"Somos sujeitas políticas de nossa própria história": prostituição e feminismos em Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreto, Letícia Cardoso
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/160706
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2015.
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spelling "Somos sujeitas políticas de nossa própria história": prostituição e feminismos em Belo HorizonteCiências sociaisProstituiçãoBelo Horizonte (MG)FeminismoBelo Horizonte (MG)Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2015.A pesquisa teve como objetivo analisar as relações entre prostituição e feminismos em Belo Horizonte, a partir de olhar sobre a emergência das prostitutas como sujeitas políticas e a produção do conhecimento sobre prostituição. Para tal, foi necessário mapear o contexto e atrizes que fazem parte deste processo de emergência, construindo sujeitas e subjetividades multifacetadas, e identificar deslocamentos e continuidades presentes nos discursos e conhecimentos. Em termos epistemológicos e metodológicos, adotei uma postura interdisciplinar e feminista e utilizei métodos de inspirações etnográficas, incluindo entrevistas, observação participante e diário de campo. Foi construída uma narrativa histórica do processo de construção do movimento de prostitutas em Belo Horizonte e sua relação com o contexto nacional e internacional, tomando como centrais os momentos de surgimento (1964-1989), consolidação (1990-2002) e autonomia do movimento (2003-2015). A pesquisa indica que o movimento de prostitutas em Belo Horizonte se alinha a outros movimentos nacionais e internacionais, em sua origem nos confrontos e parcerias com o poder público, na consolidação a partir de políticas de enfrentamento às DST/AIDS e pela mais recente autonomia ao pautar debates sobre prostituição na cidade. O enfoque sobre a autonomia em contextos diversos é feito a partir da escolha de três vieses: luta contra a AIDS; Projetos de Lei; e tráfico de pessoas. Foi feita ainda uma análise da Marcha das Vadias em Belo Horizonte como forma de elucidar as atuais relações entre feminismos e prostituição na cidade de Belo Horizonte. É possível observar alterações na capacidade do movimento de pautar os debates relativos à prostituição e das prostitutas se colocarem progressivamente como sujeitas políticas de sua história. Destaco a importância de se considerar o movimento de prostitutas como parte dos feminismos que se constroem em Belo Horizonte e no mundo e de estabelecer um diálogo efetivo com este grupo de mulheres como forma de construção de um conhecimento e de um agir coletivos e compromissados socialmente.<br>Abstract : My research goal was to analyze the relationships between prostitution and feminisms in Belo Horizonte, focusing on the emergence of sex workers as subjects of political protagonism, with multifaceted subjectivities. I also studied the production of knowledge about prostitution, with its shifts and continuities. In epistemological and methodological terms, I adopted an interdisciplinary and feminist stance, inspired by ethnographic methods such as interviews, participant observation and field diaries. Through a historical narrative, I present the building process of the prostitutes' movement in Belo Horizonte and its connections with the national and international contexts. This narrative is focused around three central phases: the emergence (1964-1989), the consolidation (1990-2002) and the autonomy (2003-2015) of the movement. The research indicates that the prostitutes' movement in Belo Horizonte has its origins in the clashes and partnerships with the public sector; it consolidates as a result of STD/AIDS policies and, later, it starts to autonomously guide debates about prostitution in the city. The prostitutes' autonomy is detectable mainly in three areas: the fight against AIDS; the drafting of legislative bills; and discussions about human trafficking. I also analyzed Slutwalks organized in Belo Horizonte, to elucidate the current relationships between feminisms and prostitution in the city. One can see clear changes in the movement's ability to guide discussions about prostitution, and perceive how the prostitutes gradually become political subjects of their own stories. I highlight the importance of considering the prostitutes' movement as part of the feminisms constructed in Belo Horizonte and the world. I argue that it is important to establish an effective dialog with this group of women, as a way of building socially committed knowledge and achieving collective transformation.Grossi, Miriam PillarMayorga, ClaudiaUniversidade Federal de Santa CatarinaBarreto, Letícia Cardoso2016-04-19T04:11:49Z2016-04-19T04:11:49Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis255 p.| il., grafs.application/pdf337745https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/160706porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-04-19T04:11:49Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/160706Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-04-19T04:11:49Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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