de treinamento antes de uma grande competição é uma estratégia comum para obter um pico de desempenho em uma ampla variedade de eventos esportivos. O treinamento bruto é polido nesta etapa final para que os atletas ?brilhem? nas competições. O polimento (do inglês tapering) é um mesociclo da periodização, sendo a última etapa de um programa de treinamento bem planejado na qual há uma redução na carga de treinamento, com o propósito de reduzir a fadiga acumulada e maximizar as adaptações fisiológicas e psicológicas, e consequentemente, aumentar o desempenho esportivo. Desconhece-se a existência de estudos em modelo animal de exercicio resistido que mimetize um protocolo de treinamento atlético com características de polimento. Além disso, faz-se necessário avaliar os aspectos neurobiológicos do polimento a fim de esclarecer os mecanismos que ocasionam a melhora no desempenho esportivo. Nesse sentido, o presente estudo objetivou analisar os mecanismos neurobiológicos decorrentes de um programa de treinamento resistido com polimento. Camundongos suíços machos com seis semanas de idades foram aleatoriamente divididos em grupo exercício, submetido a um protocolo de cinco semanas de treinamento resistido na escada vertical, e grupo controle, sedentário. As quatro primeiras semanas foram de treinamento com cargas progressivas. Ao término da quarta semana, os animais exercitados foram aleatoriamente divididos em grupo fortalecimento, cuja carga de treino na 5º semana continuou a ser progressiva, e grupo polimento, submetido a uma redução no volume de treinamento na última semana do protocolo. O treinamento resistido ocasionou hipertrofia com aumento da área de secção transversa do músculos quadríceps, com aumento expressivo da concentração plasmática da enzima creatina quinase. O polimento melhorou 4,4% o desempenho de camundongos no teste força máxima e aprimorou a força muscular de preensão em camundongos submetidos à redução no volume de treinamento após 4 semanas de sobrecarga progressiva. Além disso, o polimento reduziu o comportamento tipo-ansioso no teste de campo aberto e labirinto em cruz elevada, reduziu o comportamento tipo-depressivo ao reduzir a anedonia no teste de Borrifagem de sacarose, e reduziu a hiperalgesia mecânica no teste de Von Frey. Em relação à inflamação muscular, analisada por imunohistoquímica, o polimento reduziu os níveis de TNF-a nos músculos quadríceps e extensor radial longo do carpo. Os níveis de IL-6 e NF-?B aumentaram no quadríceps com o polimento. Em síntese, acreditamos que a soma dos achados deste estudo, ocorridos em virtude do polimento, contribuíram para a melhora do desempenho dos animais. Considerando-se o conceito de polimento, sugerimos que conseguimos desenvolver o primeiro modelo animal de polimento, neste caso, a partir de um treinamento resistido na escada vertical. Assim, todos os resultados obtidos neste estudo são inéditos, melhoram o conhecimento da biologia do polimento desportivo, além de potencialmente colaborar para estudos futuros nas ciências do esporte, incluindo as neurociências.Abstract: In elite sports, reducing training load before a major competition is a common strategy for peaking performance in a wide variety of sporting events. Rough training is polished in this final step so that athletes ?shine? in competition. Tapering is a periodization mesocycle, the last step of a well-planned training program in which there is a reduction in training load, with the purpose of reducing accumulated fatigue and maximizing physiological and psychological adaptations, and consequently, increasing sports performance. It is unknown the existence of studies in an animal model of resistance exercise that mimic an athletic training protocol with tapering characteristics. In addition, it is necessary to evaluate the neurobiological aspects of tapering in order to clarify the mechanisms that lead to an improvement in sports performance. In this sense, the present study aimed to analyze the neurobiological mechanisms resulting from a resistance training program with tapering. Six-week-old male Swiss mice were randomly divided into an exercise group, submitted to a five-week vertical ladder resistance training protocol, and a sedentary control group. The first four weeks were training with progressive loads. At the end of the fourth week, the animals who exercised were randomly divided into a strengthening group, whose training load in the 5th week continued to be progressive, and a tapering group, submitted to a reduction in the training volume in the last week of the protocol. Resistance training caused hypertrophy with an increase in the cross-sectional area of the quadriceps muscles, with a significant increase in the plasma concentration of the enzyme creatine kinase. Tapering improved the performance of mice in the maximal strength test by 4.4% and improved grip muscle strength in mice subjected to reduced training volume after 4 weeks of progressive overload. In addition, tapering reduced anxiety-like behavior in the open field and elevated plus maze test, reduced depressive-like behavior by reducing anhedonia in the Sucrose Spray test, and reduced mechanical hyperalgesia in the Von Frey test. Regarding muscle inflammation, analyzed by immunohistochemistry, tapering reduced the levels of TNF-a in the quadriceps and extensor carpi radialis muscles. IL-6 and NF-?B levels increased in quadriceps with tapering. To put it concisely, we believe that the sum of the findings of this study, which occurred as a result of tapering, contributed to the improvement of the animals' performance. Considering the concept of tapering, we suggest that we were able to develop the first animal model of tapering, in this case, from resistance training on the vertical ladder. Therefore, all the results obtained in this study are unprecedented, they improve the data of the sports tapering?s biology as well as potentially collaborate for future studies in the sports sciences, including neurosciences.Aguiar Júnior, Aderbal SilvaSperetta, Guilherme Fleury FinnaUniversidade Federal de Santa CatarinaLimana, Mirieli Denardi2022-05-19T14:50:34Z2022-05-19T14:50:34Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis81 p.| il., gráfs.application/pdf375041https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234849porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-05-19T14:50:34Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/234849Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-05-19T14:50:34Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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