Natureza e finitude em Heidegger
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/211401 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2019. |
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Natureza e finitude em HeideggerFilosofiaOntologiaExistencialismoFinitoFilosofia da naturezaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2019.A proposta da presente tese consiste em mostrar que há um conceito de finitude evidenciado a partir da vinculação com o natural e que é mais profundo do que o conceito de finitude existencial, advindo do conceito de ser para a morte. Neste sentido, para realizar essa interpretação será preciso apresentar as implicações da abordagem ontológica da natureza e do sentido de ser da vida para a interpretação ontológica da finitude do ser e do ser-aí humano, na obra de Martin Heidegger. A presente tese terá como base duas obras de Heidegger, a saber: Ser e Tempo (1927) e Os Conceitos Fundamentais da Metafísica: Mundo, Finitude e Solidão (1929/30). No período de tempo que compreende essas duas obras, já se insinua uma época de transição no pensamento de Heidegger. É possível ver essa mudança a partir de diversos temas pensados por Heidegger, tais como a transição da finitude de ser-aí para a finitude ser, de ser-no-mundo para formação de mundo, a mudança na compreensão da natureza e o seu sentido originário. Contudo, essa transição somente será possível de ser compreendia mediante o que pode ser chamado de hermenêutica da natureza e a partir da clarificação de outro fenômeno de extrema importância investigado por Heidegger na preleção de 1929/30, a saber: a questão da animalidade. Essa questão permite que se compreenda de um modo extremamente pungente não apenas a finitude do ser-aí humano, mas também da finitude de ser, pois o próprio fenômeno do mundo passa a ser problematizado. Neste sentido, a presente tese pressupõe algumas interpretações a serem apresentadas, como o fato de que nessa mesma transição está implicada a transição da finitude existencial para a finitude de ser, o conceito de ser-no-mundo para formação de mundo, o conceito transcendental de abertura para o conceito hermenêutico de acontecimento, e a destruição do conceito de natureza em diversos sentidos, cuja destruição possibilita a compreensão da natureza, da vida orgânica e dos círculos ambientais e a respectiva relação da natureza com ser-aí humano nos CFM. Por conseguinte, será preciso apresentar a ontologia fundamental, o conceito de finitude existencial, o conceito de natureza e vida orgânica, e a interpretação da articulação desses conceitos, sobretudo entre finitude existencial, natureza e finitude de ser. Ao mostrar o sentido originário da natureza, que aparece na relação entre o ser humano e os organismos vivos, como uma necessária retração na abertura de mundo do ser-aí humano, será possível investigar a caracterização heideggeriana de que o ser-aí humano é afetivamente em meio aos entes. Neste sentido, a natureza enquanto tal torna-se possível de ser compreendida em seu sentido originário somente a partir do problema da vida. Essa retração própria à vida problematiza justamente o conceito existencial de mundo, pois a temporalidade originária se mostra incapaz de compreender o sentido de ser da vida. Por fim, após mostrar o sentido de retração da natureza, destacado pelo sentido de ser da vida, será evidenciado o nexo entre finitude da existência, finitude de ser e natureza.<br>Abstract : The purpose of this thesis is to show that there is a concept of finitude evidenced from the connection with the natural and that is deep than the concept of existential finitude, coming from the concept of being for death. In this sense, in order to carry out this interpretation, it is necessary to present the implications of the ontological approach of nature and the meaning of being of life to the ontological interpretation of the finitude of being and human being in Martin Heidegger's work. The present thesis will be based on two works by Heidegger, namely: Being and Time (1927) and The Fundamental Concepts of Metaphysics: World, Finitude, Solitude (1929/30). In the period of time which comprises these two works, a time of transition in the thought of Heidegger is already insinuated. It is possible to see this change from several themes thought by Heidegger, such as the transition from the finitude of being-there to finitude being, from being-in-the-world to formation of the world, the change in the understanding of nature and its meaning originating. However, this transition can only be understood through what can be called the hermeneutics of nature and from the clarification of another phenomenon of extreme importance investigated by Heidegger in the 1929/30 lecture, namely: the question of animality. This question allows one to understand in an extremely penetrating way not only the finitude of the human being, but also the finitude of being, since the phenomenon of the world itself becomes problematized. In this sense, the present thesis presupposes some interpretations to be presented, such as the fact that in the same transition is implied the transition from existential finitude to finitude of being, the concept of being-in-the-world for the formation of the world, the transcendental concept of opening to the hermeneutic concept of event, and the destruction of the concept of nature in various senses, whose destruction makes possible the understanding of nature, organic life and environmental circles and the respective relationship of nature with human being in CFM. Therefore, it is necessary to present the fundamental ontology, the concept of existential finitude, the concept of nature and organic life, and the interpretation of the articulation of these concepts, especially between existential finitude, nature and finitude of being. By showing the original sense of nature that appears in the relationship between human beings and living organisms as a necessary retraction in the opening of the human being-there world, it will be possible to investigate the Heideggerian characterization that the human being is there affectively in the midst of the beings. In this sense, nature as such becomes possible to be understood in its original sense only from the problem of life. This retraction proper to life problematizes precisely the existential concept of the world, because the original temporality proves incapable of understanding the meaning of being of life. Finally, after showing the sense of withdrawal of nature, highlighted by the sense of being of life, the nexus between finitude of existence, finitude of being and nature will be evidenced.Drucker, Cláudia PellegriniUniversidade Federal de Santa CatarinaSilveira, André Luiz Ramalho da2020-08-20T05:25:42Z2020-08-20T05:25:42Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis248 p.application/pdf361850https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/211401porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-20T05:25:42Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/211401Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-08-20T05:25:42Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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