Evolução do volume de madeira em floresta secundária da Mata Atlântica em Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zambiazi, Daisy Christiane
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/179803
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2017.
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spelling Evolução do volume de madeira em floresta secundária da Mata Atlântica em Santa CatarinaAgroecossistemasMadeiraSanta CatarinaFlorestasAdministraçãoSanta CatarinaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2017.Florestas secundárias se formam após o abandono de áreas cultivadas ou pastagens. Os processos de regeneração da floresta podem ter início imediato ou retardados pela natureza e intensidade dos distúrbios decorrentes do uso da terra. Em áreas em regeneração, a sucessão pode favorecer a produtividade de madeira por meio de espécies de rápido crescimento. O presente estudo teve como objetivo compreender a evolução da produtividade de madeira em florestas secundárias em diferentes estágios sucessionais no município de São Pedro de Alcântara, região da Floresta Ombrófila Densa da Mata Atlântica em Santa Catarina. Em uma cronossequência com vegetação com idades entre 2 e 50 anos, foram inventariadas áreas em quatro estágios sucessionais: arbustivo, de arvoretas, arbóreo pioneiro, e arbóreo avançado. Foram mensurados diâmetro à altura do peito (DAP) e altura total de 4.802 indivíduos arbóreos em parcelas de 10m x 10m, totalizando 0,62 hectares de área amostrada. As espécies arbóreas foram classificadas de acordo com o uso madeireiro: lenha, caixaria, construção e serraria. O volume total e o volume do fuste das espécies de interesse comercial para madeira foram calculados. As estimativas de volume total e de fuste foram determinadas por meio de equações matemáticas existentes para áreas de floresta secundária da região do estudo. As variáveis de volume foram calculadas para todas as árvores, agrupando os dados por parcela, uso madeireiro, estágio sucessional e espécies de interesse madeireiro, além da análise de volume para os estágios arbóreo pioneiro e arbóreo avançado. As variáveis de volume foram calculadas para classes de DAP de 15 a 30 centímetros e acima de 30 centímetros para as espécies destinadas à serraria para florestas com idade entre 20 e 40 anos. As análises foram realizadas por meio do software RStudio e pacote ggplot2. O volume total das árvores variou de 8 a 442 m³/ha, enquanto o volume de fuste variou de 12 a 332 m³/ha, respectivamente para florestas secundárias nos primeiros anos de regeneração e florestas com 45 anos de idade. A presença de regenerantes de espécies de interesse madeireiro como Miconia cabucu, Miconia cinnamomifolia, Hieronyma alchorneoides, Nectandra spp. e Virola bicuhyba foram registradas nos primeiros anos de sucessão, o que caracteriza o modelo sucessional como sendo do tipo ?composição florística inicial?. Espécies destinadas à serraria apresentaram os maiores volumes e estavam presentes em todas as classes diamétricas, o que demonstra que o ambiente da floresta secundária é propício ao crescimento de espécies produtoras de madeira. O estágio arbóreo pioneiro atingiu volume de madeira para serraria de 189 m³/ha, enquanto no estágio arbóreo avançado o volume máximo encontrado foi de 271 m³/ha. Para espécies destinadas à construção, o volume máximo chegou a 213 m³/ha. A espécie Miconia cinnamomifolia apresentou o maior volume médio de fuste no estágio arbóreo pioneiro, com 31 m³/ha, enquanto Hieronyma alchorneoides atingiu maior volume no estágio arbóreo avançado, com 22 m³/ha. A classe diamétrica com maior volume de fuste foi a de DAP = 30 cm, com 252 m³/ha, atingidos aos 35 anos, e distribuídos em 200 indivíduos por hectare. Conclui-se que florestas secundárias com idade entre 20 e 50 anos possuem árvores de valor comercial prontas para a colheita para produção de madeira, cujo aproveitamento para serraria aumenta ao longo do processo de sucessão.<br>Abstract : Secondary forests develop after the abandonment of agricultural fields or pastures. Forest regeneration processes can start immediately or be delayed by the nature and intensity of the disturbances resulting from land use. In regenerating areas, succession may favor wood productivity through fast growing species. The present study aimed to understand the dynamic evolution of wood productivity in secondary forests of different successional stages in the municipality of São Pedro de Alcântara, within the Brazilian Atlantic Forest of Santa Catarina State. In a chronosequence of vegetation between the ages of 2 and 50 years, areas of the Dense Ombrophylous Forest were classified into four successional stages: shrubby, small trees, arboreal, and advanced arboreal. The total 4,802 arboreal individuals were measured diameter at breast height (DBH) and total height on plots of 10m x 10m, totaling 0.62 hectares of sampled area, in the area. The tree species were classified according to timber use: fuelwood, packaging, sawnwood, and roundwood. Total and stem volume of commercial timber species were determined using existing mathematical equations for secondary forests in the region. The volume variables were calculated for all trees, grouping the data by plot, timber use, successional stage and species of timber interest, besides the volume analysis for the arboreal and advanced arboreal stages. Volume variables were calculated for DBH classes between 15 to 30 centimeters and over 30 centimeters for species destined for the roundwood in the time interval of 20 to 40 years. The analyses were performed using the RStudio software and the ggplot2 package. The total volume of trees varied from 8 to 442 m³ / ha), while the stem volume varied from 12 to 332 m³ / ha, respectively for the forests at the first years of regeneration and the forests that were 45 years old. Along the chronosequence the timber productivity increased with the successional stage differences. The presence of regenerants of commercial timber species such as Miconia cabucu, Miconia cinnamomifolia, Hieronyma alchorneoides, Nectandra spp. and Virola bicuhyba were recorded already in the first years of succession, what characterizes the successional model as ?initial floristic composition?. Species that produce sawnwood presented the largest volumes and were present in all diametrical classes, which demonstrates the suitability of the secondary forests environment to grow timber species. The arboreal stage reached highest volume of timber of 189 m³/ha, while in the advanced arboreal stage the highest volume was 271 m³/ha. For species used as construction material, the maximum volume reached 213 m³/ha. The species Miconia cinnamomifolia presented the highest stem mean volume in the arboreal stage, with 31 m³/ha, while Hieronyma alchorneoides reached the highest volume in the advanced arboreal stage, with 22 m³/ha. The diametrical class with the highest stem volume was DBH = 30 cm, with 252 m³/ha at 35 years of age, and distributed among 200 trees per hectare. We concluded that secondary forests between 20 and 50 years old hold trees of commercial size, whole utilization for timber production increases along the process of succession.Fantini, Alfredo CelsoUniversidade Federal de Santa CatarinaZambiazi, Daisy Christiane2017-09-26T04:21:08Z2017-09-26T04:21:08Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis95 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf348915https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/179803porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-09-26T04:21:08Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/179803Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-09-26T04:21:08Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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