Farinha de microalgas como ingrediente em dietas para o camarão-branco-do-pacífico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guimarães, Ariane Martins
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231175
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2021.
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spelling Farinha de microalgas como ingrediente em dietas para o camarão-branco-do-pacíficoAquiculturaLitopenaeus vannameiMicroalgasÁcidos graxosTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2021.O objetivo desta tese foi avaliar o uso da farinha das microalgas Nannochloropsis spp. e Aurantiochytrium sp. como ingredientes na ração para o camarão-branco-do-pacífico. Foram realizados dois experimentos, no primeiro foi avaliada a digestibilidade da farinha de Nannochloropsis spp. pelo Litopenaeus vannamei e seus efeitos nos parâmetros imunológicos, microbiologia do intestino e a resistência dos camarões ao choque térmico, após 15 dias de alimentação com dietas contendo 0, 0,5, 1 e 2% da microalga. No segundo experimento ambas as microalgas foram utilizadas na substituição do óleo de peixe das dietas, na taxa de 0, 25, 50, 75 e 100% de substituição. Conforme se substituía o óleo pelas farinhas se manteve a proporção dos ácidos graxos docosahexahenóico (DHA) e eicosapentahenóico (EPA) entre as dietas. Após 49 dias de cultivo se avaliou os parâmetros zootécnicos dos animais e se fez a análise do perfil de ácidos graxos do músculo dos animais. Quanto aos resultados, a digestibilidade da farinha de Nannochloropsis spp. foi total para alguns ácidos graxos importantes e para proteína; e alta para lipídeos em geral (78,88%) e ácido graxo EPA (73,86%). Os camarões alimentados com a dieta suplementada com Nannochloropsis spp. (0,5 e 2%) apresentaram maior resistência ao teste de estresse térmico em baixa temperatura, em relação ao grupo controle (sem adição). Foi observada diferença significativa nas espécies reativas de oxigênio, onde se pode observar que nos níveis 1 e 2% de inclusão os animais estavam mais imunoestimulados que os demais tratamentos, sendo capazes de produzir mais EROs. A formulação do segundo experimento se mostrou adequada e foi refletida no crescimento dos animais, que foi em média 1,89 gramas por semana. Não houve diferença estatística significativa nos parâmetros zootécnicos entre os tratamentos nem na composição em ácidos graxos no músculo dos animais. A sobrevivência ficou elevada e a substituição total do óleo de peixe não prejudicou esses parâmetros, uma vez que o crescimento foi semelhante entre os camarões do controle e do tratamento com 100 % de substituição. Desta forma, fica evidenciado que a adição de Nannochloropsis spp. na dieta de camarões (0,5% e 2%) aumenta sua resistência ao choque térmico e sua capacidade em produzir EROs e que a dieta com 100 % de substituição do óleo de peixe pela farinha de microalgas não prejudicou o crescimento dos camarões, mostrando que é possível a formulação de uma dieta de alto desempenho sem nenhum ingrediente de origem marinha (óleo ou farinha de peixe) contribuindo para a sustentabilidade da aquicultura.Abstract: The objective of this thesis was to evaluate the use of Nannochloropsis spp. and Aurantiochytrium sp. as ingredients in the ration for white shrimp. Two experiments were carried out, in the first one the digestibility of Nannochloropsis spp. by Litopenaeus vannamei and its effects on immunological parameters, gut microbiology and resistance of shrimp to heat shock, after 15 days of feeding with diets containing 0, 0.5, 1 and 2% microalgae. In the second experiment, both microalgae were used to replace fish oil in the diets, at a rate of 0, 25, 50, 75 and 100% replacement. As the oil was replaced by flour, the proportion of docosahexahenoic (DHA) and eicosapentahenoic (EPA) fatty acids among the diets was maintained. After 49 days of culture, the zootechnical parameters of the animals were evaluated and the fatty acid profile of the animals' muscles was analyzed. As for the results, the digestibility of Nannochloropsis spp. it was total for some important fatty acids and for protein; and high for lipids in general (78.88%) and EPA fatty acid (73.86%). Shrimps fed the diet supplemented with Nannochloropsis spp. (0.5 and 2%) showed greater resistance to the thermal stress test at low temperature, compared to the control group (without addition). A significant difference was observed in reactive oxygen species, where it can be observed that at levels 1 and 2% of inclusion the animals were more immunostimulated than the other treatments, being able to produce more ROS. The formulation of the second experiment proved to be adequate and was reflected in the growth of the animals, which averaged 1.89 grams per week. There was no statistically significant difference in the zootechnical parameters between treatments or in the fatty acid composition of the animals' muscle. Survival was high and total replacement of fish oil did not affect these parameters, as growth was similar between control and 100% replacement treatment shrimp. Thus, it is evident that the addition of Nannochloropsis spp. in the shrimp diet (0.5% and 2%) it increases its resistance to heat shock and its capacity to produce ROS and that the diet with 100% replacement of fish oil by microalgae flour did not harm the growth of the shrimp, showing that it is possible to formulate a high performance diet without any ingredients of marine origin (oil or fishmeal) contributing to the sustainability of aquaculture.Vieira, Felipe do NascimentoPereira, Gabriella do ValeUniversidade Federal de Santa CatarinaGuimarães, Ariane Martins2022-02-14T13:34:07Z2022-02-14T13:34:07Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis80 p.| il., gráfs.application/pdf374143https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231175porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-02-14T13:34:07Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/231175Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-02-14T13:34:07Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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