Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Rodrigo Lopes de Barros
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91033
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura
id UFSC_bfc2dd284ba88a3f3e0f5b2ca050789d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/91033
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negraLiteraturaCandombleFumoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em LiteraturaO cachimbo e o número quatro: dois traços, repetição infinita. Mallarmé, O Azul, do infinito-quatro à série infinita. As cinzas do cachimbo, as cinzas de Auschwitz, as cinzas de Rui Barbosa. Tabaco, planta da América: uso religioso e medicinal. Tabaco e cachimbo como dom, remédios. Colombo descobre o tabaco. O ouro de Colombo e sol de Mallarmé. Índios, primeiros homines sacri. Frei Bartolomé, Borges e a escravidão negra. Tabaco e africanos. Exu e seu charuto. Pretos Velhos e seus cachimbos. O "cachimbo" de Cuba. Mário de Andrade vê feiticeiros de Cuba no Brasil. Mário vê o vodu haitiano também. Mário fecha o corpo no catimbó: cachimbo em ação. Fernando Ortiz, açúcar versus tabaco, branco versus negro: guerra. Cachimbo, instrumento de tortura: limiar entre dom e veneno. O cachimbo da paz: Baudelaire e o faroeste. Cachimbo: do uso coletivo à sala do burguês. Mallarmé e seu cachimbo. Baudelaire e seu cachimbo. Georges Bataille e o tabaco: excesso, dispêndio. Jacques Derrida, dom e tabaco. O que é o dom? Da impossibilidade do dom. Cachimbo: do feitiço ao fetiche. O que é o transe? Subjetivação e dessubjetivação, animalização e humanização. O cavalo da makumba e o cavalo de Oswald e Clarice. O humano e o inumano. Ralatos de Métraux e Verger. Possessão e anestesia. Separação entre homem e animal. Teatro e Transe. Ator e cavalo. Transe e transgressão. Transgressão ou profanação? O cavalo da makumba e a prova de humanidade. Racismo e animalidade. Por que Exu dá medo? No transe, ator e personagem são indiscerníveis. O rito e o mito. O transe e a narração. O Eu e o Outro na possessão. Do cavalo a Cara de Cavalo. Cara de Cavalo e Cobrador. De bandido a terrorista. Violência histérica e homo sacer: o homem-pênis. Por um novo terrorismo. O hibridismo do cavalo. O hibridismo da makumba. Travestimento, o transe e o sexo: simulacro, máscara. O cavalo e o animot: animais no singular. Makumba, estado de exceção efetivo e magia negra. O sacrifício. Quem é mais sagrado: homem ou animal? Derrida, Hegel, Bataille. Derrida herdeiro de Bataille. Bataille, de Hegel. Hegel, do Haiti. Haiti: revolução e vodu. Derrida e o sacrifício. Bataille e a descontinuidade. Barravento, Glauber Rocha: dialética com macumba. Différance e dyferença. A escrita de Glauber. Firmino: Exu hegeliano. Firmino e Macunaíma. O transe de Glauber. O hibridismo do barravento. Glauber e Borges: eztetyka do sonho. Por que makumba? A guerra e o sacrifício. A guerra e a escravidão: diferimento da morte (Jean Baudrillard). Sacrifício e dom. Derrida, um batailleanismo sem reservas. As fotografias de Pierre Verger usadas por Bataille. Verger: Bataille, Caillois, Mauss, Métraux, etc. Derrida com Makumba. Phármakon, o indecidível: remédio e veneno. Obàlúayié, o phármakon africano. Obàlúayié: anjo corcunda do cemitério, como o de Klee, de Benjamin. Obàlúayié e sua máscara. Exu também é phármakon, e pharmakeús. Exu, Pombagira, a moeda falsa, o travesti: divisão binária dos sexos (Severo Sarduy, Jacques Lacan). Travestimento como falsificação de moedas. A ambigüidade de Exu. Thot, o mensageiro (dos egípcios), como Hermes e Exu. Gregos macumbeiros. Thot inventou o jogo de dados. Exu, o de búzios. Um lance de búzios jamais abolirá o acaso. Un coup de dés é uma constelação. O lance de búzios também. A eternidade das estrelas: jogo de búzios, eterno retorno e repetição (Blanqui). O pai de santo e o astrólogo de Benjamin. Jogo de búzios e imagem dialética. Jogo de Búzios e a mônada de Leibniz. Jogo de búzios e a deriva, indistinção entre o lúdico e o dia-a-dia (Guy Debord). Jogo de búzios como umbigodomundolivro (Haroldo de Campos). Leibniz, Mallarmé, africanos: o livro total. Jogo + máscara = transe. O que é a máscara? Picasso, Deleuze, Sarduy e Carl Einstein: arte primitiva. Máscara e identidade. Identidade e liberalismo. Máscara e rosto, cavernas de Lascaux: surge o ser acéfalo. A cabeça, o rosto e Francis Bacon: indiscernibilidade entre homem e animal - diferonça. A máscara e a mercadoria. A máscara e o espetáculo. Natureza morta e barroco. Trompe-l'oil e a dobra do real. William Harnett e suas still lifes: o cachimbo retorna. Cachimbo e circulação de mercadorias. Cachimbo e circulação dos escravos. Magritte e seu cachimbo-vodu-simulacro. Transculturação é um trompe-l'oil. Tabaco e racismo. Tabaco e massacre dos índios. Tabaco e tráfico de escravos. Tabaco e nazismo. Tabaco e política contemporânea. O que é racismo? Racismo e o gozo do Outro. The pipe and the number four: two marks, infinite repetition. Mallarmé, Azure, from unending four to unending series. Pipe's ashes, Auschwitz' ashes, Rui Barbosa's ashes. Tobacco, America's herb: its medicinal and its religious uses. Colombo discovers tobacco. Colombo's gold and Mallarmé's sun. Indians, the first homines sacri. Frei Bartolomé, Borges and black slavery. Tobacco and Africans. Eshu and His Cigar. Pretos Velhos and their pipes. Cuba's "pipe". Mario de Andrade sees Cuban sorcerers in Brasil. He also sees Haitian voodoo. Mario is protected in catimbó: the pipe gets into action. Fernando Ortiz: sugar against tobacco, whites against blacks: war. Pipe, an instrument of torture: in-between gift and poison. Peace pipe: Baudelaire and the western. Pipe: from collective usage to a bourgeois smoking-room. Mallarmé and his pipe. Baudelaire and his pipe. Georges Bataille and tobacco: excess, waste. Jacques Derrida, gift and tobacco. What is gift? The impossibility of giving. Pipe: from feitiço to fetish. What is trance? Subjectivation and de-subjectivation, animalization and humanization. Makumba's horse. Oswald's and Clarice's horse. Human and Inhuman. Métraux's and Vergers' dialogues. Possession and anesthesia. A separation between man and animal. Theater and Trance. Actor and Horse. Trance and Transgression. Transgression or Profanation? The horse in makumba and the test for humanity. Racism and animality. Why is Eshu fearsome? In the trance, actor and character are undistinguishable. Rite and myth. Trance and narrative. The I and the Other in possession. From Horse to Cara de Cavalo. Cara de Cavalo and Cobrador. From outlaw to terrorist. Hysterical violence and homo sacer: the penis-man. In favour of a new terrorism. The horse's hybridity. Makumba's hybridity. Cross-dressing, trance and sex: mask, simulacrum. The horse and the animot: animals in the singular. Makumba, effective state of exception and black magic. The sacrifice: what is more sacred? Man or animal? Derrida, Hegel, Bataille. Derrida, Bataille's heir. Bataille, Hegel's heir. Hegel: Haiti's heir. Haiti: revolution and voodoo. Derrida and the Sacrifice. Bataille and discontinuity. Barravento, Glauber Rocha: dialectics with macumba. Différance and dyferença. Glauber's writing. Firmino: Hegelian Eshu. Firmino and Macunaíma. Glauber's trance. Barravento's hybridity. Glauber and Borges: the eztetyka of the dream. Why makumba? War and Sacrifice. War and Slavery: postponement of death (Jean Baudrillard). Sacrifice and gift. Derrida, a Batailleanism without reserve. Pierre Verger's photos used by Bataille. Verger: Bataille, Caillois, Mauss, Métraux, etc. Derrida with Makumba. Phármakon, the undecidable: poison and cure. Obàlúaiyé, the African phármakon. Obàlúaiyé, the hunchback angel of the cemetery, like Klee's, like Benjamin's. Obàlúaiyé and the mask. Eshu is also phármakon and pharmakeús. Eshu, Pombagira, the counterfeit money, the transvestite: the binary divison of the sexes (Severo Sarduy, Jacques Lacan). Counterfeit money as transvestite. Eshu's ambiguity. Thot, the messenger (Egyptian) like Hermes and Eshu. Greek macumbeiros. Thot invented the throw of the dice. Eshu, the one of the Sixteen Cowries. A throw of cowrie shells will never abolish chance. Un Coup de Dés is a constellation. So is un coup of cowrie shells. Eternity through the stars: a throw of cowrie shells, eternal return and repetition (Blanqui). The witchdoctor and Benjamin's astrologist. A throw of cowrie shells and the dialectical image. A throw of cowrie shells and Leibniz's monad. A throw of cowrie shells and dérive, no distinction between playfulness and everyday life (Guy Debord). A throw of cowrie shells like the umbilicalcordoftheworldbook (Haroldo de Campos). Leibniz, Mallarmé, Africans: the total book. Game + mask = trance. What is a mask? Picasso, Deleuze, Sarduy and Carl Einstein: primitive art. Mask and identity. Identity and liberalism. Mask and the face. Lascaux's caves: the acephalic being is born. The head, the face and Francis Bacon: undiscernibility between man and animal - diferonça. Mask and merchandize. Mask and spectacularization. Still life and baroque. Trompe l'oeil and the folding of the real. William Harnett and his still lifes: the pipe returns. Pipe and the circulation of merchandize. Pipe and the circulation of slaves. Magritte and his pipe-voodoo-simulacrum. Transculturation is trompe-l'oeil. Tobacco and racism. Tobacco and the Indian massacre. Tobacco and the traffic of slaves. Tobacco and Nazism. Tobacco and contemporary politics. What is racism? Racism and the enjoyment of the Other.Florianópolis, SCAndrade, Ana LuizaUniversidade Federal de Santa CatarinaOliveira, Rodrigo Lopes de Barros2012-10-23T18:02:34Z2012-10-23T18:02:34Z20082008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis172 f.| il.application/pdf254497http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91033porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-05T05:52:35Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/91033Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-05T05:52:35Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra
title Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra
spellingShingle Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra
Oliveira, Rodrigo Lopes de Barros
Literatura
Candomble
Fumo
title_short Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra
title_full Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra
title_fullStr Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra
title_full_unstemmed Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra
title_sort Derrida com Makumba: o dom, o tabaco e a magia negra
author Oliveira, Rodrigo Lopes de Barros
author_facet Oliveira, Rodrigo Lopes de Barros
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Andrade, Ana Luiza
Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Rodrigo Lopes de Barros
dc.subject.por.fl_str_mv Literatura
Candomble
Fumo
topic Literatura
Candomble
Fumo
description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008
2008
2012-10-23T18:02:34Z
2012-10-23T18:02:34Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv 254497
http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91033
identifier_str_mv 254497
url http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91033
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 172 f.| il.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Florianópolis, SC
publisher.none.fl_str_mv Florianópolis, SC
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808652346526269440