Associação de fatores sociodemográficos e ambiente de moradia com a prática de atividade física em gestantes atendidas no Sistema Único de Saúde de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Vilson Rodrigues da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219488
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2020.
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spelling Associação de fatores sociodemográficos e ambiente de moradia com a prática de atividade física em gestantes atendidas no Sistema Único de Saúde de Santa CatarinaSaúde coletivaExercícios físicos para grávidasGravidezCuidado pré-natalEpidemiologiaLazerDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2020.Introdução: A prática de atividade física no lazer (AFL) está associada a desfechos físicos e fisiológicos positivos para a saúde da mulher e da criança que irá nascer. Ela está associada a menor risco de desenvolvimento de diabetes gestacional, hipertensão, excesso de ganho de peso gestacional, pré-eclâmpsia e sintomas de depressão pós-parto. Contudo, dada a complexidade de fatores que influenciam os comportamentos humanos relacionados aos hábitos saudáveis de vida durante a gravidez e os poucos avanços no aumento dos níveis de AF das populações nos últimos anos, faz-se necessário avançar na identificação de variáveis adicionais que se associam com os hábitos das gestantes e que poderiam ser consideradas no desenho de políticas públicas. Objetivo: Descrever a prevalência da prática recomendada de atividade física no lazer (AFL) em gestantes de Santa Catarina e testar sua associação com características do ambiente de moradia e sociodemográficos individuais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal em que foram analisados os dados de 3.580 puérperas de qualquer idade, residentes em Santa Catarina, que realizaram o pré-natal exclusivamente em consultas no Sistema Único de Saúde (SUS) e que tiveram filhos com ao menos 22 semanas de gestação e 500g de peso em hospitais do estado no período de janeiro a agosto de 2019. Os desfechos foram a prática de atividade física no trimestre anterior a gestação e nos três trimestres do período gestacional. As mulheres foram categorizadas em ?Ativas? (quando realizaram ao menos 150 minutos de atividade física no lazer por semana) e ?Não ativas? (quando praticaram atividade física no lazer por menos de 150 minutos por semana ou não praticaram qualquer AFL). Como variáveis exploratórias individuais foram analisadas idade (13-19 anos, 20-34 anos, 35-46 anos), escolaridade (<= 9 anos de estudo, 10-12 anos e >= 13 anos), renda (quartis), cor da pele/raça autorreferida (branca, parda e preta), residência com marido ou companheiro (sim ou não), recebimento de orientação de profissional da saúde para praticar AF (sim ou não) e estar trabalhando (sim ou não). As variáveis exploratórias contextuais que avaliaram o ambiente de vizinhança foram residir em área com coesão social (sim ou não), com episódios de violência (sim ou não) e que estimula a atividade física (sim ou não). Procedeu-se com análise estatística para verificar as frequências relativas e absolutas dos desfechos e realizar regressão logística univariada e multivariada para testar as associações. Resultados: A prevalência de nível recomendado de AFL foi de 15,3% (14,1-16,4) antes da gestação, declinando gradativamente para 7,8% (7,3-8,7) no primeiro, 7,3% (6,5-8,2) no segundo e 5,8% (5,1-6,7) no terceiro trimestre de gestação. A maior escolaridade aumentou a chance da participante ser ativa em 201% (IC95% 2,13-4,26) no trimestre anterior à gestação, 56% (IC95% 0,91-2,67) no primeiro, 65% (IC95% 1,02-2,68) no segundo e 79% (IC95% 1,05-3,07) no terceiro trimestres da gestação, comparadas às de menor escolaridade. No segundo trimestre de gestação, residir em vizinhança que estimula a AF aumentou em 39% (IC95% 1,01-1,91) a chance de estarem ativas. E no terceiro trimestre, ter recebido orientação de profissional de saúde esteve associado com aumento de 60% (IC95% 1,01-2,52) na chance de praticar AFL suficiente. Conclusão: Verificou-se que a prevalência de atividade física de lazer recomendada é baixa entre as gestantes catarinenses. Demonstrou-se, também, que além dos fatores sociodemográficos, residir em uma vizinhança com estrutura que estimula as práticas de atividade ao ar livre, aumenta a chance de mulheres em idade reprodutiva e gestantes praticarem AFL.Abstract: Introduction: The practice of leisure-time physical activity (AFL) is associated with positive physical and physiological outcomes for the health of the woman and the child to be born. It is associated with a lower risk of developing gestational diabetes, hypertension, excess gestational weight gain, pre-eclampsia and symptoms of postpartum depression. However, given the complexity of factors that influence human behaviors related to healthy living habits during pregnancy and the few advances in increasing the levels of PA in populations in recent years, it is necessary to advance in the identification of additional variables that are associated with the habits of the pregnant women and that could be considered in the design of public policies. Objective: To describe the prevalence of the recommended practice of physical activity in leisure (AFL) in pregnant women from Santa Catarina and to test its association with characteristics of the living environment and individual sociodemographics. Method: This is a cross-sectional study in which the data of 3,580 puerperal women of any age, residing in Santa Catarina, who performed prenatal care only in consultations in the Unified Health System (SUS) and who had children with minus 22 weeks of gestation and 500g of weight in state hospitals from January to August 2019. The outcomes were the practice of physical activity in the quarter prior to pregnancy and in the three trimesters of the pregnancy period. Women were categorized as ?Active? (when they performed at least 150 minutes of leisure-time physical activity per week) and ?Not active? (when they practiced leisure-time physical activity for less than 150 minutes a week or did not practice any AFL). As individual exploratory variables, age (13-19 years, 20-34 years, 35-46 years), education (<= 9 years of study, 10-12 years and> = 13 years), income (quartiles), color were analyzed self-reported skin / race (white, brown and black), residence with husband or partner (yes or no), receiving guidance from a health professional to practice PA (yes or no) and be working (yes or no). The contextual exploratory variables that assessed the neighborhood environment were living in an area with social cohesion (yes or no), with episodes of violence (yes or no) and that stimulates physical activity (yes or no). We proceeded with statistical analysis to verify the relative and absolute frequencies of the outcomes and to perform univariate and multivariate logistic regression to test the associations. Results: The prevalence of the recommended level of AFL was 15.3% (14.1-16.4) before pregnancy, gradually declining to 7.8% (7.3-8.7) in the first, 7.3 % (6.5-8.2) in the second and 5.8% (5.1-6.7) in the third trimester of pregnancy. Higher education increased the chance of the participant being active by 201% (95% CI 2.13-4.26) in the quarter prior to pregnancy, 56% (95% CI 0.91-2.67) in the first, 65% (95% CI % 1.02-2.68) in the second and 79% (95% CI 1.05-3.07) in the third trimester of pregnancy, compared to those with less education. In the second trimester of pregnancy, living in a neighborhood that stimulates PA increased the chance of being active by 39% (95% CI 1.01-1.91). And in the third trimester, having received guidance from a health professional was associated with an increase of 60% (95% CI 1.01-2.52) in the chance of practicing enough AFL. Conclusion: It was found that the prevalence of recommended leisure-time physical activity is low among pregnant women in Santa Catarina. It has also been shown that, in addition to sociodemographic factors, living in a neighborhood with a structure that encourages outdoor activity practices, increases the chance of women of reproductive age and pregnant women to practice AFL.Boing, Antonio FernandoUniversidade Federal de Santa CatarinaSilva, Vilson Rodrigues da2021-01-14T18:10:56Z2021-01-14T18:10:56Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis68 p.| il.application/pdf370677https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219488porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-01-14T18:10:56Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/219488Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-01-14T18:10:56Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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