Tópico, foco e construções de clivagem no japonês
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227369 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Lingüística, Florianópolis, 2015. |
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Tópico, foco e construções de clivagem no japonêsLinguísticaLíngua japonesaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Lingüística, Florianópolis, 2015.Esta dissertação busca identificar e descrever as construções de clivagem do Japonês, que é um processo sintático destinado a focalizar constituintes na sentença. Fazemos uma breve investigação sobre o modo como determinadas propriedades da língua interagem com a sintaxe da clivagem. Para que essas propriedades sejam visíveis, lançamos mão da comparação do Japonês com o Português Brasileiro e tomamos como base a Teoria Gerativa. Parte-se da hipótese de que as propriedades do Japonês, tais como a marca morfológica de caso e de tópico, a ordem SOV, a natureza do complementizador e da cópula podem contribuir para estabelecer quais são as estruturas da clivada e da pseudoclivada. A literatura sobre o assunto tem mostrado que o Português Brasileiro apresenta uma rica gama de construções de clivagem, conhecidas como sentenças clivada, pseudoclivada, semiclivada, clivada reduzida, clivada invertida, pseudoclivada extraposta entre outras. Já o Japonês parece não apresentar tanta variedade de clivagem. É consenso que, no Português Brasileiro, a estrutura da sentença clivada canônica apresenta a sequência [Cópula + XP(foco) + CP(que+pressuposição)] e, a pseudoclivada, a sequência [CP(Wh+pressuposição) + Cópula + XP(foco)]. No Japonês, a literatura considera que a estrutura das sentenças de clivagem no Japonês apresentam a sequência [CP(pressuposição+no+wa) + XP(foco) + Cópula], podendo o constituinte foco ser marcado pelo morfema de caso ou não. Essa opcionalidade da marca de caso envolve questões sintáticas e semânticas distintas e, segundo a literatura, é o que define a classificação entre sentença clivada e pseudoclivada no Japonês. Para que possamos identificar e descrever essas sentenças, averiguamos, primeiro, se os morfemas conhecidos como marcador de tópico /-wa/ e de foco /-ga/ são evidências para se postular as projeções de tópico e de foco respectivamente, já que são categorias que aparecem nas construções de clivagem do Japonês. Consideramos que a realização desses morfemas não são suficientes para se postular a projeção das categorias de tópico e foco. Observamos, contudo, que a oração pressuposta marcada por /-wa/ nas construções de clivagem é um tópico e que o morfema /-ga/ não marca necessariamente os constituintes foco nessas construções. Descrevemos ainda que o complementizador /-no/ e a marca (ou ausência) de caso do foco são elementos chave para a identificação do tipo de clivagem e sua estrutura. Do ponto de vista semântico, apresentamos a possibilidade de interpretações predicacional e especificacional dessas construções no Japonês quando da ausência do morfema de caso do foco. Já nos casos em que o foco tem seu caso marcado, a interpretação é apenas especificacional. Quanto à sintaxe, a estrutura proposta para as sentenças clivadas é de que o XP-foco é movido de sua posição inicial para spec-FocP, cujo núcleo é a cópula /?da/. E, então, o remnant nominalized FinP que contém a oração pressuposta ? cujo núcleo é o introdutor de uma proposição finita /-no/, e de onde o foco já sofreu movimento ? é topicalizado para spec-TopP, e lá recebe a marca de tópico /-wa/. Para as sentenças pseudoclivadas, adotamos parcialmente a análise de Kato e Mioto (2009) para o Japonês, porém, algumas lacunas ficam em aberto para estudos futuros ? em especial, a explicação sintática para a perda do morfema de caso do foco.Abstract: This thesis aims to identify and describe cleft constructions in Japanese - constructions that use a syntact process to focalize constituents in the sentence. We present a brief investigation on how properties of this language interact with the syntax of clefts. In order to make these properties clearer, we resort to the comparison between Japanese and Brazilian Portuguese and we base this work on the Generative Theory. We take the hypothesis that Japanese properties, as for example, the morphological Case and the topic marker, the SOV order, the nature of the complementizer and of the copula can help to stablish what are the structures of clefts and pseudoclefts. The literature on this topic has shown that Brazilian Portuguese has a rich variety of cleft constructions, known as clefts, pseudoclefts, semiclefts, reduced clefts, inverted clefts, extraposed pseudoclefts, etc. On the other hand, Japanese doesn?t seem to present such variety in clefting. It?s consensuos that, in Brazilian Portuguese, the structure of the canonical cleft sentence has the following sequence [Copula + XP(focus) + CP(que+presupposition)] and the pseudocleft has the sequence [CP(Wh+presupposition) + Copula + XP(focus)]. As for Japanese, the literature considers that the structure of cleft sentences has the sequence [CP(presupposition+no+wa) + XP(focus) + Copula], and the focus can be marked by Case morpheme or not. This optionality in Case marking involves distinct syntactic and semantic questions and, according to the literature, this is what defines the classification between cleft and pseudocleft sentences in Japanese. In order to identify and describe these sentences, first of all we investigate if the morphemes known as topic marker /-wa/ and focus marker /-ga/ are, in fact, evidence to postulate topic and focus projection, respectively, since they are categories that appear in cleft constructions in Japanese. We consider that the realization of these morphemes are not enough to one postulate the topic and focus categories. However, we observe that the clause interpreted as presupposition marked by /-wa/ in cleft constructions is a topic and that /-ga/ morpheme doesn?t necessarily mark the focus constituent in these constructions. We also show that the complementizer /-no/ and the Case marker (or its absence) in the focus are key elements to identify the clefting type and its structure. From the semantic point of view, we show the possibility of a predicational and specificational interpretation for these constructions in Japanese when there?s no Case morpheme in the focus. On the other hand, when the focus is marked for Case, the interpretation is only specificational. As for the syntax, in the structure proposed for the cleft sentences, the XP-focus is moved from its initial position to Spec-FocP, headed by the copula /-da/. Then, the remnant nominalized FinP (from where the focus was moved), that stands for the presupposition clause and whose head, /-no/, introduces a finite proposition, is topicalized to Spec-TopP and there gets the topic marker /-wa/. Finally, for the syntax of Japanese pseudoclefts, we partially follow the analysis of Kato & Mioto (2009); however, there remain some ?gaps? to be filled in future researches, specially the syntactic explanation to the loss or absence of Case morpheme in the focus.Quarezemin, SandraUniversidade Federal de Santa CatarinaYamamoto, Julia Orie2021-08-24T16:59:13Z2021-08-24T16:59:13Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis129 p.| il.application/pdf368145https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227369porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-08-24T16:59:13Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/227369Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-08-24T16:59:13Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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