Excripta Cozarinsky
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/134799 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015. |
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Excripta CozarinskyLiteraturaExilioCinema e literaturaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015.A proposta desta tese é o estudo do exílio e seus desdobramentos em textos críticos, literários e fílmicos de Edgardo Cozarinsky (Buenos Aires, 1939). Tem como corpus central: uma seleção de seus primeiros textos críticos e entrevistas realizadas para as revistas Sur, Primera Plana, Panorama e Tiempo de cine, além dos dois únicos números da revista Flashback, criada por ele com o apoio do crítico de cinema Alberto Tabbia (Buenos Aires, 1939-1997); Puntos suspensivos, seu primeiro filme terminado em 1971 e Vudú urbano (1985), livro que reúne seus primeiros textos escritos após seu exílio em Paris iniciado em 1974. A primeira etapa deste trabalho consistiu em recuperar as primeiras publicações de Edgardo Cozarinsky nas revistas citadas anteriormente, além de outros textos importantes que permitissem rearmar parte do conjunto de forças políticas e culturais que atravessaram o período anterior ao seu exílio. Dentre os duzentos textos do autor que recuperei ?importante ressaltar que são textos que, em sua grande maioria, foram ignorados por ele e pela crítica? incorporei ao meu estudo apenas aqueles que são concernentes à proposta desta pesquisa. No trabalho de campo pude descobrir que o exílio enquanto estratégia textual já operava nos primeiros movimentos críticos de Cozarinsky. Através da leitura da obra de alguns escritores e cineastas como Vladimir Nabokov, Severo Sarduy, Roman Polanski, Jean-Marie Straub, entre outros, Cozarinsky havia chegado a uma concepção da literatura (e do cinema) como exílio. Dessa forma, este trabalho busca rastrear e inventariar os movimentos do exílio nessa primeira etapa de sua produção que vai dos textos críticos escritos na Argentina até os primeiros textos ficcionais compostos na França entre 1974 e 1981. Mas esse inventário importa principalmente na medida em que permite vislumbrar uma máquina muito mais ampla e sofisticada que trabalha na desconstrução de textos, conceitos e de si própria, a isso denomino excripta Cozarinsky. Pois o exílio é muito mais do que uma condição temporária ou causal, inscreve-se como engrenagem fundamental em seu trabalho criativo. A excripta Cozarinsky é o lugar do desvio e do deslocamento, mas também da cripta e do desencriptamento. Não se trata simplesmente de reconhecer o exílio como um tema recorrente em vidas e textos, mas elucubrar sua tensão, resistência e articulação, na maioria das vezes subterrânea, no desenvolvimento e na disposição de textos e imagens. O exílio em Cozarinsky é singular-plural, é o lugar da tradição (literária, cinematográfica e familiar), da literatura como exílio e da existência exilada. Esse tríplice movimento constitutivo do exílio faz do texto um constante devir enquanto ser-com o leitor naconstrução de um significado que nunca é completo. A excripta de Cozarinsky, como a de Jacques Derrida, constitui-se de pelo menos dois movimentos fundamentais: trata-se da inversão e do deslocamento que enxerta e dissolve conceitos da responsabilidade com a herança (necromancia), pois este trabalho depende de um compromisso com a memória e sua disseminação diferida. Por fim, a excripta Cozarinsky caracteriza-se ainda por seu constante exercício de reelaboração enquanto desconstrução de si mesma.<br>Resumen: Esta tesis se propone a estudiar el exilio y sus desdoblamientos en textos literarios y fílmicos de Edgardo Cozarinsky (Buenos Aires, 1939). Su corpus central se compone de: una selección de sus primeros textos críticos y entrevistas realizadas para las revistas Sur, Primera Plana, Panorama y Tiempo de cine, además cuenta con los dos únicos números de la revista Flashback, creada por él con el apoyo del crítico de cine Alberto Tabbia (Buenos Aires, 1939-1997); Puntos Suspensivos, su primer film concluido en 1971 y Vudú urbano (1985), libro que reúne sus primeros textos escritos después de su exilio en París que se inicia en 1974. La primera etapa de este trabajo consistió en recuperar las primeras publicaciones de Edgardo Cozarinsky en las revistas citadas anteriormente, además de otros textos importantes que permitieron rearmar parte del conjunto de fuerzas políticas y culturales que atravesaron el periodo anterior a su exilio. Entre los doscientos textos del autor que pude reunir  importante subrayar que son textos que, en su gran mayoría, fueron ignorados por él y por la crítica incorporé a mi estudio solamente aquellos que están directamente relacionados a la propuesta de esta investigación. A partir de mi trabajo de campo pude descubrir que el exilio como estrategia textual ya operaba en los primeros movimientos críticos de Cozarinsky. A través de su lectura de la obra de algunos escritores y cineastas como Vladimir Nabokov, Severo Sarduy, Roman Polanski, Jean-Marie Straub, entre otros, Cozarinsky había llegado a una concepción de la literatura (y del cine) como exilio. De esa manera, este trabajo busca rastrear e inventariar los movimientos del exilio en esa primera etapa de su producción que va de los textos críticos escritos en Argentina hasta sus primeros textos ficcionales compuestos en Francia entre 1974 y 1981. Sin embargo, ese inventario importa principalmente por lo que permite en el sentido de vislumbrar una máquina mucho más amplia y sofisticada que trabaja en la deconstrucción de textos, conceptos y de sí misma, a esa máquina la llamo excripta Cozarinsky. Pues el exilio va mucho más allá de una condición temporal o causal. Este se inscribe como engranaje esencial en su trabajo creativo. La excripta Cozarinsky es el lugar del desvío y del desplazamiento, pero también de la cripta y de la desencriptación. No se trata simplemente de reconocer el exilio como un tema recurrente en vidas y textos, sino buscar su tensión, resistencia y articulación, muchas veces subterránea, en el desarrollo y en la disposición de textos e imágenes. El exilio en Cozarinsky es singular-plural, es el lugar de la tradición (literaria, cinematográfica y familiar), de la literatura como exilio y de la existencia exiliada. Este movimiento triple, que constituye el exilio, hace de los textos un devenir constante en tanto ser-con el lector en la construcción de un significado que nunca es completo. La excripta Cozarinsky, como la de Jacques Derrida, se constituye de por lo menos dos movimientos fundamentales: se trata de la inversión y del desplazamiento que injerta y disuelve conceptos; y de la responsabilidad para con la herencia (necromancia), pues este trabajo depende de un compromiso con la memoria y su diseminación diferida. Por fin, la excripta Cozarinsky se caracteriza aún por su ejercicio constante de reelaboración en tanto deconstrucción de sí misma.Reales, Liliana RosaSoares, Luiz Felipe GuimarãesUniversidade Federal de Santa CatarinaOlivo Júnior, Valdir2015-09-08T04:09:32Z2015-09-08T04:09:32Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis392 p.| il.application/pdf334234https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/134799porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-03-07T19:01:39Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/134799Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-03-07T19:01:39Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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