Sucessão de associações de foraminíferos bentônicos como indicadoras de variações paleoceanográficas no Terraço de Torres (RS) durante o Quaternário tardio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eberhardt, Patricia Schmitt
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214641
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Florianópolis, 2019.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaEberhardt, Patricia SchmittBonetti, Carla Van Der Haagen CustodioRodrigues, André Rosch2020-10-21T21:08:13Z2020-10-21T21:08:13Z2019368290https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214641Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Florianópolis, 2019.Na busca para avaliar a paleoprodutividade são utilizados foraminíferos, que são protistas sensíveis a mudanças ambientais e atuam como paleoindicadores de características oceanográficas como temperatura, salinidade, fluxo de oxigênio, disponibilidade de nutrientes e gradiente de energia do meio. O presente trabalho teve como objetivo inferir a variabilidade dos processos oceanográficos, condições climáticas e produtividade bentônica analisadas pelas mudanças no padrão de distribuição dos foraminíferos bentônicos em dois testemunhos do setor norte do talude da Bacia de Pelotas, ao longo do Quaternário tardio. A metodologia empregada baseou-se na determinação da abundância relativa, biometria e razão isotópica do C e O nas testas de foraminíferos bentônicos. Os modelos de idade identificaram um intervalo temporal entre 112 e 7 mil anos, sugerindo que o testemunho SIS 188 abrange os estágios isotópicos marinhos (EIM) 1 a 3, e o testemunho SIS 249 abrange os EIM de 3 a 5. Foram identificados um total de 55 táxons ao longo destes testemunhos, com dominância de gêneros com hábito infaunal, tais como Globocassidulina, Bulimina, Bolivina e Uvigerina e a espécie Trifarina angulosa, sugerindo o predomínio de condições meso-eutróficas nesta área durante o período estudado. A análise de similaridade na abundância das espécies entre as amostras, segundo índice de Bray Curtis, levou ao reconhecimento de três associações ecológicas (compostas por um total de 14 famílias). Estas permitiram individualizar quatro zonas ecológicas distintas ao longo dos dois testemunhos, cuja sucessão temporal está sendo interpretada como resposta à influência de diferentes massas d´água e a variações no aporte de carbono para o compartimento bentônico entre períodos mais quentes e mais frios. Alguns dos descritores ecológicos analisados responderam às variáveis geoquímicas, como carbono orgânico total, teor de carbonato e granulometria; e corroboraram as variações climáticas inferidas a partir do modelo de idade construído para cada um dos testemunhos. Variações na produtividade primária superficial entre o final do Pleistoceno e o início do Holoceno (período total abrangido pelos dois testemunhos analisados) foram inferidas a partir de mudanças na importância das espécies epifaunais. Embora a área de estudo tenha se caracterizado pela dominância de táxons infaunais indicadores de condições eutróficas, observou-se o aumento da abundância relativa das espécies Epistominella exigua e Alabaminella weddellensis durante os períodos mais frios (EIM 2, 3 e 4) e menores abundâncias no final do EIM 5 e início do EIM 1. Períodos glaciais são caracterizados pela maior frequência e intensidade de eventos de ressurgência e maior fertilização dos oceanos por drenagem continental, resultando em fluxos sazonais de matéria orgânica que propiciam o desenvolvimento destas espécies oportunistas.Abstract: In the search to evaluate paleoproductivity, foraminifers are used, which are protists sensitive to environmental changes and used as paleoindicators of oceanographic characteristics such as temperature, salinity, dissolved oxygen content, organic matter availability and hydrodynamic conditions. Based on the analysis of benthic foraminifera and geochemical variables, The present study aims to infer the variability of the oceanographic processes, climatic conditions and benthic productivity analyzed by the changes in the distribution pattern of the benthic foraminiferal in two sediment cores from the continental slope of the northern sector of Pelotas Basin along the Late Quaternary. The methodology used was based on the determination of the relative abundance, biometrics and isotopic ratio of carbon and oxygen in the benthic foraminifera tests. The age models indicated record temporal range between 112 and 7 ka suggesting that the sediment core SIS 188 covers the Marine Isotope Stages (MIS) 1 to 3, and the sediment core SIS 249 covers the MIS 3 through 5. A total of 55 taxa were identified throughout the sediment cores, with dominance of infaunal genera, such as Globocassidulina, Bulimina, Bolivina and Uvigerina, and the species Trifarina angulosa, suggesting the predominance of meso-eutrophic conditions in this area during the studied period. The analysis of similarity in species abundance among the samples, according to Bray Curtis index, led to the recognition of three ecological associations (composed of a total of 14 families). These allowed to individualize four distinct ecological zones along the two sediment cores, whose temporal succession is being interpreted as a response to the influence of different water masses and variations in carbon input to benthic compartment between warmer and colder periods. Some of the ecological descriptors analyzed responded to the geochemical variables, such as total organic carbon, carbonate content and particle size; and corroborated the climatic variations inferred from the age model constructed for each one of the sediment cores. Variations in the primary surface productivity between the late Pleistocene and the beginning of Holocene (total period covered by the two analyzed sediment cores) were inferred from changes in the importance of epifaunal species. Although the area of study was characterized by the dominance of infaunal taxa indicative of eutrophic conditions, a higher relative abundance of Epistominella exigua and Alabaminella weddellensis species was observed during the colder periods (MIS 2, 3 and 4) and lower abundances in the end of MIS 5 and beginning of MIS 1. Glacial periods are characterized by the greater frequency and intensity of upwelling events, as well as increased ocean fertilization by continental drainage resulting in seasonal flows of organic matter that favor the development of these opportunistic species.123 p.| il., gráfs., tabs.porOceanografiaForaminíferoSucessão de associações de foraminíferos bentônicos como indicadoras de variações paleoceanográficas no Terraço de Torres (RS) durante o Quaternário tardioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPOCE0027-D.pdfPOCE0027-D.pdfapplication/pdf2474376https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/214641/-1/POCE0027-D.pdf64e50f5391a58c6d9affe1e642f4dc4cMD5-1123456789/2146412020-10-21 18:08:14.096oai:repositorio.ufsc.br:123456789/214641Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:08:14Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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