Neorrealismo e mundividência em "Unhas Negras": uma memória dos vencidos
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/204525 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2019. |
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Neorrealismo e mundividência em "Unhas Negras": uma memória dos vencidosLiteraturaLiteratura portuguesaNeorrealismoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2019.A presente dissertação visa a des(en)cobrir a história dos operários chapeleiros da cidade portuguesa de São João da Madeira, por intermédio do romance Unhas Negras, publicado em 1953. O seu autor, João da Silva Correia, escreveu durante a Segunda Guerra Mundial palestras contra o nazismo lidas ao vivo pela rádio BBC, de Londres, sob o pseudônimo João Ninguém . Partindo do princípio de se tratar de um romance neorrealista e da hipótese de que o movimento neorrealista português procurou, de maneira peculiar, restituir voz aos emudecidos da história, aos vencidos de que fala Walter Benjamin, ou desvelar o testemunho mudo a que se refere Jacques Rancière, são também analisados o contexto histórico em que viveram esses operários e a própria mundividência de João da Silva Correia, testemunho memorial e ocular da realidade passada de sacrifícios e opressão na indústria chapeleira local, em um tempo de indignidade, exploração brutal, experiência devastada e ausência de direitos. A história particular desses operários nos idos de 1914, conhecidos como unhas negras , faz parte também da história maior do século XX comentada por Susan Buck-Morss, a de um mundo de sonho cuja utopia das massas esfacelou-se sob a catástrofe do pesadelo desenvolvimentista , do progresso e da indústria, ou a da distopia econômica disfarçada de democracia apontada por Alain Badiou.Abstract : The present research aims to uncover the history of the workers of the Portuguese city of São João da Madeira, through the novel Unhas Negras, published in 1953. Its author, João da Silva Correia, wrote during World War II lectures against Nazism read live on BBC radio in London under the pseudonym \"João Ninguém\". Based on the principle of being a neorealist novel and the hypothesis that the Portuguese neorealist movement sought, in a peculiar way, to restore voice to the mute of history, to the vanquished of whom Walter Benjamin speaks, or to unveil the mute testimony to which Jacques Rancière refers, we also analyze the historical context in which these workers lived and João da Silva Correia's own worldliness, a memorial and ocular testimony of past reality of sacrifices and oppression in the local plate industry, in a time of indignity, brutal exploration, devastated experience and absence of dignity. The particular history of these workers in 1914, known as \"unhas negras\", is also part of the larger twentieth-century story commented on by Susan Buck-Morss, that of a \"dream world\" whose \" mass utopia\" collapsed under the catastrophe of the \"developmental nightmare,\" of progress and industry, or of the \"economic dystopia\" disguised as \"democracy\" by Alain Badiou.Peterle, PatriciaFurlan, StélioUniversidade Federal de Santa CatarinaMoura, Rafael Reginato2020-02-28T18:06:58Z2020-02-28T18:06:58Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis211 p.| il.application/pdf362399https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/204525porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-02-28T18:06:58Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/204525Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-02-28T18:06:58Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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